terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A rua deserta



Há! que saudades da minha rua há vinte anos
Vivia repleta de crianças a brincar
Era meu filho mais quatros garotos peraltas
Que viviam a brincar e a aprontar

Pulavam os muros para pegar goiabas
E eles vinham chão abaixo e corriam
Quebravam as vidraças dos vizinhos
E as mães destas pestinhas tinham que pagar

Quando chegava a hora do almoço dava um berro
Sabiam que era hora da bóia e dois sempre vinham
Aproveitar o almoço bem caprichado que fazia
E todos saboreavam correndo para irem brincar

Hoje eles cresceram cada um procurou seu rumo
Por muito anos ainda podia ver as marcas de tinta
Simulando um grande campo de futebol
Que o sol e a chuva apagaram

Hoje a rua está muito deserta sem eles
As casas são gradeadas e as crianças são meninas
Só saem com suas mães pois o perigo está perto
Pelas frestas da janela sonho em vê-los jogar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário