segunda-feira, 25 de julho de 2011

Que humilhação!




Essa história aconteceu no tempo que minha avó era viva, não sei se foi verdade ou mais uns dos “causos” que ela me contava para mostrar como era a rigidez dos casamentos de antigamente.



Meire morava com seu marido José na cidade. Ele tinha uma grande fazenda de bois e muitas outras em Goiás. Não tinha estudo, mas era muito rico, bondoso e amava com paixão sua mulher.
José era lindo, forte e um grande tropeiro e, todas as semanas, com seus empregados iam levar a boiada para Goiás e, quando voltava trazia lindos presentes para sua mulher: jóias, cortes de seda para que ela pudesse ser a mais elegante e linda mulher das redondezas. Amava-a muito.
Os anos foram passando e sempre seu marido viajando e voltando com seus presentes.
Enquanto José viajava, Meire o traia com outro homem, todos na cidade sabiam, mas ninguém tinha coragem de avisar seu marido.
Como as orgias não paravam, um amigo seu resolveu contar o que acontecia quando ele não estava. José ficou branco de raiva e disse a seu colega: - Eu vou dar uma bela lição nessa ingrata mulher que por azar me apaixonei loucamente.
José estava em casa, tratou sua mulher com muito carinho e beijos, como sempre fazia e disse a ela: Amanhã eu vou levar a boiada para Goiás, não quer ir comigo? Ela não aceitou.
Chegando a hora da partida, beijou-a com tanta paixão e, chorando partiu... Partiu não, se escondeu na fazenda e quando foi meia-noite apareceu sorrateiramente em casa e pegou sua amada na cama com outro. Ele petrificou e disse ao seu amante: Não tenha medo, eu não vou lhe causar mal algum. A mulher nada falava, só chorava.
Quando o amante saiu, José disse a sua mulher que iria sair e logo voltava para casa. Ele foi atrás de uma vingança para humilhar a mulher. Foi a uma “zona” muito chique e perguntou a dona do Puteiro : Quem é a mulher mais linda e fascinante que existe nesse antro de perdição? Ela respondeu: É Marla, a encantadora e fascinante mulher.
Então, pediu José, essa noite, pago o que você quiser, mas quero-a só para mim. E assim aconteceu e foram para o quarto e, quando Marla começou a se despir ele disse: Pare! Eu quero levar você para a minha casa, será minha mulher, pois a outra me traiu. Que bela oportunidade para a prostituta, iria ser uma senhora.
Tarde da noite, José abraçado com Marla chegaram em casa e, ao abrir a porta Meire se assustou e gritou: Quem é essa vadia que você trouxe pro nosso lar? José respondeu: vadia é você, de hoje em diante, ela será a patroa e você, se não tiver para onde ir poderá servi-la nos afazeres de casa e dormir no quartinho do fundo.
Que humilhação para Meire e, não tendo para onde ir, virou empregada de uma prostituta que se regenerou e foi uma excelente esposa e José aprendeu a amá-la e desse amor nasceram dois filhos lindos.
Portanto meus leitores, não sei mais o que aconteceu com Meire, pois naquele tempo quem traía o marido virava mulher vadia e ninguém mais queria.




2 comentários:

  1. Oi querida Dorli, adorei o texto. Muito interessante, tenha uma linda e maravilhosa semana, você mora no meu coração. Jesus te ama e eu também, bjus..

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  2. Dorli,
    Seja verdadeira ou não a sua narrativa, a verdade é que José foi muito inteligente na postura que adotou. Que bela lição tomou a esposa traidora.
    Abraços,
    OK

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