sábado, 9 de junho de 2012

Triste destino (ficção)

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Numa bela metrópole do Rio Grande do Sul, nasce William, um lindo garoto de pele clara e olhos azuis. Nesse mesmo dia a criada do milionário deu a luz a Kelly, uma menina de cor jambo de olhos azuis.
Passado alguns anos a criada ainda continuava seu trabalho no mesmo local, pois tinha que criar sua filha...Até que um dia Kelly já com seus quinze anos, quis conhecer o local de trabalho da sua mãe. É claro, ela pediu permissão ao seu patrão que não se importou, mas com uma exigência: desde que a jovem não saísse da cozinha e assim aconteceu. O filho do patrão tornou-se um lindo jovem que nesse dia foi nadar na piscina do jardim da mansão. Da janela da cozinha, Kelly acompanhava os movimentos dele e num instante, William percebeu alguém na janela. Pegou seu binóculo e seu coração palpitou ao ver aquela maravilhosa jovenzinha da cor de jambo e olhos azuis como os seus.
No mesmo instante perguntou a sua mãe quem era aquela jovem que estava debruçada na janela e ela respondeu: é uma pobretona, filha bastarda da nossa criada de muito tempo.
Passado alguns anos, nunca mais William viu Kelly e já com vinte e um anos, uma força descomunal pairou no seu pensamento: queria saber do paradeiro da jovem, pois a criada, já aposentada, não trabalhava mais lá.
Um dia...quando seus pais foram a uma reunião formal, William mandou os empregados dormirem e sozinho começou a vasculhar numa escrivaninha algum papel que mostrasse o paradeiro da criada. De tanto procurar achou...
A princesa dos seus sonhos morava numa pequenina cidade do interior de São Paulo. Arrumou sua mala, pegou todo dinheiro acumulado de suas mesadas e rumou à procura do seu amor de quinze anos que nunca saiu do seu pensamento.
Chegou à cidade de trem, desceu e perguntou a primeira pessoa que encontrou se sabia o endereço de Kelly e, com este, logo encontrou sua casa. Ficou ansioso e seu coração a palpitar, quando bateu à porta da sua casa: Kelly assustou, tremeu e começou a chorar ao ver quão lindo era o seu amor. Então,William perguntou por que ela chorava, e ela respondeu: eu não posso concretizar esse amor com você, pois por um triste destino, você é meu irmão. William chorou tal uma chuva interminável.Os dois se abraçaram, ele deu-lhe um beijo na testa e partiu.
De volta a mansão de seus pais, eles estavam enlouquecidos a sua procura e o pai perguntou: aonde você foi William? Ele respondeu: fui atrás de uma jovem por quem me apaixonei aos quinze anos, era Kelly, a filha da criada. Seu pai estremeceu: não se preocupe meu pai, pois eu sei que ela é minha irmã.
Assim é a vida: a mãe de William divorciou-se do seu pai, por tê-la enganado por tantos anos e William fez questão de morar com sua sofrida mãe numa simples casa no interior de Goiás.
Chegando lá, continuou os estudos, conheceu outra jovem, não era o mesmo amor, mas casou-se com ela  e tiveram um casal de gêmeos: o menino parecido com o pai e a menina com o seu amor antigo. Ironia do destino... Ninguém nunca mais tocou nesse triste episódio. 
Virou mais uma página do livro da vida de William e com certeza Kelly também fez o mesmo.

4 comentários:

  1. Linda e triste história, quantas e quantas vezes isso deve ter acontecido...
    Lindo blog.
    Beijos bom domingo
    Mary

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  2. é minha amiga.. a história é linda e ao meso tempo triste,. Quantas vezes nesse nosso mundinho isso deve ter se repetido sem nenhum registro??
    Qto a mim, estou ótima, apenas controle e utilizando o que há de mais novo na medicina: uma vacina contra esse tipo de CA.
    Um bj e um ótimo final de semana

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  3. Um jeito singular para contares Histórias. Esta, confesso, deixou-me um nó na garganta.
    Ninguém deve sofrer por Amores impossíveis!

    Beijos

    SOL

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  4. Olá, Dorli... é a primeira vez que passo por aqui... gostei deste seu jeito lindo, de contar uma história tão triste. Infelizmente, quantas situações parecidas existirão por esse mundo fora?
    Deixo o meu carinho e amizade, um beijinho!

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