sexta-feira, 29 de abril de 2016

A vida é um mar de amarguras


amarguras


A maravilha do mundo pode me matar
As nuvens escuras irão chover no mar
Eu sozinha choro as minhas amarguras
 Papai morreu, a mãe me jogou nas ruas

Tenho quinze anos sei da minha sina
Catando sucata na praia choro a vida
Como os  restos que jogam na praia
Eu banho-me no mar, durmo na rua

Sou o resto do lixo que o gari não vê
Durmo num canto, quieta fazer o quê
Choro papai, peço a ele vir me ajudar
Alguém me analisou, veio pra ajudar

Era meu tio, que veio para me levar
Antes que virasse o resto do mundo
Vamos embora, não olhe para o mar
Dê adeus as amarguras e ao imundo



 

2 comentários:

  1. Fabulosamente triste!

    Beijinhos
    Bom fim de semana

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Versos tristes,mas de uma grande verdade.
    Quantas pessoas não vemos dessa forma,perambulando pelas ruas e catando lixo para se alimentar.
    Amei o texto Dorli.
    Bjs e um lindo domingo.
    Carmen Lúcia.

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