terça-feira, 6 de setembro de 2016

Meu querer



 Abro a porta quero conhecer o céu escuro, mas não tenho asas. Paro e choro. Fecho a porta, Choro muito. De repente um anjinho abre minha porta bem devagarzinho para não me acordar e ele disse: pode se achegar, eu não consigo dormir.
O anjinho colocou duas asinhas no menino e saíram voando pelo céu escuro, sorrindo muito, deu alô as estrelas, jogou beijinhos para a Lua, ela retribuiu.
Deitaram nas nuvens branquinhas, mas começou a garoar e o anjinho deu a mão para o menino e voaram rapidamente até chegarem ao seu quarto são e salvo. O garoto agradeceu e disse ao anjinho. Volta? Quando sonhar comigo voltarei. Eu irei sonhar. Tchau.
No outro dia bem cedo sua mãe entrou no quarto, viu a janela aberta e duas asinhas na cadeira. Saiu do quarto, falou com seu marido que combinaram não falar nada durante o dia, só a noite.
Durante o jantar sua mãe tocou no assunto, ele contou sua verdade. A hora que o garoto foi brincar com seu cachorrinho seu pai pegou as asinhas para análise.Paralisou. Era uma asa de verdade.
O tempo passou, o menino esqueceu, o pai jogou pela janela a asinha e um anjinho o pegou. Desmaiou. Sua mulher estranhando a demora do marido, subiu até o quarto do garoto e ele estava desmaiado, Ao voltar do transe contou tudo a mulher. 
Ninguém falou mais nada...