terça-feira, 18 de outubro de 2016

Uma carta de amor



Meu peito quase estoura, quando me lembro de ti Fausto. Pego a caneta e escrevo uma poesia. Nós nos amávamos, mas o destino quis que tu partiste.
Chegaste de mansinho me iludiste, subiu no avião e sumiu, nem veio buscar as alianças que guardavas para o dia do noivado. O que será que aconteceu?
Os dias, as semanas e os meses se passaram. eu resolvi fazer uma faxina no meu quarto e tirando todas as gaveta encontrei uma carta. Como ela foi parar na gaveta, nunca recebi uma carta, meus amigos moram todos por aqui, fiquei pensando, abri a carta era do meu noivo datada havia um mês. Quem colocou a carta no fundo da minha gaveta. Abri a carta com o coração querendo sair pela boca.
Quase desmaiei, abri vagarosamente e comecei a ler a carta
"Querida Lúcia"
Saudações
Venho por meio desta, avisar que não poderá haver casamento, mesmo que me doa o coração, estou com tuberculose e vou morrer, mas não chore, pois o nosso filho que chegará a oito meses amenizará a sua dor. Querida quando encontrar outra pessoa e amar case com ela, assim nosso filho terá alguém para chamar de pai.
Ela "gelou" e chorou copiosamente. Nisso entraram seus pais, vendo a situação da filha a abraçaram e disseram: não chore minha filha nós estaremos aqui para ampará-la e felizes pelo neto que chegará para alegrar essa imensa casa.
Como na vida tudo passa, assim passou essa dor que dilacerava seu coração, ficou apenas as lembranças para amenizar.
Comunicamos o ocorrido aos pais de Fausto que viessem ver seu neto um garotão lindo tal o pai.
Não demorou uma semana os pais de Fausto que perdeu seu único filho havia cinco meses chegaram na fazenda dos pais de Lúcia e ao ver o neto se encantaram era igualzinho a Fausto nessa idade, a mãe de Fausto perguntou: Como ele chama e Lúcia respondeu: Fausto, a avó quase desmaiou.
No outro dia foram registrar seu a criança e perguntaram: o nome do bebê: Lucia respondeu Fausto Bastos Santana.
Os avós do Rio vieram morar numa bela casa na fazenda, assim Fausto teria muita gente para amar.
Após cinco anos Lúcia se apaixonou e ainda teve mais quatro lindas meninas, então ao todo seriam cinco crianças para a alegria de todos.
Assim é a vida, ela continua...


4 comentários:

  1. Perfeito conto e lição de que a vida nos reserva outros caminhos
    que podem ser floridos. A saudade?
    Bem, esta a gente que sente sabe como gerencia-la.
    Abraços Dorli na bela semana.
    Bjs de paz amiga.

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  2. E a vida continua...Uma história triste e que poderia ser de muitos,pois a morte pode acontecer e pegar todos de surpresa.
    Ainda bem que a família aceitou a criança com o mesmo nome do pai e que a jovem Lúcia,apaixonou-se novamente e deixou que a vida continuasse.
    Dorli,você é mestre nos contos.
    Bjs-Carmen Lúcia.

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  3. Uma carta muito bonita. Parabéns

    Beijo

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  4. Precisamos sim dar boa continuação à vida... Gostei do texto, Dorli!
    Desejo boa recuperação, descanso!!
    Abração e muita paz.

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