domingo, 4 de junho de 2017

Caminhando no nada



Resultado de imagem para Caminhando no nada 

Na impotência da vida sou o nada
A brisa gélida sufoca meus sonhos
Vou me embrenhar pela vida afora
Sou um grão areia no belo universo
A morte abraça meu corpo gélido
Tenho muitas ilusões ainda doídas
Sou só, sujo com o suor do andar
Meu destino é o caminho do nada
Sinto frio não sei onde vou parar 
A neblina faz um odor fedorento                           
Ao atar o meu corpo no caminhar
Minha verve é tolhida pelo vento
Paro no lago banho as tais ilusões
A tal sina é meu 'andejar' no nada
Recolhi alguns dos meus sonhos
Mas a morte abraça o meu corpo
Resultado de imagem para beijinhos na boca

6 comentários:

  1. Lindo, lúgubre, tocante, assustador... São tantas as definições, talvez contraditórias até, sobre estas palavras que no final resta apenas sentirmos o poema... E, a fim de aumentar a intensidade da experiência de ler esta obra, humildemente, recomendo a leitura ao som da peça ao piano de Eric Satie, chamada "Jazzopédie"... Beijos e parabéns a autora!

    ResponderExcluir
  2. Um belo poema que me fez lembrar outro de Fernando Pessoa
    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

    ResponderExcluir
  3. Maravilhoso poema! Amei

    Beijo e uma excelente semana.

    ResponderExcluir
  4. Lindo poema, gosto da criatividade dos poetas, que sabem extravasar os sentimentos e fazer poemas assim como esse.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  5. Um poema escrito com uma profundidade tocante Dorli!
    Digno de aplausos.
    Bjs,obrigada pelas visitas e uma feliz semana.
    Carmen Lúcia.

    ResponderExcluir
  6. Poesia molto bella.
    Buona serata...ciao

    ResponderExcluir