quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Economia retroagindo ...




Órfãos da cana-Folha


A economia brasileira está retroagindo. Tempos bons eram antes da chegada da cana de açúcar, onde nas fazendas havia mais habitantes que na cidade. Emprego não faltava, o solo era fértil e muitos italianos vieram ao Brasil para trabalhar a terra e fizeram muito bem. 
As culturas eram: café, algodão, milho, laranja, etc...Dava gosto de ver como faziam polentas as matronas, todos trabalhavam na roça por empreita e quando chegava a colheita uma metade ficava para os patrões e a outra parte ficava para os trabalhadores que iam à cidade pagar a caderneta, isto é o que compravam uma vez por semana era marcado nessa caderneta e iam pagar e já aproveitavam para comprar algumas fazendas para coser roupas para a família e o que sobrava era guardado no Banco da cidade.
A vida na roça era boa, não tinham geladeiras e quando matavam porcos e quase tudo era aproveitado: faziam linguiças (fritavam muitos pedaços) e colocavam dentro da gordura para não estragar e as outras secavam.
Todos tinham suas hortas, galinhas, galo e os pintinhos iam nascendo, crescendo e aos domingos faziam a macarronada da mama, matavam alguns frangos e os colocavam para assar no forno do fogão a lenha.
Na horta tinha um bom pedaço que plantavam milho e naquele tempo fazia muito frio e à noite antes de dormir assavam milhos e a conversa “rolava”.
Eles trabalhavam como meeiros, isto é, toda a produção metade era do patrão e a outra era dos empregado que aos domingos arriavam suas mulas, enchiam suas carroças e iam vender na cidade. Com o dinheiro compravam algumas coisas e no fim do ano pagavam a caderneta.
Todos conseguiam fazer suas casinhas na cidade que alugavam, era mais um dinheirinho que ia para o Banco, quase nada rendia, mas ficava emprestado ao Banco.
Depois de muito tempo é que veio a cana de açúcar para trazer riqueza aos usineiros e uma vida mediana para os graduados e para os bóias frias deixarem seus suores nos canaviais e  só faziam para comer.
A ganância dos usineiros é tamanha que hoje estão "quebrando", deixando milhares de desempregados. Onde eles irão arrumar empregos se está difícil até para os mais estudados?
Só o tempo dirá...
Acreditem se quiserem
Os roceiros antes de trabalhar deixavam perto da pista dentro de um quadrado de madeira que tinha um pau embaixo e enfiavam na terra bem fundo, dúzias de ovos  e litros de leite e o preço e quem passava por ali já sabia comprava e deixava o dinheiro.

8 comentários:

  1. Bem escrito e descrita a época...Hoje beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem diferente!!! beijos, tudo de bom,chica

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  2. Mais um maravilhoso texto/conto!! Adorei ler

    Beijinhos com carinho

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  3. Uma bela explicação Dorli!
    Bjs e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

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  4. Pode ter certeza de que as coisas pioraram, e não é só no Brasil não, é no mundo, mas é claro, nos preocupa mais é o nosso Brasil. Nosso... ainda. Beijosss.

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  5. Outros tempos.
    Com coisas melhores e piores do que agora.
    Parabéns pelo texto, gostei muito.
    Continuação de boa semana, amiga Dorli.
    Beijo.

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    1. Jaime,
      Minha mãe dizia que era o melhor tempo principalmente quando Getúlio Vargas era presidente da República. Não sei onde está a postagem que fala dele. Rico não tinha vez, os pobres tiveram vários direitos.
      Ele suicidou, pois não queria sair da presidência...Leia sua História, você vai ver como o pobre vivia.
      Hoje os pobres são zumbis que só servem para votar.


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  6. Boa noite Dorli,
    Seu texto é maravilhoso, digo por entender, e concordar com o conteúdo muito bem elaborado. É lamentável ver o rumo que estamos seguindo, inertes, acatando chicotada nas costas como sendo algo que merecemos. Não bastece isso temos que conviver com crimes hediondos. Tragédias contra inocentes todos os dias. Um Estado corrupto, vendido e comprado por esmolas, futebol e carnaval.
    Desculpe amiga usar seu espaço para desabafar, mas é revoltante e queria escrever sem parar, sair correndo e gritando que basta, vamos nos mexer!!!.
    Porque o infeliz, desgraçado não entra no congresso e ateia fogo naquela corja de vagabundos, ladrões desalmados? Mas não, a criatura entra em uma creche a tira a vida de crianças inocentes, anjos que estavam apenas descobrindo a vida...

    É o fim dos tempos ...

    desculpe mais uma vez Dorli, minha querida amiga, mas sei que sua indignação não difere da minha, a conheço pouco mas posso imaginar...
    Boa noite amiga
    Beijos!
    Wellington Maia

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    1. Oi Wellington
      Sinto o mesmo que você. O exemplo vem de cima, enquanto trabalhamos mais de 40anos para termos uma merreca de aposentadoria nós pagamos as contas do congresso que é um absurdo.
      Eu não desejo a morte de ninguém, mas sim uma ditadura acirrada em que não haverá moleza para o congresso que nos envergonha.
      Nós temos que ter Faculdade, pós graduação, trabalhar numa loja, estudar à noite para prestar vários concurso com uma vaga só. Pode?
      Nossa! A gente cria um filho com tanto amor para o outro matar. Este morreu, menos um, sou a favor da pena de morte.
      Moro numa cidade pequenina que acontece cada assassinato que nem é bom lembrar.
      Eu já estou velha, não tenho mais forças para lutar, mas vocês jovens por que nas eleições não votam em ninguém? Como seria?
      Beijos
      Lua Singular

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