segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Quero amar-te por inteiro






Quero a cada segundo amar-te por inteiro
Saborear teus beijos loucos e sussurrar baixinho
Tu és minha vida, meu alento, minha perdição
Quero respirar teu ar na hora do amor e sedução

Beijar-te devagarzinho de norte a sul sem fronteiras
Sem rios, cachoeiras, mares, estrelas, sem todo universo
 Tu és meu mundo que arrepia ao beijar-te a boca, teu colo
E grita baixo: agarra meus braços , sufocando minhas veias

Nossos corpos derretem e escorrem lavas em erupção
Num leito suave, após o amor, sentir a magia dos sonhos
Sonhar um amor tranquilo, beijos suaves e já despertos
Banharmos em banheira espumante com delicioso cheiro

É hora de tu partires, levas a metade do meu coração
Deixe a tua metade comigo, e numa unção de amor
Para que não morras teu amor por mim, nem o teu calor
E que eu possa sentir na solidão, as batidas do teu coração


Dorli  Silva Ramos

Ah! Se eu pudesse...




Ah! Se eu pudesse encontrar
Cada um dos meus visitantes
Anônimos
Gostaria de abraçá-lo e dizer: 
Muito Obrigada pela
Sua
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Se quiserem comentar
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Apesar da moderação
Voltem sempre para
Alegrar meu enorme coração

Obrigada

Lua Singular




domingo, 20 de janeiro de 2013

O que faço sem ti...



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Se eu tivesse um dia...
Para revolver nosso amor
Tu não partirias 
Queria dizer-te que definho
Sem teus beijos.
Tuas cartas, teus presentes
Joguei ao vento
Só ficou a saudade 
Que aperta meu coração
Saio à vagar nada vejo
Dói mais ao vê-lo com outra
Sei que sofres também
Pois teu amor sou eu
Não se pode mudar 
O que está escrito no destino
Seremos quatros à sofrer
A falta do amor sincero
Do sorriso aberto
Do beijo ardente
D'uma vida 
Que não vale a pena
Ser vivida
Sem amor
Sem ti

Dorli Silva Ramos 

´Nunca sente na cadeira do homem
que pode lhe dizer  " levante".'

Provérbio árabe

O que eu queria da vida





Eu queria resgatar o que roubaram de mim, sentir no rosto o vento puro da natureza exuberante, nadar em rios despoluídos, brincar com peixinhos saudáveis, cuidar das plantas, conversar com elas para ficarem mais viçosas, sentar num coreto, ouvir uma música ao som do violino e  sonhar a vida de um passado com lindas matas e passarinhos a cantarolarem a tarde.

Na hora do alvorecer, beber cafezinho feito no coador de pano, sentar na beirada do fogão a lenha e ouvir estórias que minha mãe contava da Bela Adormecida e histórias de assombração. Apressada pegar minha sacola com meus cadernos e lápis correr para a escola e aprender a lição e na saída da escola brigar e bater nos meninos que me jogavam beijinhos dentro da sala de aula.

Sair saltitando até chegar no meu lar, que era meu mundo encantado. Fazer minha refeição rapidinha e sumir nesse paraíso que eu morava, e quando as flores me viam sorriam, acariciava-as com e em troca me jogava umas fragrâncias deliciosas. Tirar a roupa no riacho, nadar até sentir uma brisa molhada molhar meu rosto e um vento gelado vindo me avisar que haveria chuva. Rapidamente ao colocar minha roupa senti vergonha, estava virando uma mocinha.

Após a chuva rápida, tomar um banho quentinho na banheira, debruçar na janela e ver o crepúsculo do entardecer, era nessa hora que mamãe me chamava para o jantar. Tudo era natural, os legumes, as verduras, as frutas. Ninguém sabia o que era agrotóxico. Médicos eram poucos, pois quase ninguém ficava doente. Era o famoso médico da família que quando era solicitada sua presença, arriava seu cavalo e a galopes rápidos chegava no local e, nesse mesmo lugar encontrava o vigário, pois o paciente já com idade avançada  não queria morrer sem a extrema unção.
Quando da chegada do pôr do sol, dizia -lhe boa noite, pois pensava que ele iria descansar e dava um tempinho pra saudar as estrelas que brilhavam no céu.

Fiquei rapidamente mocinha e me apaixonei por um homem que até hoje está ao meu lado à recordar as belezas de uma vida sadia que a natureza nos proporcionava. Roubaram nossas florestas, nossos campos floridos e, hoje os passarinhos vêm comer da nossa comida, pois as lindas florestas com árvores frondosas viraram um inferno verde: os canaviais e a natureza chora a sua destruição e o descaso do homem.  
Agora moro na cidade e como alimentos com esse tal agrotóxico e temos caixinhas de remédios separados a tomar e viver até quando Deus quiser.


Dorli da Silva Ramos

sábado, 19 de janeiro de 2013

Provérbio de desprezo





A sensação de nojo e desprezo

de uma mulher traída

Dói mais que um tapa na cara  

  
Dorli Silva Ramos
   

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Uma mulher que acontece...





Uma jovem fica mais apaixonante quando vira mulher, parece que sua pele brilha como as estrelas da noite, olha sua silhueta e se envolve em pensamentos audaciosos, porque sabe que por onde ela passa, faz sucesso com seu corpo delineado e sedutor. Seus cabelos doirados presos ou soltos exalam paixões incontroláveis e com certeza, não fica sozinha, sai à procura de um belo homem para matar seus desejos, não é amor, mas ela precisa explodir lavas como um vulcão para poder adormecer.

Chega a noite, já mais calma, sai envolta apenas com um véu para dançar para a lua, sua musa inspiradora. O seu bailado faz a lua escurecer, pois as estrelas ficam com ciúmes e apagam seus brilhos, pois querem ver o espetáculo sozinhas e, sabem que a lua se enamora com as mulheres mais lindas do universo. Não adianta, a bela mulher cobre e descobre seu corpo e, por vezes as pontas do véu bate na lua e ela sorri.

De repente a lua escurece, é o eclipse total da lua e com raiva empurra pra mais longe a claridade das estrelas. E agora mulher, na penumbra como fará para sair desse penhasco sem se machucar? Chora baixinho, suas lágrimas escorrem seu corpo nu e uma rápida boca bebe da sua lágrima. Sente o cheiro do homem que a acaricia por completo, se entrega a esse corpo com furor e na imensidão da noite adormecem.

A mulher acorda mansamente com o alvorecer querendo despontar, olha o homem que fez amor, seu coração acelera, sua boca seca de desejos e uma ternura infantil toma conta do seu coração. Enrola-se no véu para esconder o que ele não viu, só sentiu...passa suas suáveis mãos pelo seu rosto e ao beijar suavemente seus lábios ele acorda e emudece tamanha era o deslumbramento da mulher que amou na noite.
Os dois saíram sorrateiramente e na relva colorida de lindas flores do campo, juraram amor eterno.


Dorli Silva Ramos

" Sorte nunca é de um só, é de dois, é de todos...
sorte nasce cada manhã, e já está velha ao 
meio-dia..."

João Guimarães Rosa

Criando provérbios...






Meus amigos e visitantes
Estejam vocês onde estiverem
Ao acordarem para a vida, agradeçam
A Deus por mais um  lindo
Amanhecer...

Obrigada pelas visitas



Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sabedoria



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E Deus me conservou forte, sábia; apagou um pouco o brilho azulado dos meus olhos, colocou no meu rosto muitas rugas, sendo cada uma, boa ou má experiência de vida e esbranquiçou meus cabelos para impor respeito as pessoas que a mim dirige suas palavras com a educação que mereço.
Sou uma mulher realizada, feliz nos meus limites físicos, gosto de ler bons livros e estar sempre me inteirando das novidades do mundo moderno e, lhes digo com toda a veemência, a cada etapa é uma satisfação.

As pessoas estão constantemente se modernizando, só um lindo detalhe não muda: o amor. Em qualquer época, o amor é lindo e apaixonante, com longos beijos e abraços, só tomávamos cuidados para não colocar no mundo crianças, pois saberíamos qual seria o nosso futuro.

Mas, nada contra os dias de hoje, até gosto das músicas atuais e, às vezes, me pego na imensidão da minha sala, só, dançando essas músicas de agora, fico feliz e ao mesmo tempo triste, pois meu companheiro de anos de lida e amor já está guardando um lugarzinho n'outro plano para mim. Mas não gosto de retrocessos amorosos, pois, o que passou ficou numa página amarelada que virei no meu livro da vida.

Eu quero curti o hoje, não é assim que se fala atualmente? Acho muito legal, pois soa mais leve, sem a severidade da comunicação de outrora, isso não quer dizer que antes era ruim, mas hoje temos a liberdade no falar sem ter ninguém para nos corrigir e dirigir palavras de reprovação. Eu consigo acompanhar o agora, com toda essa ânsia da modernidade que não me alcança. Oxalá alcançasse. Mas tento...

No limiar da vida tudo é doçura e encantamento, portanto meus jovens, aproveitem a vida de uma forma prazerosa e salutar, não se esquecendo que cada um tem um corpo para ser cuidado e amado com toda a ternura de direito. Agarrem com unhas e dentes as oportunidades que aparecerem e cuidem de perpetuar a Terra, um homem apaixonado por uma mulher com a intensidade dos seus corações. Amem-se, respeitem-se, para que seus filhos sigam seus exemplos de vida e, quando estiverem no estágio da minha vida, poder olhar para trás e dizer: valeu a pena!


Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sem palavras...





Quem abre seu coração ao amor
Esquece de si próprio, vela o sono
Depois da paixão, já sem calor
Beija seu rosto rosado, é outono

Não quero adormecer, olho a lua
Que se esconde atrás do firmamento
Enciumada do nosso amor que flutua
Sonhos, encantos, amores sem lamento 

Minhas pálpebras caem, sono apavora
Sonho nosso amor numa praia chorosa
O belo mar, o vaivém da onda amorosa
Liberta meu cansaço que acaba agora

Seu sono não mais profundo, está a despertar
Meu coração pulsa forte no descompasso
Olho a mulher mais linda que fui apaixonar
 Beijo leve, amor infinito no nosso espaço

Você é minha flor-de-lis

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Mulher amada





Mulher amada é aquela que faz o dia anoitecer
Some com milhões de estrelas, só fica penumbra
Aquece seu corpo sem roupa na hora do amor
Faz seu homem exaurir vendo estrelas coloridas

É meiga, doce, aveludada como a rosa da paixão
Com seus espinhos espeta seu homem até sangrar
Dois corpos num só a rolar no fogaréu do amor
É o cheiro do amor, da paixão, do hálito de menta

Mulher amada não precisa ser linda, tem chamego
Simula ser delicada, meiga, é irresistivelmente feroz
Tem uma elegância sedutora, roupas extravagantes
Todos esses apetrechos em uma mulher a faz amada

Essa mulher sabe que é amada e judia dos homens
Mas é dócil como uma pluma quando quer carinho
Chorosa, nas suas doçuras infantis no querer mais
É a estrela mais brilhante que entra no corpo alheio

Dorli Silva Ramos

A lua apaixonou-se



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A lua apaixonou-se por uma fada
Chorou muito sua triste desilusão
Não deixo o céu, pois esse é meu lugar
Pediu a fada que fosse morar na lua

Não posso apesar da minha paixão por ti
Tenho que viver na floresta, mas com alguém
A lua arrancou seus olhos transformou-os
Num lindo príncipe das selvas verdinhas

A fada enlouqueceu ao ver a transformação
A lua ficou mais escura e apagava a noite
Numa comunhão de paixões viviam os dois
Príncipe lua rolava a relva encantada com a fada

Não demorou muito tempo lindas fadas nascem
Dessa loucura que parecia ser um fato impossível
Lá do alto a lua se refez e ficou feliz do seu feito cá
Amantes da terra e do céu à perpetuarem a vida... 


Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Agradecimento aos meus visitantes anônimos


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Quero agradecer a todos os meus visitantes anônimos
que estão comigo desde 2010
Primeiramente ao meu querido Brasil
e muitos países pelo mundo afora
Se não fossem vocês eu não estaria
nesse patamar que me encontro
Um beijo enorme a todos

Meu presente


Lua Singular 

Rugas que falam...



Chegamos rapidamente a velhice e estar nessa idade é um presente de Deus, já que muitos morrem pelo caminho devido ao seu modo de viver. As rugas em  nossos rostos são um rio profundo de preocupações com a vida, com a criação dos nossos filhos, com as lágrimas derramadas pelos fracassos ou sucessos dos mesmos.Não importa se choramos ou sorrimos elas iriam aparecer para nos denunciar que caminhamos rapidamente pela vida sem percebermos.O que era lindo, hoje é a simpatia com serenidade.

Nós somos o que queremos ser, tudo vai depender do modo de viver de cada um: esquecer que as rugas estão nos nossos rostos e, nessa idade, se formos tentar tirá-las, perdemos nossas identidades, não somos mais o que fomos e seremos motivos de piegas dos outros: Nossa! Esticou só a cara?....
Não percamos nunca nossa autoestima e, ao nos olharmos no espelho digamos: Foi-se a beleza, ficaram os feitos a se perpetuarem para o futuro.

É tão gostoso sentarmos no sofá, assistirmos um filme abraçadinhos dizendo: fomos um milagre de Deus, nenhuma tempestade da vida não nos separou, ao contrário, a cada sofrimento nossas lágrimas se misturavam, encostávamos nossos rostos um no outro e uma leve lágrima perdida engolíamos. Bebemos muitas lágrimas de alegrias, de saudades, de dores; mas sempre de mãos dadas rumando o mesmo itinerário.

Somos dois velhos itinerantes e felizes com o nosso caminhar, que muitas vezes, da inveja a quem nos veem, tamanha sempre foi o nosso comprometimento com a verdade, com a vida, com  os tropeços que ela nos proporciona, mas com uma alegria imensa de estarmos, hoje, aqui juntinhos fazendo pose para essa linda foto, que servirá de exemplo a muitas pessoas que desistem na primeira pedra que encontram pelo caminho. Jogue-a fora e continue...continue...; enquanto tivermos um pequeno sopro de vida, mesmo assim é um restinho desse presente de Deus  impregnado em nossos seres.

Dorli Silva Ramos

sábado, 12 de janeiro de 2013

Sua ironia me deu coragem...





Pois a covardia no nosso relacionamento foi somente sua, eu sempre fui verdadeira e você usou seu sorriso como uma ironia para me machucar. Mas agora chega, é hora de sair pela porta da frente para nunca mais voltar. Quando íamos a festas, no nosso grupo existiam mulheres lindas e você dizia com tom sarcástico que eu era a mulher mais linda do universo, com um sorriso irônico.Fui engolindo seu sorriso, sua ironia. Sabe  o por quê? Por que sou uma mulher inteligente e ela não me atinge e nesse ínterim eu saí ganhando mais que você na partilha dos bens, pois teve que me pagar por toda a sua maldade a qual me sucumbiu.

Não adianta querer me agradar agora, mesmo que esteja arrependido, é nesse arrependimento que meu consolo se aquieta ao ver seu rosto branco pela perda.Não guardo rancor, pois daqui pra frente quero ser mais eu e ser respeitada, assim como mereço.
Mesmo na hora do amor, queria que eu uivasse como se eu fosse uma loba num fogaréu, só para zombar de mim, pois sabia que era uma mulher normal e só chegaria ao clímax se fosse com carinho. Você me usou, mas acabou.

Você era mau, zombava da forma de me vestir, de andar e de falar e, por muitas vezes, beliscou meu braço até sangrar, pois não tinha a sua cultura no falar. Você sabia, tentei melhorar, lia livros, mas sempre dizia que eu era uma caipira de sorte por ter me casado com você. Agora, que se dane, quem saiu na melhor fui eu, não temos filhos para serem divididos, frutos dessa ironia nojenta.

Sabia que me traia com outras mulheres, você gostava de ouvir os uivos fingidos das amantes e, depois de satisfeito, jogava em suas caras o preço alto da luxúria. Elas não estavam nem aí com você, queriam apenas o seu dinheiro, seu imbecil... Agora vem me pedir que eu não vá?
Vou e nunca mais voltarei, pois você cavou o abismo entre nós com a sua indiferença. Agora que se dane.


Dorli Silva Ramos

Clamor à natureza furiosa...





Venham furiosas nuvens negras
Não tenho medo das suas destruições
Venham acabar com meu sofrimento
Venham tirar-me dessa magoada solidão

Não tenho mais vontade de viver sofrendo
Meu peito dói a lança que enfiaram em mim
Dilacerou meu coração aquele bandido amor
Destrua minha vida, mas leve a dele também

Quem és tu a praguejar sua vida? Disse a pomba
Você foi feita para reinar, atravesse o morro e verá...
Um suntuoso castelo e um príncipe está a esperá-la
Não se deve chorar por quem não nos ama mais

Descalça desceu o pequeno morro, deslumbrou...
Num cavalo negro, um jovem dourado apareceu
Suba para a minha vida, disse o jovem cheio de amor
Vamos viver nosso amor e loucuras longe daqui

 Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pingos de esperança


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Enquanto tu puderes ouvir o gotejar no telhado, sentires  o cheiro molhado da terra, vires o Sol, 
sintas um ser privilegiado, tu estás vivo.
Enquanto tu vires o nascimento do sol brilhando no horizonte,
sintas o presente do Criador por mais um alvorecer.
Enquanto tu sorrires tal uma criança, sentires a fragrância das flores do teu jardim,
 sintas ser agraciado, pois teu coração ainda bate pela vida.
Enquanto tu sentires saudades de alguém, dos seus trejeitos ao falar, 
sintas teu coração aliviado, pois teus bons sentimentos não acabaram.
Enquanto tu conseguires te olhar no espelho e sentires que tua vida valeu a pena,
sintas os resultados dos teus bons feitos nas trilhas das tuas rugas.
Enquanto tu acompanhares a exuberante saída do pôr do sol,
sintas que a beleza da natureza ainda brota no teu coração.
Enquanto ouvires o barulho do vaivém das ondas do mar e o seu cheiro,
sintas a delícia da água gelada molhar teus pés, pois ainda consegues andar.
Enquanto tu sentires a brisa gelada molhar teu rosto cansado  e suado pela labuta da vida,
sintas que a vida te sorriu, dando-te momentos únicos.
Enquanto tu conseguires sorrir para teus amigos que vierem te visitar,
sintas que tu realizaste na vida só alegrias para teu viver.

Sintas que eu te desejo tudo isso!!!
e um belo alvorecer
todos os dias



Dorli Silva Ramos

Chuva que molha a terra e meu coração.


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Andando à toa pela estrada da natureza
Uma chuva fina começou a cair no meu ser
Debaixo de uma frondosa  árvore pus-me a pensar
Enquanto via os pingos caírem nas folhas a sorrirem

Bem lá no fundo do meu coração comecei a recordar
O tempo triste que morava no sertão, onde chuva fugia
Adorava minha moradia, um casebre de pau-a- pique
Mas chorava a fome da família, peito dilacerado, saí.

Vim morar pras bandas de cá, onde a chuva é boa
Minha rocinha verdinha, gado pastando e família feliz
Logo que a chuva passar vou seguir até minha roça
Lugar lindo, nascente com águas cristalinas à jorrar

À noite, na varanda, pego meu violão e choro saudade
Saudade do meu sertão e amigos que lá esperam chuva
Cartas mando para lá e amassadas voltam para mim
Amigo, sou sertanejo turrão, mas não deixo meu sertão

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Dorli Silva Ramos


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SENHORES VISITANTES E AMIGOS



Quem não leu meu conto
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Distinção por Mérito 
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Dorli Ramos 



A procura da Felicidade






Obrigada

Lua Singular

A busca...






Nesse mar azul e gelado eu clamo as estrelas
Venho à busca constante do meu eu interior
Por que nasci? Que vim fazer? O que fazer?
Busco respostas para poder viver normal

Nas ruas, no trabalho, nas festas sou charmosa
Encanto com meigas palavras os que me rodeiam
Todos querem ir onde eu vou e digo não. Por que?
A solidão tomou conta de mim. Me ajudem...

De repente no meio do mar, algo toca meu pé
Um medo subiu meu corpo, sinto deslizar-me
Mergulho o mar, ao ver aquela linda imagem
 Corpo semi-nu estremece, mas também aquece

Um jovem veio ao meu encontro e me beijou
Momentos de amor inexplicáveis invadiu corpos
Dois corpos sedentos de amor; o mar borbulhava
Estrelas douradas caíam em nossas cabeças. Achei.

 Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Caminhando contra o vento





Meu nome é Larissa, era uma nenê feliz enquanto estava quentinha no ventre da minha mãezinha, que ao me dar a luz, morreu. Ninguém soube explicar o motivo, era uma jovem saudável, seu coraçãozinho parou à hora que eu nasci. A vida não nos deu tempo de nos conhecermos.
Papai ficou desesperado, precisando trabalhar deixou-me aos cuidados da vovó. Enquanto estava lá, fui crescendo com saúde e muito amor. Fiquei com vovó até os cinco anos.

Papai conheceu outra jovem, casou-se com ela e foi me buscar para vivermos uma família feliz. Lucia era o nome daquela que seria minha segunda mãe. No começo tratou-me bem; passado uns três meses, queria sair às compras e eu era seu empecilho, tinha que me levar junto. Vi que já estava perdendo a paciência, um dia gritou comigo: se não fosse você eu seria feliz com seu pai.

Esperei os primeiros raios solares do amanhecer despontar e, só com o meu registro de nascimento e com a roupa do corpo saí por uma estrada que parecia não ter fim, nisso um vento forte começou balançar as folhas das árvores. Fiquei com medo. Mas, tinha que caminhar contra ele para chegar a lugar algum.
No instante que o vento se tornava mais forte, passou um carro com um casal, parou no acostamento e perguntou-me: Onde você vai criança, deveria estar com seus pais. Contei o ocorrido.

Parece que ninguém deu por minha falta, pois ninguém foi me procurar, nem o meu pai que eu amava tanto, fez nada, pois nem queixa na polícia foi dada, do contrário, o casal que me achou teria me devolvido e, com dez anos de convivência com eles, cresci cercada de carinhos e com três irmãs lindas que me amavam.

O tempo passou rapidinho, formei-me advogada e, uma surpresa preparada pelo destino iria me entorpecer na hora de receber o diploma. Todos parecíamos iguais com aquela beca preta, eu fui a oradora da turma, estava nervosa, pois nunca havia falado em público. Então comecei: 
Em primeiro lugar quero agradecer a minha mãe que me colocou no mundo que tivemos o desprazer de não nos conhecermos. Olhei pra cima. Agradeço aos meus pais que me adotaram e é  para eles que oferto o meu diploma com amor para guardarem em seus corações. O meu eterno agradecimento as minhas irmãs, colegas...

Enquanto fui fazendo minha oratória, alguém na platéia  estava irrequieto, suando, ao seu lado uma senhora um pouco familiar. Senti uma pontada no meu coração, sabia que era meu pai. No fim da oratória disse: A meus pais adotivos que me amam, cuidam de mim e estão me proporcionando esse momento único de alegria, quero dizer que os amo muito. Parei....Lágrimas debulhavam.Todos se entreolharam, desci até a platéia, em frente ao meu pai que chorava aos prantos disse: a você meu pai ofereço minha piedade.




Dorli Silva Ramos