sexta-feira, 15 de maio de 2015

Que Vida!





Teus beijos doem a solidão
Fazes as noites eu chorar
Tu me fascinavas, ó paixão
Já não sei onde te procurar

Escrevo as cartas de amor
Mas não sei onde endereçar
Vai doendo o  meu coração
Aperto a mágoa com a mão

Os olhos põem-se a chorar
Molhando todo meu peito
E nas fontes de meu desejo
Rolo as saudades a minguar

Vivo somente a pensar em ti
Sinto minha vida se esvair
A minha alegria dói sem ti
Ó amor! Eu vou me destruir


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sombras do passado





Meu presente está abraçado ao um passado insólito que me tortura quebrando meu coração e chorando um amor imensurável que faz sombra de um passado que me é incompreendido numa mente sã.
Não sei se estou no passado ou presente, vagueio o nada abraçando um anoitecer gelado. Quero saber se sou real ou mais uma sombra, que ora no presente torturo-me embalando meus pensamentos no vazio de uma solidão que me assusta.
Meus olhos descortinam nuvens escuras por onde irei passar, mas sem saber o que encontrar do lado de lá, mas o medo está voando o meu coração imutável e de repente, adormeci.
Acordei e reconheci a bela árvore ainda firme e crescendo à beira de um precipício, um rochedo e abaixo dele um córrego com lindos peixes coloridos. Meu coração acelerava a cada passo que dava e ao passar por mim um vento trouxe uma brisa gelada, me abracei, foi quando ao longe vi um pequeno casebre, fiquei embriagada, pois reconheci que naquele casebre vivia meu amor. Chegando lá, empurrei a porta ouvi o seu ranger e ao entrar, estava vazia e em cima d'um velho fogão um bilhete: se um dia chegar aqui a espero no passado, sua fujona. Estremeci.
Aí foi que percebi que não era terrena, saí, abri duas enormes asas, voei para encontrar meu amor no passado.


terça-feira, 12 de maio de 2015

amor com paixão


аниме поцелуй


Minha alma entorpece
Quando você aparece
Seu suspiro me aquece
Da beijo e desaparece

Saboroso é o seu beijo
Que lambuza o desejo
Meu corpo eu despejo
Num grande relampejo

 A faísca vem a certeza
De uma louca destreza
Amor vem com leveza
Meu corpo dar moleza

A vida são dois minutos
 Que espremem nos cantos
Procuram-se mil recantos
Elixires e belos encantos


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Lua cheia de amor - miniconto



Está anoitecendo e a lua não acordou e num fervilhar de buzinas, ela sonolenta acorda e a vemos no cantinho do céu querendo dormir, então as estrelas se juntaram perto dela acenderam suas luzes coloridas e uma chuva raivosa veio dar-lhe um banho para ela encantar a terra. Nós cá na terra nos molhamos - não havia nem sinal de chuva e de repente aquela tempestade, onde os carros já parados não sabiam por onde passar.
Vagarosamente ela apareceu, o que ninguém sabia que ela estava namorando uma linda nuvem e ficaram o dia inteiro aos beijos e esqueceram de dormir. Daí o sono da lua. Os movimento dos veículos começaram fluir e as águas foram procurar um lugar para desaguar.
A lua cheia de amor deixou o céu mais claro, as ondas do mar ficaram violentas e um calor gostoso era acompanhado com uma brisa suave que molhava de leve nossos rostos. Uma maravilha.
Nós cá ficamos um pouco enciumado, pois também amamos a lua d'um jeito diferente, mas foi amor a primeira vista.
Ela envergonhada pediu-nos perdão com uma chuva pétalas brancas formadas dentro do seu coração. A correria foi total, mas consegui pegar uma que irei guardar no meu baú do imaginário.


domingo, 10 de maio de 2015

Idade adulta




A idade adulta é um oceano escuro, pois ela tem que quebrar a casca de uma adolescência cheia de fracassos e indolências, jogar fora essa etapa insuportável é como uma árvore que cresce frondosa, deixando no lugar da raiva que voa seu coração, o equilíbrio, para permear uma vida cheia de sucessos e determinações.
Paralisado pelo medo do fracasso, mas com a inteligência além da conta, seus objetivos depois de muitos anos sofridos e suados, chega agora saber que venceu todas as intempéries da vida. Hoje vê o resultado, pois conseguiu agarrar a chave de uma boa estabilidade financeira, podendo assim proporcionar aos seus filhos escolas com excelentes qualidades, daí uma ótima educação. 
Já estabilizado e nem pensando em aposentadoria, pois ela é o descer d'uma escada cheia de pregos, devido a ociosidade intelectual e a displicência com o físico, dando asas as doenças que vêm sempre num corpo parado e a morte o espera à sorrir. Sabendo disso, trabalha até com mais afinco que os jovens de hoje, ora obesos, que só sabem reclamar do trabalho, do cansaço e dos direitos.
A vida não é só feita de trabalho, deve ser levada com lindos complementos como o amor, viagens e muito comprometimento, pois nós merecemos.


sábado, 9 de maio de 2015

Saudades







Hoje eu não tenho condições psicológicas de fazer uma poesia ou conto, mas tenho uma poesia que fiz em homenagem a minha mãe adotiva, se quiserem ler é a penúltima das Postagens Populares:

Que saudades da minha mãe que se foi

Obrigada a todos

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Perdão mãe


darkness and light


 Perdão mãe
Por tê-la feita sofrer
A vida toda
Perdão mãe
Pelas mentiras e pelas
Vergonhas
Que a fiz passar
Perdão mãe
Pelo desgosto e
Palavras rudes
Que a fiz engolir
Perdão mãe  
Pelos meus desacatos
Perdão mãe
Por não tê-la amado
Como merecia
Aí...
Alguém invisível diz:
Vá, siga seu caminho
Eu já o perdoei
Mas...
Outro alguém invisível diz:
Aqui se faz, aqui se paga

Aí, chorei...



quinta-feira, 7 de maio de 2015

Era o meu bebê...




Era um bebê lindo
Que a todos encantava
Fazia feia birra caindo
No chão e chorava


Depois cresceu
Já para escola foi
Adorou e aprendeu
E conheceu Elói

Com Elói ia à escola
Brincavam na neve
Sonhavam a vida
E amor breve

O tempo passou rápido
O meu bebê se casando
O quê? é o amor
Com imenso ardor


E nós?
A dançar


quarta-feira, 6 de maio de 2015

Um amor peculiar





Nesse velho caderno a vida escorrega
Minh'alma gêmea há tempos sucumbiu
Ainda na metade de sua vida desagrega
 Bem no meio foi que a rosa avermelhou

Tão linda, meiga e aveludada como a rosa
A sua pele sensual e perfumada, amarelou
Duro instante minha lágrima na flor goteja
Recordo nossos beijos, uma dor, voz calou


É noite e, na solidão da sala ao som do nada
Saio em duros prantos ao frio da pequena brisa
Mãos trêmulas, coração estremecido, já cansou

 Não tivemos nenhum filho, hoje a dar alegria
Ouço barulho, entra uma criança, me consolou
Ninguém tenho, ouvi um lamento, aqui estou
  


terça-feira, 5 de maio de 2015

O ódio- miniconto




O ódio é um veneno que se coloca num vidro sem fundo para disseminar no coração da maioria das pessoas, parecendo um relógio que pinga as horas, uma a uma vagarosamente.
O ódio quando impregna uma pessoa, ele tem pressa de encontrar uma presa para fazê-la engolir mágoas, vergonhas e mentiras bem manipuladas e ainda por cima carrega consigo uma leva com a suavidade de suas palavras para a crença das suas "verdades".
Quem odeia um dia bebe do seu próprio veneno, pois nunca teve pressa para amar e a vergonha nem queima seu rosto, pois seu coração rumina ódio. É uma doença contagiosa.


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Poema ao amor!



 romantic kiss anime



Na vida nada é por acaso
O amor mui verdadeiro
Pode demorar anos
Mas ele vem com planos

Planos de amor eterno
Com loucuras e desejos
De paixões em desvarios
De lições sem lamentos

Na saúde é só festa
Na triste dor é aconchego
Amor a gente ganha
Na dor não pede arrego

Já velhos de vida a dois
Quem morrer não sofrerá
Quem ficar pra depois
Chorará e não esquecerá




domingo, 3 de maio de 2015

Mistérios do além - miniconto


 your body is a temple of the holy 

Ó Sol, tão longe está de mim e embebido em clarear o mundo que esquece que aqui estou em loucura de devaneio, querendo saber os mistérios do além.
Sol, me diga: o que acontecerá com as almas quando ficarem vagando no mundo sem nenhuma conhecer a outra? Você me chega tristonho e diz que mistério não se pode contar, então, que eu escreva em folhas ao vento as minha convicções.
Nisso passou um sabiá e sentindo minha indecisão pediu que eu não perdesse tempo em saber como seria o além, que vivesse o hoje, embora desigual e discriminado, pois nas paredes do futuro ninguém saberá de nada. Cada um tem um desfecho e o dele seria o vazio do tudo.
Não é possível sabiá, já soltei algumas folhas ao vento e nelas diziam que em pouco tempo todos sem distinção iriam se encontrar no além e viria alguém com a maciez de uma voz encantada nos receber.
Haverá um outro mundo lindo, onde todos os escolhidos iriam viver as belezas do inusitado.
Na porta, alguém escolheria os bons, a fila seria enorme, pois todos estariam mortos. Os pouquíssimos bons entrariam por essa porta e se deslumbrariam com a beleza do lugar. Todos ganhariam um corpo diferente, mas belo e morariam num lindo lugar que tudo era só pedir. Uma maravilha!
Todos viveriam e se respeitariam como irmãos e se deliciariam d'uma natureza farta e nunca mais haveria dor e nem ringir de dentes. 
E os outros? Virariam pó a sumir com uma triste ventania.


sábado, 2 de maio de 2015

A vida é um sonho-miniconto





Se a vida é apenas um sonho quero me embriagar de amor, não quero acordar, vou conversar com as flores envaidecidas de suas belezas, o Sol que faz nosso suor escorregar pela pele, farei um lindo verso à Lua, meus beijos voarão grudando como ferrugem de amor no céu azul em noites quentes estreladas.
A chuva chegou como brisa e a nuvem me abraçou, mesmo assim ela molhou todo o meu corpo, a brisa estava enciumada porque subi um precipício só para amar as esvoaçantes nuvens escuras. Então pensei: vou clareá-las com meu amor de princesa, tal como num conto de fadas, onde tudo é possível.
A noite está fria e meu corpo frágil começa a tremer, de repente um vento mais forte soprou meu corpo fora do perigo e as estrelas me aqueceram. Sou uma alma itinerante que foi longe para se esconder da fúria humana, mas deixou em casa dormindo o seu amado e no meu devaneio sonhou uma linda viagem.
Acordou seu amor e disse: 
" Mô, eu o amo" e, abraçadinhos voltaram a dormir.

 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Muito obrigada amigos




running on the beach

Aprendi que se eu correr a favor do vento as minhas realizações serão infindas, nenhum competidor irá me ultrapassar,  pois corro de mãos dadas com Deus.


Obrigada a todos que encheram
Minha caixa de e-mail
Pedindo a minha volta
E em particular
A Carmem
Pelo carinho de
Seus comentários



terça-feira, 28 de abril de 2015

Vou sair de férias




Vou sair de férias
Dos meus amigos virtuais
Do blog, e-mail e facebook
Vou sair de férias dos meus versos
Dos meus contos
Vou cuidar da minha mente
Quero viajar para as montanhas
Beber água das minas
Tomar banhos nas sulfurosas águas
Vou desligar meu telefone
Só um celular para um parente
Quero beber água de coco, sentar no chão
Tomar um gostoso banho
Assistir um lindo concerto
Quero dançar numa linda praça
Comprar muitas bugigangas
Quando voltar pra casa
Talvez só volte pra casa
Meu lar
Inté...


Goodebye


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Malvada ironia



Ironia é uma forma elegante de ser mau (Berilo Neves)
A ironia afirma o contrário do que se quer dizer
Do que pensa
Ironia é gozar de alguém, criticar, censurar algo
Ironia é o contrário de tudo que é bom
É desvalorizar.
Pessoas que usam de ironia são estúpidas
Imbecis e ignorantes
Escondem-se como Hitler
Pessoas nesse nível se dão mal com as inteligentes
São malquistas e insuportáveis
Elas vivem no vazio das suas ignorâncias
E na solidão do desamor
Sem amor


domingo, 26 de abril de 2015

Eu preciso





Eu preciso:
Que me respeitem como pessoa humana, que saibam do meu discernimento, que não menosprezem minha inteligência, que um dia, com certeza, nos encontraremos num único lugar, que saibam que ninguém é melhor que ninguém, que deitem suas cabeças leves de pecados no travesseiro, que todos tenham misericórdia alheia, que não haja trevas no seu coração como homem, que o mesmo, um dia, será julgado por Alguém superior.
Pois sem humildade, ninguém terá sua plenitude e, sem ela a  nossa vida na Terra não vale nada.


sábado, 25 de abril de 2015

A caminho da escola - Crônica


Peguei na internet nada a ver com a escola

Meu Deus! Faz tanto tempo que recebi o diploma de normalista, foi suado, pois só levava o canudo para casa quem fosse muito bom, estudei numa escola famosa e gratuita: tinha que levantar muito cedo para pegar o trem para estudar n'outra cidade.O frio quebrava os nossos ossos e nem correr conseguíamos, pois nossas pernas congelavam, enfim, com muito custo chegávamos à Estação de trem.
O tique-taque do trem fazia de nós poetas e poetisas, pois debruçados nas janelas deparávamos com o alvorecer e no frio era lindo, víamos porcos, galinhas,cavalos nos pastos fazendo suas refeições e os pequenos correndo nas fazendas e sítios, retireiros ordenhando as vacas e muitas vezes a chuva chegava de mansinho, as águas dos açudes nos parecia congeladas de tanto frio.
Ah! Mas quando chegava a primavera as flores dos campos por onde o trem passava, o mais lento, chamava Maria-Fumaça e demorava mais para chegar, dando tempo de poetizarmos a primavera que vinha a toda nos encantando com o seu colorido diversificado.
No verão era uma delícia, o calor era ameno e descíamos correndo a rua da estação, parávamos numa pequena ponte onde passava um córrego, tomávamos fôlegos e subíamos até a Estação e já dentro do trem, olhando pela janela via aqueles meninos nadando nos córregos para se refrescar e nós íamos as piscinas das fazendas para nadar.( tempo bom que não olvido jamais).
No outono, os mangueiras ficavam "cheinhas" de mangas, as goiabeiras pareciam cansadas de carregar seus frutos. Tínhamos jabuticabeiras, enfim de tudo: legumes e frutas à vontade.
Éramos jovens bonitos e saudáveis, muitos deles já se foram.
Quantas reminiscências d'um tempo que ficou para trás, onde tudo que comíamos era natural, quase ninguém ficava doente e hoje com os agrotóxicos para aumentar os legumes e frutas estão nos matando vagarosamente e nossa pequena cidade está cercada de tristes e chorosos canaviais.

A nossa Estação daquele tempo
                                                    Foto Ralph M. Giesbrecht