quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O silêncio do casarão




Falava-se muito que nesse casarão morava uma velha que voava, mas como ninguém acreditava nem em Papai Noel, acreditar em assombração seria uma piada para todos que moravam na cidade perto.
Certo dia cinco meninos curiosos e escondidos de suas mães foram espreitar a assombração. Era  mais ou menos a hora do Sol descansar, uma neblina forte rodeava o casarão. De repente sai de lá a velha voando e sentou-se no cume de uma árvore. Por triste coincidência os garotos estavam escondidos embaixo dessa árvore, se abraçaram e tremeram de medo.
A assombração então desceu até os meninos que tremiam e batiam os dentes, ela então falou: eu sou uma alma penada, pois morri antes do tempo, não tenham medo, eu sou do bem. Vamos entrar no casarão. Todos foram.
Ao abrir a portas estrelinha brilhantes abraçaram os visitantes e uma grande sala com quadros e uma mesa cheia de guloseimas: Vamos nos sentar disse a alma penada. Comam a vontade e enquanto comem vou contar-lhes minha história: meu pai queria que eu me casasse com um velho rico amigo seu e eu era apaixonada por Renato, um jovem lindo que morava por essas bandas. Ele sabendo da minha desobediência jogou-me uma praga: você irá morrer queimada dentro desse casarão, só você queimará.
Nós iremos mudar para um Castelo longe daqui e cá nunca mais voltaremos. Nossa disseram as crianças!
De repente andando em volta do casarão reconheceu seu ex namorado que tinha uma aparência de trinta anos, chegou perto dele com uma mão tocou seu rosto, ele então tirou o pano que colocava no rosto e eis a surpresa, era a sua linda namorada, foi um abraço bem forte e um beijo suave.
As crianças bateram palmas e disseram que iriam embora para contar a todos essa linda história de amor.
Stefani recuperou seu outro lindo castelo e todo esse espaço  doou a igreja.
Pegaram a Limosine, deram tchau aos garotos e partiram para o outro lindo Castelo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O silêncio




O silêncio é um vazio intrínseco que machuca até a alma. O melhor remédio é outro silêncio vindo da natureza que Deus criou para que possamos estar em repouso espiritual.
Não se desespere se suas palavras acabarem é porque ele já saiu, outra milhares de pessoas precisam dele e ele precisa de um refúgio para carregar seu eu de orações.
Não existe ninguém que não sofra a dor da carne e nem por isso precise descontar nos outros a sua dor, ela é sua e tem que aguentar até chegar seu tempo de sarar ou voar para os céus.
Para que o silêncio itinerante da dor da carne ou espiritual se acalme, saia à noite, vá ver o Sol no seu descansar, ele trabalha por toda uma existência e não reclama.
O silêncio é bom  mesmo para quem não tenha a dor da carne, mas a dor espiritual, essa sim é difícil de sanar, pois magoou com palavras até obscenas pessoas de bom caráter, mesmo que tenha pedido desculpas, a mancha fica e no silêncio da noite peça perdão, seja humilde que Deus ouvirá.
Pessoas inteligentes são silenciosas, tem sucesso na vida e fala exatamente o que é verídico e o que pode para não obscurecer seu trabalho, amigos e família. Dores ou cura-se com remédio ou com o silêncio de Deus.
Assim é a vida...

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Teu "xeiro"




Com a chuva escorrendo o meu corpo, sinto o cheiro do mato e a sensação da chuva batendo meu rosto e a vontade louca de sentir o seu "xeiro" minha mulher que com rapidez, nos encontraremos num hotelzinho bem simples. Cheguei primeiro. Banhei-me e deitei-me a sua espera.
Nisso a porta se abre Carol? Sim meu amor.
Jamais vou esquecer essa noite, após tantos anos. Toquei sua pele, seus lábios, caminhei seu corpo até o ápice do prazer. Agora você fica nesse hotel que vou tomar umas providências e logo voltarei.
Chegou com um carro lindo e rumamos à uma linda praia e meu amigo já estava a minha espera.
( Um sonho de liberdade)- o filme que mais gostei de assistir. Lógico nesse resumo, cortei quase tudo modifiquei muito.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Uma bela poesia





Num pedaço de papel qualquer
Grafei uma bela e única poesia
Ela falava meu amor por Maria
Ela não me deu um olhar sequer

 No bar, amasso poesia taco no lixo
Faço outra falo do amor que sonho
Ninguém se importa comigo, sou feio

 Beijos são calientes que jogo no lixo
Abraços carinhosos e flores, também
Peço um martini, cheiro, jogo no lixo

Lágrimas eu bebo de tamanha solidão
Vejo uma  linda mulher remexer o lixo
Olha pra mim e diz: era tudo que queria

domingo, 22 de janeiro de 2017

Vida doída


Meu nome é Vera e meu peito dói a saudade de ti e para não gritar escrevo no meu diário toda dor que sinto do teu desprezo. Tu me abandonaste havia 30 anos com três fedelhos para criar e para que nós pudéssemos comer dava aulas de piano e costurava muito.
Era bonita, não me faltou pretendentes, apenas saía com Heitor, afinal ninguém é de ferro e precisava explodir toda paixão que meu corpo jovem tinha, queria se casar comigo e eu não aceitava, mas nos dávamos bem assim.
O tempo passou, meus filhos cresceram foram estudar fora se casaram e eu cá com meus cinquenta e cinco anos vou escrevendo toda mágoa que tinha no meu coração. Depois dos filhos casados aceitei morar com Heitor, meus filhos gostaram e  ele passou a viver em minha casa. Era um ótimo companheiro de todas as horas.
Com nossas duas aposentadorias e duas casas alugadas dava para viver bem e viajar a cada três meses. Adorava a praia. Heitor gostava quando colocava um maiô preto, tinha umas pernas bonitas e um rosto com poucas rugas, afinal me achava bonita e quando isso acontece nosso ego vai lá em cima.
Ele me enchia de carinhos e mimos e isso fez que um dia te disse: Heitor eu te amo. Abraçou-me com força, pegou-me no colo e fomos para o quarto e nos amamos dentro de uma enorme banheira.
Já trocada, desci as escadas com Heitor e quase não reconheci Pedro, meu ex- marido tocando a campainha da casa.
Abri a porta, estava um trapo. Ele escolheu assim e dei-lhe de presente meu diário, estava mendigando pelas ruas, eu morava no meu sítio, então comprei uma casinha para ele, e todos ajudavam com dinheiro eu e nossos filhos, mas não o queria mais aqui, fizemos o desquite e assim decidiu o juiz.
Dois anos se passaram Pedro andando só pela cidade caiu morto.
Tudo poderia ser diferente, mas...

sábado, 21 de janeiro de 2017

Espelho, meu inimigo



inimigo

Nossa como o tempo passa!
Safado, mulherengo
Veio me tirar o "sarro" no espelho?
Ele é meu pior inimigo

Como eu era lindo! Ó vida!
Você é cruel demais
Eu pegava todas as mocinhas
Hoje só pego nas banhas

Meus cabelos pretos, pele lisa
Hoje estou em frangalhos
Com cabelos e barbas brancas
Minha pele só tem sulcos

Estamos com a mesma roupa
Por que vem a velhice?
Ó espelho, meu pior inimigo
Caia fora ou vou te quebrar agora
 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Miniconto: rio sombrio




A quietude das águas que dobram seu curso nas sombras anoitecidas, chegam serenas a clarear esse solitário e melancólico observador. A semelhança das águas sombrias sem esmorecer a noite que chega sorrateira, ficando parte do rio reluzente pelo brilho das estrelas, mostrando as tochas de matos, árvores coloridas que fazem o rio dançar em suas próprias curvas de uma leve sinuosidade.
A Lua já deve ter aparecido levemente e o observador pálido não vê uma enorme queda d'água, onde os peixes estavam na piracema para desovar- o observador ficou encantado, jamais tinha visto.
A partir daí ele retornou ao rio, sereno, pois além do perigo que é desconhecido dele, apesar de ser o mesmo rio a beleza já fica de longe alcance.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Minha Tereza


tereza

Tereza, minha linda Tereza
O que acomete tanta tristeza?
Não estou te amando como tu queres?
Digas, faço o que quiseres

Nada, meu amor, apenas ansiosa
Por que dessa ansiedade?
Tenho medo de ter filhos não tenho idade
Você está grávida, meu anjo?

Estou meu amor e tenho medo de morrer
Não irás morrer, iremos ao médico
Tudo legal disse o médico, está de quatro meses
Irei acompanhar sua gravidez

Tereza sabia que ia morrer e no parto, se foi
O médico pegou o  bebê e deu ao seu marido
Ficou uma linda menina sapeca
O pai chorava, a filha o consolava

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Amor impossível



amor impossível



Tu te foste para bem longe de mim
Todos os dias da minha vida, aqui estarei
Não sei se estou louca ou me engasguei
Com a falta dos teus aconchegos em mim

Entenda amor, eu morri, jamais voltarei
Arrumará um outro amor que a mereça
Amor, não sei viver sem ti contigo irei
Não faça isso amor que o diabo te caça

Oi querida, mas em forma de lua cá estarei
Se estiveres só cá virei namorar o teu olhar
De repente outro lindo amor eu encontrei

Neste dia não fui visitar meu homem lua
 Noutro irei dizer que um dia nos veremos
Uma triste lágrima dele caiu nos meu olhos