terça-feira, 28 de abril de 2015

Vou sair de férias




Vou sair de férias
Dos meus amigos virtuais
Do blog, e-mail e facebook
Vou sair de férias dos meus versos
Dos meus contos
Vou cuidar da minha mente
Quero viajar para as montanhas
Beber água das minas
Tomar banhos nas sulfurosas águas
Vou desligar meu telefone
Só um celular para um parente
Quero beber água de coco, sentar no chão
Tomar um gostoso banho
Assistir um lindo concerto
Quero dançar numa linda praça
Comprar muitas bugigangas
Quando voltar pra casa
Talvez só volte pra casa
Meu lar
Inté...


Goodebye


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Malvada ironia



Ironia é uma forma elegante de ser mau (Berilo Neves)
A ironia afirma o contrário do que se quer dizer
Do que pensa
Ironia é gozar de alguém, criticar, censurar algo
Ironia é o contrário de tudo que é bom
É desvalorizar.
Pessoas que usam de ironia são estúpidas
Imbecis e ignorantes
Escondem-se como Hitler
Pessoas nesse nível se dão mal com as inteligentes
São malquistas e insuportáveis
Elas vivem no vazio das suas ignorâncias
E na solidão do desamor
Sem amor


domingo, 26 de abril de 2015

Eu preciso





Eu preciso:
Que me respeitem como pessoa humana, que saibam do meu discernimento, que não menosprezem minha inteligência, que um dia, com certeza, nos encontraremos num único lugar, que saibam que ninguém é melhor que ninguém, que deitem suas cabeças leves de pecados no travesseiro, que todos tenham misericórdia alheia, que não haja trevas no seu coração como homem, que o mesmo, um dia, será julgado por Alguém superior.
Pois sem humildade, ninguém terá sua plenitude e, sem ela a  nossa vida na Terra não vale nada.


sábado, 25 de abril de 2015

A caminho da escola - Crônica


Peguei na internet nada a ver com a escola

Meu Deus! Faz tanto tempo que recebi o diploma de normalista, foi suado, pois só levava o canudo para casa quem fosse muito bom, estudei numa escola famosa e gratuita: tinha que levantar muito cedo para pegar o trem para estudar n'outra cidade.O frio quebrava os nossos ossos e nem correr conseguíamos, pois nossas pernas congelavam, enfim, com muito custo chegávamos à Estação de trem.
O tique-taque do trem fazia de nós poetas e poetisas, pois debruçados nas janelas deparávamos com o alvorecer e no frio era lindo, víamos porcos, galinhas,cavalos nos pastos fazendo suas refeições e os pequenos correndo nas fazendas e sítios, retireiros ordenhando as vacas e muitas vezes a chuva chegava de mansinho, as águas dos açudes nos parecia congeladas de tanto frio.
Ah! Mas quando chegava a primavera as flores dos campos por onde o trem passava, o mais lento, chamava Maria-Fumaça e demorava mais para chegar, dando tempo de poetizarmos a primavera que vinha a toda nos encantando com o seu colorido diversificado.
No verão era uma delícia, o calor era ameno e descíamos correndo a rua da estação, parávamos numa pequena ponte onde passava um córrego, tomávamos fôlegos e subíamos até a Estação e já dentro do trem, olhando pela janela via aqueles meninos nadando nos córregos para se refrescar e nós íamos as piscinas das fazendas para nadar.( tempo bom que não olvido jamais).
No outono, os mangueiras ficavam "cheinhas" de mangas, as goiabeiras pareciam cansadas de carregar seus frutos. Tínhamos jabuticabeiras, enfim de tudo: legumes e frutas à vontade.
Éramos jovens bonitos e saudáveis, muitos deles já se foram.
Quantas reminiscências d'um tempo que ficou para trás, onde tudo que comíamos era natural, quase ninguém ficava doente e hoje com os agrotóxicos para aumentar os legumes e frutas estão nos matando vagarosamente e nossa pequena cidade está cercada de tristes e chorosos canaviais.

A nossa Estação daquele tempo
                                                    Foto Ralph M. Giesbrecht


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Nossa vidinha



paisagens de roça

Ai, que saudades tenho do meu cantinho lá no pé da serra, um pequeno sítio com apenas duas casinhas, uma era de mamãe e a outra minha que dividia tudo com minha amada Manoela.
Conheci Manoela num baile lá na roça do tio João...Que mulher!
Era festa de São João, lá tinha pipoca, batata doce e muito quentão e, depois do terço o arrasta pé começava e escorregava até de madrugada. Bebi muito e tirei Manoela para dançar uma modinha, ela também cheirava batata doce e quentão. Agarrei-a pela cintura e dançamos muito.
Manoela me intrigava com aquele jeito de mulher fogosa, fiquei delirando de vontade de possui-la, ela chegou perto de mim e disse: Pedro, vamos dar um passeio por aí. Estou meio tonta e preciso de ar puro do contrário vou desmaiar.
Pedro prontamente saiu com Manoela e, abraçadinhos e meio bambos os dois chegaram perto de um córrego para beber da água cristalina e ao beberem escorregaram dentro do córrego. 
A água estava geladinha, Pedro abraçou Manoela a beijou muito e fizeram o que não deviam.
Conseguiram com muito custo sair do córrego e sem voltar para a festa levou sua amada pra a sua casa. Ah! Quando chegaram, o pai da moça disse a João: Amanhã cedo iremos pra cidade tirar os papéis para o casamento e assim o enlace aconteceu logo, mas as outras donzelas cochichavam: ela está prenha. Mas o baile continuou no terreiro da casa do seu pai e de repente, pegou Manoela no colo e rumou para seu ninho de amor. Rapidinho nasceu o primeiro dos oito lindos filhos.
Hoje, com muito dó, pois era o sítio que meu pai adorava, mas já velhos vendemos nosso pedaço de chão para morar na cidade. Minha Manoela sofre de saudades dos seus lindos filhos que sumiram para São Paulo e nós dois aqui sozinhos ficamos sem mais ninguém para conversar.
Sempre quem passa por aqui nos vê  sentadinhos na soleira da porta, da um pedaço de prosa conosco e vão  embora.
Agora, velhos e sozinhos na vida de nada adiantou termos tido oito filhos que muito pouco vêm nos visitar.
Hoje, sós, vivemos sonhando a vida que antes rodeadas de crianças arteiras gritando, hoje vazia.



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tipos de beijos



apaixonados desenho

O beijo é um desejo que sai da alma
É uma sensação que o amor brotou
 Células ardentes dividem-se em vida
Num corpo em que a nevasca grudou

Todos os beijos são belos sentimentos
Mas o beijo de amor unem duas vidas
Outrora estavam no forno dos ventos
Hoje gruda dois lábios cheios de amor

Beijo de paixão é louco e apaixonado
Que ata dois corpos ávidos de desejos
É aquele que move o trabalho penoso
E num gostoso banho acende lampejos

De todos, o beijo mais gostoso é o pueril
Apertar no peito a nossa criança querida
Aos filhos amados darmos um beijo sutil
O calor do  peitinho encontra nossa alma


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Encontros e desencontros





*De tantos encontros sutis permeados com beijos, abraços e promessas que foram em vão, hoje me vejo em desencontros e na minha solidão, choro *


terça-feira, 21 de abril de 2015

Amor no picadeiro


clown paintings


Apenas duas crianças que brincavam no picadeiro enquanto o espetáculo não começava. Eles desabrocharam como flores na primavera, lindos que agora no picadeiro faziam crianças e adultos rirem às gargalhadas.
O amor entre eles saboreava como vento, o cheiro das flores dos campos que rodeavam as campinas onde o Grande circo estava armado. Dois amantes inseparáveis como estrelas apaixonadas nos céus que brilhavam em noites enluaradas.
Os dois viviam alheios e imersos em nuvens brancas, abraçadinhos parecendo ouvir um só coração batendo. Saíam a namorar "às escondidas"
De repente como arbustos empobrecidos e paralisados de medo foram pegos aos beijos numa cachoeira de águas cristalinas com cheiro de amor. De repente um grito. Um homem de chapéu de abas largas gritou: esse amor não pode continuar, pois são irmãos. Paralisaram.
À noite, o palhaço mais velho gritava: atenção senhores: o espetáculo vai começar. Entram os dois palhaços: Ao invés de alegria, do coração saía um choro de dor e uma lágrima correu dos olhos dela que ele tentava escondê-la com a mão e num abraço caloroso, uma tempestade de palmas ecoaram por todo o circo.
Nisso, sem falar nada, o palhaço apaixonado pegou sua mala e rumou estrada e a linda palhaça engoliu lágrimas saindo do picadeiro correndo até a pequena cachoeira onde ele a estava esperando, abraçou-a com carinho, beijou sua testa dizendo: cuide-se irmã, um dia essa nuvem escura irá dissipar e a gente poderá até rir e se abraçar como irmãos. Partiu sem olhar para trás...
Naquele dia não houve espetáculo...



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Olhos do amor



Eu te vi
Na ilha do amor
O teu olhar
 Me emudeceu

Paralisada fiquei
Sinto "suado"calor 
É inverno
Corpo gemeu

Apaixonei-me
Uma neblina
Pairou no ar
Você me olhou

Aproximou-se
Beijou-me
Ah! acordei
Gelei


domingo, 19 de abril de 2015

O deserto da vida



 walking to the light

O deserto da vida é nulo, dói a alma, mas o caminho é longo, a saudade chora e a solidão é infinda. Procura-se a seiva que havia no coração da humanidade, mas é inútil, pois o brilho do infinito chama cada um de cada vez e muito tempo passará até se encontrar a plenitude.
No chão arenoso poesias lindas estão escritas e cada uma foi alguém que por aqui passou e a deixou cair. Não se dissiparam com o vento, pois os que vêm atrás vão regando com suas lágrimas e deixando ao lado, a sua.
Quando irá terminar essa caminhada? Ninguém sabe...
Só Deus!!


sábado, 18 de abril de 2015

Árvore amiga



 
 عکس کوس وکون

Num campo havia uma árvore e nele morava Julieta, uma menina pobre e judiada pelos seus pais. Detonavam a garota com surras para amenizar as suas frustrações e fracassos.
Diariamente ela ia dependurar suas tristezas e mágoas nos galhos d'uma árvore, a qual denominou de árvore amiga.
Lá ficava por horas, chorava e contava tudo o que seus pais faziam com ela. Era uma menina educada, mas seu corpinho tinha marcas arroxeadas de tanto apanhar.
Um dia chuvoso, Julieta foi conversar com sua única amiga e lá chegando viu só um pedaço de tronco da sua "amiga árvore". Chorou tanto, olhou para os céus e pediu as nuvens que a retirasse daquele sofrimento, nisso apareceu um pequenino e lindo anjo sentado na nuvem e disse: vamos passear? Julieta sentiu uma alegria profunda, talvez nesse passeio encontraria sua amiga árvore. Subiu na nuvem com o anjo e sumiu entre as nuvens.
Seus pais chegando do trabalho e não encontrando a filha, nem o fogão em brasas ficaram raivosos. Saíram à procura da menina pelo campo afora para surrá-la e, num dado momento viram encostado num tronco serrado o corpinho de Julieta. Estava morta.
Julieta, com certeza, virou um anjinho e deve estar sorrindo de felicidade no céu.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Que mulher!




Veja que sensualidade nesse rosto negro de rara perfeição, onde se descortina essa pele aveludada em companhia com esse olhar que são luzes verdes brilhantes que causam loucuras a quem os veem.

Seus lábios são como sedas vermelhas que correm suavemente seu rosto, onde sua beleza sorri a vida como numa suave melodia, tal a destreza de mãos que tocam em teclas de um piano.

Tem bom gosto, usa o verde na cabeça para acentuar de vez seu olhar. É perfeita e tem uma visão longínqua, numa esperança que o amor e o sucesso venha sorrir sua vida.

É uma beleza tal a nativa que troveja perseguindo a chuva para lavar seu corpo que supondo ser perfeito como seu rosto de suspiros de amor.

Com certeza, um dia sua mão tocará o céu e trará a mais linda estrela para iluminar sua vida.
 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cheiro do mar



Deitada em minha cama sinto o cheiro do mar, daí vem uma dor que dilacera meu coração e sinto-me esquecida pelo tempo, pois brincava com meu amor nas ondas do mar e agora nesse caderno da vida borra uma palavra que nunca será esquecida pelo tempo: o seu adeus e minhas lágrimas doídas.
Enquanto sentir o cheiro do mar, jamais irei lhe esquecer.

 

terça-feira, 14 de abril de 2015

A chave da felicidade


 
key in hand


A chave abrirá a porta da felicidade
 Apago a sede da minha curiosidade
No infinito céu vazio do meu sonho
Tive tanto medo de levar um tombo

As nuvens davam um aceno de mão
E uma estrela no céu clareou a visão
A chave de uma curiosa ilusão resiste 
A porta aberta o devaneio é sublime

Mando chuva molhar o chão rachado
Pego enfim uma carona com o vento
Tremendo de medo jogo a chave fora

Tive trabalho para abrir a tal porta
Por detrás dela havia minha família
Na areia ensinei-lhe segredos do mar 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Há momentos


 خدایا دوستت دارم

Há momentos de intensa calmaria que nosso pensamento voa, retrocedendo um tempo bom de criança, onde a maldade não existia e ficava, às vezes, brincando na relva no sítio do meu querido vovô.
Velhos tempos coloridos que não olvido jamais. Soltava bolinhas de sabão e quando elas estouravam, chorava. Mas algumas sumiam para os céus. Aí, a felicidade morava no meu coraçãozinho, pois na minha inocência pueril acreditava que, lá nos céus, Jesus colocava meu querer em cada uma.
Hoje, depois da corrida do tempo, apago da memória esses lindos momentos da minha infância brejeira para não sofrer.
Acordo do meu devaneio, a vida continua...


domingo, 12 de abril de 2015

Queimei meu passado




 Hoje queimei todo o meu passado
E nesse funesto casarão muito só
Repenso o meu triste desengano
Até as lágrimas secam com o fogo

Um passado cheio de vil mentiras
Traições do meu amor com vadias
Mandei-o embora e só, no casarão
Choro um amor que era só paixão

Mas nem tudo na vida é só tristeza
Vou vender nosso canto de leveza
Enxugo as lágrimas não merecidas

Hoje refiz minha vida com Gabriel
Nosso ninho tem o cheiro de amor
 No brincar das ondas, é lua de mel



sábado, 11 de abril de 2015

Caminhos




A insatisfação de uma pessoa faz com que ela cometa loucuras, pega a estrada só, desconhecendo as agruras da vida, olvidando que o amor encontra-se no ninho do seu lar.



sexta-feira, 10 de abril de 2015

Absorta em meu eu - miniconto


tumblr


Cada lágrima que cai nessa folha branca, minha alma chora. É mais um sonho que se esvai. As tempestades de amor, arrebentam a vida afora e meu coração salta de dor, choro sua falta.
A paixão queima adentro, a saudade vem me machucar e a solidão está por um "fio" e digo se ele não voltar me afogo em prantos.

 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Desalento




No choro do vento; solitária numa praia paradisíaca à noite vejo o vagar das estrelas,quero conversar com elas.Vou suplicar a elas a volta do meu amor, que sem nada dizer me abandonou.
E no vagar das estrelas,meu pedido é em pensamento. Parece que não ouviram e choro.
Meu suplício continua nessa praia arenosa, afundo meus pés. De repente já estava perto do mar revolto, já sem esperanças, resolvi voltar. As ondas revoltas, pude ouvir os seus choros e no silêncio da noite ouvi uma voz solitária ao longe me chamar. Tive medo e corri mais para perto das ondas do mar e nas suas fúrias me jogou longe e na sua volta me carregou para o meio do oceano.
Era excelente nadadora, mas debatendo com elas, uma força brilhante me puxou e no ar levou-me até a praia com segurança e quando quis agradecer essa força apagou, penso ser as estrelas que condoída com o meu destino me salvou.
Já com o medo das ondas voltei para casa. Tive que andar muito nas areias , olhei para o céu, uma constelação de estrelas clareava meu caminho. Nisso no caminho vi sentado na areia aos prantos, Luis. Não acreditei, ele chorava e me disse: minha doença me fez perder a razão e preferi ir embora sem lhe avisar, mas uma tempestade de amor trouxe-me até você.
Sei que a fiz sofrer Carla, mas quando soube que teria um ano de vida, enlouqueci de tristeza.
Ora Luis, porque não me avisou: então vamos nos casar e para mim um ano de felicidade, prefiro ficar sem paixão que sem você. O casamento foi rápido, mas como o problema era profundo preferimos dar não ao sexo e só ficamos aos carinhos.
Chegou um ano e Luis não morreu, fomos  a outro médico, Luis fez todos os exames e passado uma semana fomos buscar o resultado e ao abri-lo, nossos corações pularam de alegria: Luis nunca sofrera do coração. Esperamos o médico sair do seu consultório e o barramos, ele tremeu...Por que está tremendo doutor?
Desculpem e façam o que quiserem comigo, posso até perder meu emprego, mas como amava você, não suportava saber que iria casar com outro. Luis, ainda trêmulo de raiva foi dar um soco no médico, eu segurei sua mão.
Temos que ter uma alva alma e um coração cheio de bondade para sermos felizes.
Luis e Carla até hoje são felizes.


quarta-feira, 8 de abril de 2015

Lua: minha paixão




 Lua você foi minha companheira
 em dias bons e ruins
Viu minhas lágrimas se misturarem 
com a chuva
Quando era espancada por mamãe 
quase por nada
Essa criança pedia que iluminasse 
sua mente
Lua, minha ilusão de criança 
que nunca foi abandonada
Até hoje meu triste coração bate por você
Quero sempre alcançá-la até os céus, 
mas não consigo
Mas todas as noites 
“subia em cima da minha casa”
Para tentar alcançá-la e pedir 
sua proteção
Você ouviu lua querida o meu pedido 
de salvação
Tenho alguém que me ama 
e cuida de mim
Foi o mais lindo presente seu
obrigada