Na doçura da sua infância
Da ingenuidade do seu caminhar
Para e apanha uma flor
Para dar a sua mãe já sofrida
Faz tão pouco tempo que ele se foi
Pai trabalhando cai e morre
Nossa vida destroçou lá no canavial
Lágrimas minhas caíam
Mamãe chorou tanto e desmaiava
Não chore ó minha rainha
Vou cuidar do jardim e rosas brotarão
Ela me pega no colo da abraço
No outro dia cedo bate a porta o patrão
Você tem uma semana para sair
Onde irei? Não conheço outro lugar
Minha pequena, não lhe dói?
Problema seu não fui eu quem a fiz?
Amanhã terá minha resposta
N'outro dia chega o oficial da justiça
Disse ao patrão: tome é sua
O patrão foi abrir a intimação do juiz
Na cidade na frente o juiz que disse
Você pode mandar na fazenda não nos direitos
Multa de 20 milhões, aí ela sairá
Foram morar na cidade, comprou uma pequena casa, colocou a filha na escola e à frente de sua casa uma pequenina tábua pendurada na porta nela escrito: costureira e vende-se verduras.
O quintal era grande, fez uma enorme horta, galinheiro, a menina já com seus oito anos cuidava dessa parte, após o banho e almoço: escola de uniforme, lindinha como a primavera .
Após dez anos sua mãe se casou com um homem bom que a amava muito, a menina virou moça, sempre estudiosa ganhou uma bolsa de estudo para frequentar a melhor escola de inglês de Washington.