domingo, 29 de setembro de 2019

Osvaldo Cruz ( 3 )



Osvaldo Cruz

O SANEADOR DO RIO DE JANEIRO

Osvaldo Cruz iniciou sua titânica tarefa imediatamente, recebendo todo o amparo do governo, que nele também aprendeu a confiar, embora arrotasse, por vezes, com a ira popular, com a luta contra a ignorância e os preconceitos e, outrossim, com a inveja e calúnia mais baixa. Bastaria a extinção da febre amarela no Rio de Janeiro para imortalizar-lhe o nome. A Capital Federal constituía um verdadeiro pavor para os estrangeiros, já que a estes o morbo amarílico atacava com maior virulência, o que fez com que alguns humoristas a denominassem de "patriótica". Citemos apenas dois episódios da vida do nosso glorioso patrício para destacar-lhe a obra insana e benemérita. O primeiro, o mais triste, foi a tragédia que vitimou a tripulação do caça-torpedeiros "Lombardia", da marinha italiana que aportara ao Distrito Federal, em outubro de 1895 com uma guarnição de 340 homens. Com exceção de sete, em poucos dias, todos adoeceram, tendo falecido 234, inclusive o comandante. Foi necessário que a Itália enviasse outra leva de marinheiros, para levarem o navio de volta. A febre amarela era, então, a mancha negra do Brasil. Era tamanha Era tremenda a fama das nossas condições higiênicas. Como seria possível receber os visitantes, manter o comércio com outros portos abertos aos países amigos com aquela horrenda ameaça?. Desoladora situação inegavelmente.
Em 1908, ocorreu o 2° episódio, mas desta vez em extremo oposto e bastante honroso para nossa terra.
A 12 de janeiro, ancorava na baía de Guanabara uma esquadra norte-americana constituída de 23 unidades com 28 homens a bordo, sob o comando do Almirante Robley Evans.Pois bem: esse numeroso contingente humano demorou-se 10 dias, em contacto diário com a população carioca. Levantou ferros no dia 22 do mesmo mês, sem que verificasse um único caso de febre amarela. Osvaldo Cruz cumprira a promessa feita ao presidente norte-americano,Teodoro Roosevelt, a quem fora apresentado por Joaquim Nabuco, nosso embaixador em Washington.
Osvaldo Cruz garantira ao grande estadista ianque que seus marinheiros poderiam vir ao Brasil sem qualquer receio, embora fosse verão porque aqui estariam tão seguros como se estivessem em sua própria terra.
Na opinião de E. Salles Guerra, foi Osvaldo Cruz quem levantou o pano negro que envolvia a grandeza futura do Brasil. E Rui Barbosa à abertura de nossos portos em 1808 e sua reabertura quase um século depois um século depois, assim se expressou. " Ja houve quem o notasse". Mas convêm que hoje, o rememoremos. 
A obra de Osvaldo Cruz completa, se não restaura, a do Visconde de Cairu. O veto da febre amarela derrogava o ato do ministro da coroa, que descerrava ao mundo as portas marítimas do Brasil. Não basta estabelecer por decreto imperatório a abertura dos portos de uma nação. Se nessas entradas uma calamidade exterminadora aguarda o forasteiro para o sobressaltar, carneá-lo, não são os portos o que ali se lhe depara, mas emboscadas e matadeiros. Desde 1849, o acesso naval as nossas capitais não estava senão entreaberto.

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQHm17fjU4682zMR4TPoLH--EzSKfPPjp6f1AaWSGE5uXWNXkS1rQ
Google
 Resultado de imagem para imagens sobre o descobrimento da febre amarela
OSVALDOCRUZ.COM
CONTINUA...
 

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Osvaldo Cruz ( 2 )



pt.wikipédia.org


Casa de Osvaldo Cruz(Google)


Google Street View - Foi tombada e restaurada por sua importância


Resultado de imagem para hoje a cidade de são Luis do Paraitinga, s.p. 
pt. wikipédia.org São Luiz do Paraitinga, S.P.


... Mas, Francisco de Castro, seu grande mestre e amigo, já o aconselhava a preparar as asas para voos mais grandiosos para o grande campo da ciência, que era então Paris, para o famoso Instituto Pasteur, na "cidade luz". E para lá seguiu ele, em 1896. Não ia, como tantos outros moços, apenas para aparecer em fotografia e esbanjar seu tempo em diversões e orgias noturnas, embasbacando seus patrícios, ao voltar, com suas proezas.
Animava-o um firme propósito: o de estudar, pesquisar, aprofundar seus conhecimentos na luta contra as bactérias, fonte de todas as endemias. Os três anos que ali passou foram três anos de sacrifício, mas cumpridas de coração alegre, pois cada conhecimento que auferia era mais uma vitória. Seus estudos sobre Toxicologia e Química Biológica surpreenderam até seus próprios mestres: Roux, Vibert, Metchinikoff e outros. Suas pesquisas eram efetuadas de preferência no Laboratório Municipal de Paris e em outros centros, inclusive na Clínica Urológica de Guyon. Estudava Urologia, apenas a conselho dos amigos, que lhe diziam ser necessário clinicar, porque a Bacteriologia somente, não lhe proporcionaria os recursos necessários para viver. Emílio Roux distinguia-o com atenções. O "braço direito" de Pasteur já via no moço brasileiro uma das futuras glórias da Ciência. Convidado para para visitar a Alemanha e outros países da Europa, , Osvaldo Cruz sempre recusava; era enorme sua ânsia de aprender e voltar logo ao seu querido Brasil, a fim de servi-lo com eficiência e exterminar as epidemias que tanto lhe causavam.
 Ei-lo, em 1899, já consagrado no velho mundo, a trabalhar com afinco e a estudar na penumbra, silencioso, esperando o chamado da Providência.
  Eis que surge com incrível virulência uma epidemia de peste bubônica em Santos, atingindo em Santos, atingindo de pronto a capital da República. As autoridades sanitárias ficam desnorteadas. Para que apelar? O país estava ainda convalescendo da recente transformação no regime, os serviços públicos andavam desorganizados. Além da peste bubônica, a malária, a febre amarela, a varíola ceifavam vidas preciosas diariamente. O governo dirigiu-se ao Instituto Pasteur, na França, solicitando a vinda de um especialista. Emílio Roux, que o dirigia respondeu, incontinenti: "Por que não confiar o serviço ao seu próprio compatriota, Osvaldo Cruz? Não conheço outro mais capaz.".
CONTINUA ...

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Osvaldo Cruz ( 1 )



pt.wikipédia.org
"O Dr.Osvaldo Cruz é um homem da raça Pasteur" ( Teodoro Roosevelt ).

"Osvaldo Gonçalvez Cruz ou, simplesmente Osvaldo Cruz, como ficou sendo conhecido, nasceu na pequenina cidade de São Luis do Paraitinga, no Estado de São Paulo, aos 5 de de agosto de 1872, e faleceu no Distrito Federal, em 11 de fevereiro de 1917, com menos de 45 anos, de cabelos precocemente brancos, após uma vida inteira dedicada ao bem da Humanidade, figurando entre seus maiores benfeitores"
Entre os grandes os grandes homens que tem por pátria a Humanidade, aqueles que visam ao bem de seus semelhantes, que assinalaram sua passagem por este planeta devotados a uma grande obra mas com o espírito para o Bem, Osvaldo Cruz, o ilustre filho de São Luís de Paraitinga, ocupa, sem dúvida, lugar de destaque. 
Na bucólica e pitoresca cidade paulista, o cavaleiro da Serra do Mar,  num ambiente de paz e serenidade, aos 5 de agosto de 1872, nascia aquele que iria ser o saneador de seu país, um dos homens mais combatidos pelos seus coevos Osvaldo Gonçalves Cruz, que seria conhecido, mais tarde, simplesmente, por Osvaldo Cruz. Seu pai foi o médico Bento Gonçalves Cruz, homem sábio e modesto, como facultativo de cidade interiorana que era. Osvaldo Cruz iniciou seus estudos primários aos 5 anos, fazendo logo a seguir, os secundários. criança ainda, catorze anos apenas, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por onde se diplomou aos 20, com distinção. Sua tese de doutoramento foi "Veiculação Microbiana Pelas Águas". Mas,, nesse mesmo tempo, sofreu um rude golpe, pois, meses antes de colar grau, teve a desventura de perder seu extremoso pai, que, dessarte, não teve a felicidade de assistir ao início da vertiginosa e abençoada carreira do filho. O assunto de sua tese já indicava o caminho que o jovem médico seguiria, em sua sempre crescente triunfal ascensão. O mundo dos micróbios, esse mundo invisível e micidial fora sua constante preocupação, durante anos de estudante. No porão da casa paterna,instalara um laboratório de pequenas proporções, mas que lhe servia para as apaixonadas pesquisas. O culto de Osvaldo Cruz à memória do seu genitor esteve sempre presente em todos os atos de sua gloriosa vida, numa rara demonstração de ternura e veneração filial. Em todos os seus trabalhos, timbrava em assinar sempre, Gonçalves Cruz, omitindo o nome de batismo, numa homenagem aquele que, além de ser o autor de seus dias, sempre fora seu incentivador. E repetia: "Meu pai foi meu mestre, meu exemplo, o mais fiel dos companheiros e o mais belo de todo os amigos!"
Ainda estudante, já desempenhava de ajudante de laboratório de higiene, onde trabalhou até maio de 1890, com os professores Rocha de Faria e Ernesto do Nascimento Silva, passando depois, para o laboratório do Instituto Nacional de Higiene, na qualidade de auxiliar sempre dedicado aos estudos  e ensaios de bacteriologia. Após diplomar-se, foi ainda assistente de Francisco de Castro, dividindo seu tempo entre as pesquisas de laboratórios e sua vida profissional na clínica civil. 
CONTINUA AMANHÃ...

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

A poesia é o retrato da vida



Pinterest

Como ser uma linda mulher audaciosa? É não ter medo do brilho de uma sólida paixão que vem sorrateira e nos prende o ar. É como um retrato audacioso que nada no mar. O amor é lindo quando sai dos sonhos e se torna real. Sim este é meu amor que conquistei nadando no mar, onde seus olhos brilhavam como estrelas coloridas.

Um impacto e numa braçada enrolou-se em meu corpo, seus lábios beijou meu colo, depois os lábios que já ávidos de desejos, nos amamos no mar.

Não, não foi sonho, cá estamos sentados numa barraquinha nos deliciando de peixes e camarões, aí Jorge e Paula (nós) começamos um grande amor. A vida nos "prega peças", morávamos numa distância de dois quarteirões na cidade de São Paulo e nunca nos reparamos, precisou as borbulhas do mar para aquecer um lindo amor.
Subimos a serra, cada um no seu carro e não demorou muito tempo já estávamos à frente do meu apartamento. Estacionamos e ele disse: apaixonei-me por você. Amanhã virei à pé, tomarei café com você e a levarei para casa da minha mãe, ela ficará feliz em conhecê-la; liguei pra ela da praia Assim aconteceu, a conversa foi boa, disse que era oftalmologista, ele sorriu. Por que sorriu? Porque também sou.
Passei a trabalhar na sua clínica, ganharia mais do que no hospital e como nosso amor estava se fortalecendo muito resolvemos nos casar.
Sua mãe até chorou de felicidade, pois eu queria que ele fosse morar no meu apartamento que era perto da sua mãe: E foi o que aconteceu após o  casamento, fomos viajar para Bahia, a qual não conhecia, aí ele falou: não quer ir para o exterior? Não, meu bem nada é mais lindo do que a nossa terra.
A festa foi linda e fiz questão de pagar a metade, ele retrucou, então lhe disse: não vamos dividir por enquanto o nosso amor? Por que por enquanto Paula? Ela respondeu: porque estou grávida: foi contar a boa nova a minha mãe, ela chorou de felicidade, passou a mão na minha barriga e disse: cuidem bem do meu netinho, meu netinho? disse eu: são gêmeos, aí sim que ela chorou de felicidade: duas crianças para bagunçar a sua solidão, pois era viúva.
Esse é o retrato de Jorge e Paula, poderia ser de qualquer um de vocês que estão me lendo.
Obrigada por tudo!!!