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Nostalgia é uma
melancolia saudosa trazida pelas peripécias de outrora, onde a vida parecia ser
um conto de fadas, onde as mocinhas só pensavam em namorar, beijar aqueles
lábios carnudos, fitando-o com aquele amor que hoje não existe mais.
Bons tempos de
estudante, onde a vida era serena, morava num lugar abençoado, naquela cidade
em que a violência não fazia morada e meu sonho era chegar o sábado para
poder beijar e abraçar aquele amor que parecia nunca acabar.
O sonho foi realizado, o casamento foi lindo, a igreja brilhava com aquelas luzes brancas e também coloridas, nisso a porta se abre: fiquei assustada com tanta gente, mas firmei os pés, a costureira arrumava o vestido e eu magrinha entrei com papai de mãos dadas, trocávamos olhares de felicidades, mas por dentro ele chorava, mesmo sabendo que poderia me ver o dia que quisesse, pois a cidade onde iria morar era de apenas só doze quilômetros até a sua casa.
Começa tocar a música de entrada e nós adentramos à igreja a passos lentos, os olhares para nós eram intensos e eu sorria com todos os meu dentes lindos e branquinhos.
Quando estava perto do altar me pai me beijou e me entregou ao noivo, beijou minha testa, seus olhos estavam em maresia, segurou sua emoção para não chorar. Meu amor pegou em minhas mãos, beijou minha testa e senti que uma lágrima caiu no meu rosto, bebi dela.
Feito o casamento saímos sorridentes ao clube, onde as mesas recheadas de guloseimas e uma pequena banda da cidade foi contratada para abrilhantar a festa.
Tivemos cinco filhos: dois meninos e três meninas belos e saudáveis para nossa alegria.
Hoje estamos velhinhos, mas o amor continua até maior, pois um cuida do outro e vamos todos os domingos à missa.
"O resto foi triste, então a história acaba aqui, pois a tristeza será só minha"