quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Deixei florescer




recantodasletras.com.br


Deixei florescer
No meu solitário coração
O amor ora incutido
No meu peito

Meus sonhos
Todos eles vingaram
O amor chegou
Foi o momento belo 

Fechei os olhos
Senti seus lábios quentes
Que roçaram os meus
Um beijo quente

Meu sonho aconteceu
O amor floresceu
Um abraço bem forte
A chuva chegou


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Saudades d'um tempo




Saudades de um tempo que não volta mais, crianças corriam descalças nas ruas de chão batido. Um vizinho ajudava o outro no seu possível e à noite as mães sentavam nas calçadas e o "papo" ia até altas horas da noite.
As casas eram grandes, não havia garagem, mas sim uma entrada grande para colocar os cavalos e as carroças de trabalho na roça, os homens tiravam os arreios dos cavalos, davam capim e milho, iam limpando as éguas com umas escovas, as bicicletas era feias e elas transitavam nas calçadas que eram de tijolos..
Os meninos e algumas meninas andavam de bicicletas nas calçadas e outros meninos gostavam de jogar bolinhas de gude na rua de terra e outros rodavam pião na calçada. As casas eram bonitas por dentro, no mínimo três quartos de assoalho que as mães enceravam e ficavam com brilho, havia copa, sala enorme, cozinha com fogão a lenha e mais pra frente o banheiro. Ah! Que delícia, tinha banheira  e um chuveiro no alto, mas geralmente enchiam a banheira com as torneiras frias e quentes.
Os quintais eram grandes, com jabuticabeiras, mangueira e uma enorme horta que tinha de tudo. De um lado bem fechado com bambus secos e metade coberto, tinha o galinheiro, dali pegávamos ovos das galinhas poedeiras e muitas delas chocavam e nasciam lindos pintinhos e ai daquele que chegasse perto dos seus filhotes, inchavam as penas e nos atacavam, as outras botavam ovos fresquinhos e esporadicamente comíamos um franguinho feito na panela de ferro no fogão a lenha. O leite buscávamos nas casas que traziam dos sítios, onde havia vacas leiteiras. Tudo era uma troca. Só pagávamos o leite.
Todos juntavam lavagem para doar para quem tinha porcos que ficavam numa descida da cidade, ninguém roubava e nem trancavam as casas, somente para dormir.  Quando matavam porcos cada um que dava lavagem ganhava um pedaço de carne e com o resto fazia linguiça e muita banha.
As mulheres eram prendadas: bordavam, outras faziam doces, com o milho faziam muita pamonhas, curau e com o leite faziam queijo. Que delícia!
Alguns pais trabalhavam nos sítios, os filhos maiores cuidavam dos pequenos e antes de ir à escola, aquele banho gostoso com bucha e sabonete Gessy, um cheirinho suave. Havia aula de manhã e à tarde, depois era juntar a turminha para chupar manga. Os meninos subiam nos pés e jogavam mangas para as meninas.
Por fim todos cresciam, uns bonitos, outros nem tanto, independente da beleza ou feiura iam passear na praça e quando havia baile era aquele rock lascado, depois vinha aquela música gostosa de dançar apertadinho.kkk
Hoje, aos 71 anos, não olvido daquele tempo que não volta mais.
Eu vivi tudo isso e você?

 
Eu fiz esse vídeo
A última escola que lecionei
Gostava das escolas de bairros
 

domingo, 25 de novembro de 2018

A vida como ela é




A vida é assim cheia de obstáculos
Mas no meio das pedras pode nascer uma flor
É só atirar umas sementes férteis
Onde nascerá um jardim de flores

Jogue uma semente do seu amor
A criança sorrirá a boneca
Dê-lhe uma rosca para saciar a fome
Fazendo caridade você prosperará

A criança que chorava a fome é feliz
Hoje é feliz pela sua semente
Ela ganhou um lindo casal de pais
Hoje é linda e muito feliz

A semente deu lindos frutos que vingou
Quiçá existam sementes e bondades
Talvez muitas ganharão um lar bem feliz
Assim a criança sorrira a vida