domingo, 17 de julho de 2011

As quatro estações do ano!


 Perdi a conta de quantas estações passamos juntos
Na primavera nosso jardim era cheiroso e lindo
As flores eram coloridas que cuidávamos com amor
Hoje nosso jardim morreu de saudade de você

No verão para amenizar o calor rumávamos à praia
Rolávamos na areia, sonhávamos e nos beijávamos
Furávamos as ondas do mar sem medo de nada
Nunca mais fui à praia pra não sofrer o abandono

No outono colhíamos os frutos do pequeno sítio
Passeávamos debaixo das árvores pisando nas folhas
E bem embaixo das árvores fazíamos juras de amor
As árvores até hoje choram a nossa ausência

O inverno, era uma delícia, me aquecia com abraços
Dormíamos grudadinhos para nos aquecermos
 Acordávamos trêmulos de frio tomávamos leite quente
E rumávamos cada um para o seu trabalho

Hoje, não sinto mais as belas estações do ano
Por um triste destino você partiu na ultima estação
Deixando meu coração gelado tal como o inverno
À noite, só, perambulo pela casa e não te encontro
Que saudades de você e das belas estações do ano



Quando mais tarde...


QUANDO UM DIA,
MAIS TARDE,
REVOLVERES
TEU LIVRO
DE RECORDAÇÕES,
JÁ VELHO
E LERES
MEU NOME IMPRESSO;
DEPOIS DE TANTAS
DESILUSÕES,
ARREPENDIDA,
CHORARÁS...
E O TEU PRANTO
SERÁ MAIOR
E MAIS SENTIDO
DO QUE MEU CANTO.

Wandisley Garcia
wandisleygarcia.blogspot.com/

PARABÉNS POETA, VOCÊ ENTRA DENTRO DO NOSSO CORAÇÃO

sábado, 16 de julho de 2011

Por que não existe o dia dos filhos crescidinhos!


Quando os filhos são criados com amor
Sempre voltam à visitar seu ninho
O ninho ficou vazio sem a presença deles
Mas cada um tem que continuar sua vida

 Os filhos irão recordar com boas alegrias
O carinho e dedicação de seus pais
Pais de verdade! Que amam! Que choram!
Se alguma coisa der errado aos seus filhos

Inexiste filhos ingratos, mas mal amados
Mas se forem firmes dotados de boa índole
Herdada de seus pais gratuitamente
Serão filhos felizes e de muito sucesso

Se os filhos sairem do ninho pra não voltar
A culpa é dos pais que não lhe deram amor
Não serão reverenciados nem após a morte
Pais: deem bons exemplos e amor aos filhos

        FILHOS CRIADOS COM AMOR É UMA HERANÇA QUE NÃO TEM FIM




quinta-feira, 14 de julho de 2011

A procura da felicidade



Ricardo e Cláudia estavam casados havia dez anos. Um casal com filhos arteiros e brincalhões, mas quem não estava para brincadeiras era Ricardo, pois cansado daquela vidinha comum e estúpida disse a sua mulher que iria dar uma volta para descansar a cabeça.
Saiu a vagar as ruas, pensando:
"Que família chata eu tenho, só me causa dissabor, não me da nenhum contentamento e não sou nada feliz com ela".
Nesse momento, enquanto pensava, passava por ele uma mulher meio estranha, e perguntou-lhe:
- Por que você está assim tão acabrunhado e pensativo?
Ele respondeu:
- Eu não sou feliz e faria qualquer coisa essa tal felicidade.
A mulher estranha olhou para ele e disse:
-Eu sei um jeito de você encontrar a felicidade: você vai adentrar a uma floresta muito densa e quando encontrar uma tulipa preta, ela se transformará numa linda mulher e por ela se apaixonará e ela o fará feliz todos os dias da sua vida.
Ricardo, mesmo pasmado com o inusitado, agradeceu e muito esperançoso cheio de ansiedade, foi à procura de uma floresta; não demorou muito tempo encontrou; adentrou por entre a mata receoso - com certo medo, à procura da tulipa preta.
Embrenhou-se por aqui e por acolá e encontrando muitas tulipas, - lindas e coloridas, mas nada de encontrar a tulipa preta;, todavia, mesmo assim, continuou com sua busca incessante, já perdendo a noção do tempo nessa procura que parecia não ter fim.
Nessa busca obsessiva e constante, seus cabelos e barba começaram a crescer, comia frutos da floresta e estava maltrapilho, maltrapilho a ponto de ter que cobrir suas vergonhas com as folhas das árvores. Eis que de repente, para sua alegria, encontrou a tulipa preta; seu pensamento maroto o fez dar gargalhadas, - ria-se de satisfação, pois pra ele, sua procura havia terminado.
No exato instante que vislumbrou a tulipa preta, como por encanto, esta se transformou numa mulher fascinante e ele, sem nenhuma dúvida, exclamou aos brados:
- Até que enfim encontrei quem irá me fazer feliz todos os dias do meu viver! - exclamou em tom de claro desabafo e ouve a mulher dizer-lhe com ar de escárnio:
- Você passou muitos anos aqui na floresta para conhecer uma triste realidade, tulipa preta e felicidade plena não existem meu caro, e você perdeu a oportunidade de ser feliz. Os momentos felizes estavam no seio da sua família e você, por ignorância, os perdeu, assim como perdeu sua mulher para outro, perdendo com isso, a chance de ter os seus tão desejados momentos de felicidades.
Ao ouvir isso, Ricardo, atônito, perdido e abestalhado com tudo, quis dizer alguma coisa à fascinante mulher, porém, nesse momento, ela se transformou num sapo asqueroso que saiu pulando, coaxando, e se jogou num brejo, escancarando sua imbecilidade pela falsa ilusão.
"Que tolice fez Ricardo, foi atrás da felicidade e ela estava pertinho dele".
   





Dorli Silva Ramos