segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Espelho d'alma



 Resolvi um dia olhar-me no espelho da vida para tentar ver minha alma e, do que vi foi apenas um rosto bonito sem o brilho das estrelas em noites que os enamorados ao olharem a lua veem as estrelas clareando a lua. Eu vi através do meu rosto meu brilho d'alma ofusco, sem amor, bondade, meiguice. Fiquei apavorada e queria mudar meu modo de ser.Mas como?
 Nesse instante em que conversava comigo mesma um pássaro verde entrou pela janela do meu quarto e disse: você vai viajar comigo para todo o universo. Colocou-me duas enormes asas e saímos voando bem alto toda a humanidade. Lá do alto eu vi o homem maltratando a natureza, cortando suas árvores, caçadores com armadilhas para pegar animais para o abate ou para comercializar em diversos lugares. Comecei a enjoar. Eu precisava ver tudo isso para quem sabe mudar a minha vida.
 Cheguei a terra e comecei uma faxina na minha casa, pois meu marido ia chegar de viagem, enfeite-a como mandou a minha alma com alegria, colori com vasinhos de flores de todas as cores, retirei do baú toda aquela roupa que não usava, coloquei para enfeitar a casa. Ela tinha outra fragrância, o tapete vermelho era um convite para o amor.
 Depois de ajeitar a casa com a beleza da minha alma, fui tomar banho, coloquei a melhor roupa, maquiei-me como uma princesa, sabia que era bela, mas uma beleza morta sem alma.Usei o sortilégio para me perfumar.
 Já estava anoitecendo quando bateram à porta, era ele...o amor da minha vida que não sabia valorizar. Quando me viu toda produzida seus olhos brilharam de paixão, beijou-me com ardor e de mãos dadas fomos até a cozinha.  Para nós dois preparei um jantarzinho com todo o esmero, à luz de vela, com champagne e um delicioso strogonoff, arroz branco e batata palha. Que delícia!
 Depois do jantar saímos nos arredores da casa, a lua toda iluminada, as estrelas brilhando e voando perto de nós passou aquele lindo pássaro verde, o descobridor do brilho da minha alma.
 Ali mesmo na relva fresquinha me beijou com paixão, nossos corpos sedentos explodiram em desejos.


Dorli Silva Ramos

domingo, 29 de setembro de 2013

A criação do mundo (miniconto)



 Quando Deus criou o mundo, não imaginou o tamanho desalento e destruição entre Seus filhos. O mundo desde a sua criação, os homens eram cruéis que Deus resolveu mandar Seu filho Jesus para tentar salvar a humanidade e como resposta, seu filho foi injustiçado, arrastado e morto pregado na cruz.
 Deus deu muita inteligência para o homem e ele não soube usá-la para fazer o bem. Temos o exemplo de Hitler e muitos outros assassinos cruéis. Às vezes me pergunto: onde Deus os colocou? Ou dormem.
 Enquanto eles dormem nós sofremos as consequências da ganância e do desamor da humanidade e não haverá de demorar muito tempo, Deus, nosso Pai irá resolver essa situação e com Suas mãos Divinas fará um simples aceno e, tudo se acabará...
 Então, eu pergunto a mim mesma: por que o homem sabendo que irá morrer, apodrecer na terra onde Deus o moldou com barro e deu-lhe o sopro da vida se volta contra Ele, fazendo d'um paraíso, onde toda a humanidade poderia estar viva; um inferno de pecados e desobediências? Até quando Ele irá aguentar?

Dorli Silva Ramos

sábado, 28 de setembro de 2013

O beijo roubado ! ( miniconto )



 Meu primeiro beijo foi roubado, foi um selinho d'um garoto atrevido. Pensei comigo mesma: isso é beijo? Que chatice, nunca mais vou beijar ninguém.
 Já na adolescência, o primeiro namorado era lindo e logo se apaixonou. Seus beijos eram longos e quentes, me sufocavam e eu nada sentia.
 Foi numa festa de final de ano que conheci o amor, chegou devagarzinho, beijos leves gostosos. Não passou muito tempo eu já estava apaixonada,; tratava-me como uma fada d'um castelo encantado.
 Como tudo na vida tem um fim, esse amor também morreu no tempo. Depois de muitos encantos e desenganos, encontrei finalmente o verdadeiro amor.
 É nesse forte e cúmplice amor que edificamos nosso lar, hoje as crianças correm por todo lado para a nossa felicidade.

Dorli Silva Ramos 

QUERO AGRADECER A TODOS OS MEUS AMIGOS VISITANTES ANÔNIMOS DO BRASIL E DE MUITOS OUTROS PAÍSES PELAS CONSTANTES VISITAS NO MEU BLOG.
AMO VOCÊS DE CORAÇÃO

LUA SINGULAR

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mente: enigma indecifrável ( reedição )



 A nossa mente é uma fábrica de fazer sucessos, insucessos, alegrias e tristezas. Tudo depende de como a mobilizamos. Para termos sucesso e alegrias devemos pensar só em coisas boas, sermos persistentes em tudo aquilo que queremos alcançar, esquecermos o passado, que o mesmo tenha sido desastroso, e avançar em nossas conquistas. Tudo isso se resume nisso: sermos otimistas! Se alguém nos saudar:-Como vai, tudo bem?, devemos responder: -  Cada dia melhor, ou, hoje melhor que ontem. Nosso cérebro irá  fervilhar para que o nosso amanhã seja melhor que os dias anteriores.
 Nós temos milhões de neurônios esperando para serem estimulados. Não os deixem em devaneios, que sejam aguçados para a esperança, aos desafios que temos que enfrentar em nossa vida. Nós fazemos da mente o que queremos ser: pessoas sadias, sorridentes, alegres, bonitas e prósperas.
 Portanto, não deixemos nossos neurônios agitados para os maus presságios, insufla-os ao trabalho sadio para que possamos ser pessoas felizes e atuantes.

 Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Paixão (miniconto)



 Pobres pecadores à procura da paixão, ela não é amor, pois amor é serenidade. Quando ela vem nos tornamos destemidos para embalarmos como criança desprotegida. A paixão tem curto prazo de validade, logo se acaba e saímos machucados vindo lágrimas e suspiros de saudades.
 O  tempo encarrega de levar esse mal para irmos à procura de uma nova vida. De repente, eis que nos deparamos com outra paixão vindo sorrateira.
 Quando é meu Deus que vai parar essa vida de tropeços apaixonados? Só a velhice poderá responder.

Dorli Silva Ramos

Abraço ( de amor )



Afinal que tem um abraço de especial?
 Um forte odor de saudades doídas
Onde duas bocas se beijam atrevidas
A ouvir  batidas d'um coração crucial

Quanto mais apertado for o abraço
Um turbilhão de sangue corre nas veias
À formar um único coração em alvoroço
Matando duas saudades nas ideias

Depois vêm  os beijos apaixonados 
Também suáveis abraços com conexão
 Incontrolável calor aquece corpos
Que se desliza carícias e ardente paixão

Quem ama nunca saberá o que é solidão
Pois o apego se transforma na imensidão
D'um amor atado que não se olvida
À fazer planos d'uma bela vida

Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Vesti-me de primavera( Eu não faço parte desse conto)




 Hoje acordei feliz, algo em mim dizia que deveria fazer uma revolução em minha vida. Quando ia tomar meu banho matinal, resolvi tomar um banho de primavera. Despi-me e nua caminhei até um campo florido perto de casa. Abri os braços, dei bom dia às flores, às borboletas, às joaninhas. A relva verdinha encheu meu coração de alegria.
 O amanhecer estava lindo, o sol brilhava toda aquela beleza que ofuscava meus olhos. Senti-me tão leve como uma borboleta azul que sorriu para mim. Borboleta sorrir, será que estava ficando louca? Firmei minha vista, estiquei o braço e ela pousou toda delicada na palma da minha mão e, falou: Vocês humanos são muito tristes, nós somos animais pequenos mas de uma enorme felicidade, mas hoje é seu dia. O tempo que permanecer aqui todos nós a faremos feliz.
 A relva era alta e cobria toda a minha nudez e, caminhando com os animaizinhos fui conversando com todas as flores coloridas, as joaninhas enfeitavam meu corpo e as borboletas colocavam algumas flores, que já mortas renasciam em meus cabelos.
 De repente o sol escureceu, uma chuva fina começou a cair e rapidamente ficou forte e a passos rápidos nos escondemos embaixo de um ipê amarelo que nos protegeu da chuva. O ipê era bem alto e estava carregadinho de flores amarelas que caíam em meu corpo e em toda a campina à volta dele. De repente, o ipê suspirou, nem assustei, então, perguntei: por que suspirou ipê? Porque você é tão linda e estou apaixonado por você. Mas como? Você é uma árvore...E como num piscar de olhos o ipê se transformou num lindo príncipe, quando fui desmaiar segurou-me nos seus braços e beijou meus lábios. Acordei.
 Enrolou minha nudez na sua capa dourada, montou-me num unicórnio, subiu, agarrei na sua cintura e rumamos ao seu castelo. Antes de entrar no castelo ele me disse: eu sempre a amei. assustei-me, pois nunca havia visto aquele jovem tão lindo! Olhou nos meus olhos e nos beijamos.
 Tudo teria sido tão lindo se não fosse apenas um sonho.




Dorli Silva Ramos

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Esperança ( causo da minha vó )


Van Gogh

 Casei-me muito jovem com a bela Mercedes e a vida passava vagarosamente, íamos a colheita de algodão juntos, tínhamos charrete, jardins floridos(ela gostava de flores); enfim éramos meeiros numa grande fazenda. Um ano se passou e Mercedes começou a entristecer, pois suas amigas a chamavam de árvore seca, pois não pegava filho.
 Um dia eu e minha doce Mercedes enveredamos numa campina, muito tristes, de repente a nossa frente apareceu uma velhinha pedindo um pouco d'água. Prontamente minha doce mulher pegou a moringa, despejou aquela água cristalina numa caneca de barro e saciou a sede da mulher. Ela agradeceu, olhou para os céus e disse: que Deus lhes deem muitos filhos. Amém, nós respondemos.
 Dois meses se passaram e Mercedes começou a enjoar e a esperança de estar prenha animou o casal apaixonado. Ela engordava dia após dia, enfim a felicidade fez morada naquela casa.
Nove meses se passaram e ela começou com fortes dores, corri chamar a parteira. Dei a ela tudo que me pediu e fiquei orando para que ela fosse feliz, nisso bateram à porta. Eu não conseguia acreditar, era a mesma velhinha que demos água e disse que ia pegar meu filho. Eu lhe disse: mas lá no quarto tem uma parteira.  Nisso a parteira saiu suada dizendo que não conseguia, imediatamente a velhinha entrou no quarto: Ajoelhei-me no chão com muita esperança pedi ajuda ao Senhor.
 Não demorou muito tempo ouvi choro, não( ... ) eram choros. A velhinha trouxe duas lindas crianças: uma menina e um menino. Olhei pro céu, agradeci por nunca ter perdido a esperança que Mercedes me daria um filho e ela sorrindo, pois havia parido um casal de filhos lindos e sadios.O casal deu o nome à menina de Esperança e ao menino Divino.
 Hoje me encontro só, minha família toda morreu, estou muito velho, mas não perco a esperança de reencontrá-los num outro plano.

Dorli Silva Ramos
Minha participação na comemoração dos 3 anos do 
Blog da Rosélia

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A faxina da alma



 Hoje, resolvi fazer uma faxina na minha alma, pois ela está saturada de escritos não enviados, palavras de amores mal resolvidos, de saudades, de desesperos, de amarguras, de desenganos, de opressões, de vergonhas, de magias de insatisfações. Vou jogar todas essas palavras ao vento. Ele levará para o infinito todo meu lixo intelectual e, com certeza vou refazer o alicerce da minha vida.
 Quero abrir meu coração para entrar: o amor verdadeiro, as magias de sonhos, a amizade sincera; depois irei fechar a porta por dentro . No seu interior, numa perfeita união, engatinhando e com uma força intrínseca, uma nova vida reconstruir.
 Outros escritos irão escorregar nos papéis e com a ajuda de um amor abençoado, filhos nascerão para completar as magias dos nossos sonhos. Sonhos que paulatinamente serão reconstruídos e todos eles descritos em papéis que poderão amarelar com o tempo, não importa, pois a  alegria os farão realizá-los.
 Com a casinha firme, não deixarei ninguém derrubá-la pois segurarei na mão do Senhor, que fará com que os meus simples sonhos de viver sejam realizados numa força quase desumana.
 Portanto, sempre agradecendo, e não olhando para trás, nova vida digna terei, vida esta que deveria ser reformulada pela maioria das pessoas que acreditam que sua vida é o maior bem recebido de Deus..

Dorli Silva Ramos

domingo, 22 de setembro de 2013

Chegou a primavera ( miniconto)


Pierre Auguste Cot

 Depois de um suado inverno que tivemos, chegou finalmente a primavera. Onde estão as belezas das flores coloridas nos campos e as inúmeras pequenas árvores coloridas? Flores belas só se forem cultivadas para enriquecer o comércio. Não da mais para ouvirmos o gorjeio dos pássaros, o bailado dos beija-flores, numa sinfonia orquestrada de muitos deles, polonizando um campo que não existe mais. Não sentirmos mais o perfume natural das flores.
 Cada um tem seu jardim florido e cuidado com muito amor para dar morada aos beija-flores que não tem mais a imensidão das flores naturais nos campos.
 No lugar de belas árvores floridas temos muitos canaviais entristecidos, nossos olhos não veem mais o brilho das antigas primaveras gentis. Nunca gostei de ganhar flores, pois logo estariam mortas, não quero ser mais uma destruidora do que deveria ser natural.

Quero sonhar:

Donald Zolan

sábado, 21 de setembro de 2013

Reflexão


tumbir

 Às vezes fico pensando, refletindo sobre a vida e, me decepciono mais a cada dia que passa, pois o veneno que engole a maioria da humanidade é ultrajante. Penso em Judas, que com palavras macias tentou enganar Jesus, mas Ele sabia que seria traído por ele. E nós? Certeza nenhuma.
 Quanto mais vivo, mas vejo pessoas usando de subterfúgios para chamarem à atenção a si próprio; isso é menosprezar nossas inteligências, pois afinal ninguém é tão "bobinho" assim para caírem em armadilhas sutis.O homem é dotado de inteligência e sabe perfeitamente discernir quando está sendo enganado. Eva se deixou enganar pela cobra que disse: 
 _ Deus disse-vos que se comêsseis o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, morreríeis. Mas isso não é verdade. Muito pelo contrário, se vos comerdes esse fruto acabais por ser iguais a Ele. E Adão culpou Eva. Desde daquela época havia as divergências entre os casais e eles foram expulsos do Éden. A cobra era esperta como muitas pessoas nesse mundo cheio de ódio e pouco amor.
 E os pecados se perpetuam até hoje como uma praga que se alastram em forma de belas palavras sentimentais. Por que o criminoso quando vai falar na mídia, não olha nos nossos olhos? Não, são suas irritabilidades e choros de "crocodilos" que os condena, pois quem é verdadeiro olha nos nossos olhos e nos dão a certeza que é inocente, mas para seguir regras acabam morrendo na cadeia, enquanto que os que têm boa lábia se safam em seus jatinhos ou têm excelentes advogados criminalistas que vão enrolando o processo até perder a sua validade.
 Eu, particularmente não gosto que chorem suas mágoas, atacando sutilmente pessoas que nem conhecem , que tem família e um nome para zelar e fazem de suas vidas exemplos de pessoas decentes; mas inteligentes e de rápidos discernimentos.
 Os "heróis" serão ridicularizados pelas suas próprias ignorâncias, pois Deus tudo vê e tudo sabe e o castigo chegará no momento que menos esperar.

Dorli da Silva Ramos

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Poesia(miniconto)



 A poesia sai da alma d'um poeta sonhador, fala das belezas do Universo, explode de amor quando vê o calor de uma vida bem vivida, cheia de anseios. Fala da sua terra onde os animais viviam no meio das florestas cada qual com o seu viver.
 O homem perdeu a inteligência e sufoca o fim dele próprio e dos animais, das belas flores, que antes eram naturais a nos encantar, pela sutileza de seus perfumes a embriagar. Acorda homem! Você cava a sua própria sepultura.
 Poesia de amor é a mais alucinante. Por quê? O amor é lindo quando enfeitado de paixões, beijos quentes com o coração a bater forte e a sonhar.
 O amor verdadeiro não acaba, apenas descansa, o beijo que era ardente transforma num leve aceno. Já viveu com paixão, agora velho dorme sereno.

 Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Não finjas que és feliz (miniconto)



 Não passes tua vida inteira fingindo que és feliz, pois com tua beleza e carisma, não enganas ninguém, tu és mulher infeliz tentando enganar a todos uma felicidade que te fostes negada por seres generosa. 
 Pense, o tempo está passando rapidinho e tu não vês, faças uma revolução na tua triste vida fingida, mudes, não deixes que te explorem em tudo por tua infinita bondade, sejas tu mesma, só assim serás respeitada.
 Nessa vida ninguém pode ser totalmente bom, se fores assim, nem tua família te respeitarás. Sejas austera, defendas tua dignidade de mulher, do contrário, serás mais uma boba, que todos terão dó.
 Imponhas tua condição de respeito e dignidade, não deixes ninguém magoar-te nessa triste vida, Jogues fora tuas mágoas, mandes embora o teu sofrer.
 Soltes as correntes que te amarram nessa vida fingida e sejas feliz.


Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A vida é como um ipê (miniconto)


 Antes de nascermos somos verdinhos e ficamos bem quentinhos dentro do ventre de nossas mães, somos nutridos pelos alimentos que elas ingerem e vamos nos formando até chegarmos o momento do nascimento.
 Ao nascermos temos a pureza do ipê branco, nossas brincadeiras são sem malícias e sutis. Passamos uma boa parte da nossa infância sorridentes, puros como a neve.
 Na bela juventude somos destemidos como o ipê rosa, tudo é natural, sorrisos e muitas "paquerinhas"; conhecemos o beijo leve e o andar de mãos dadas. Tudo é festa, não temos problemas e sorrimos à toa.
 Já na maturidade conhecemos o amor e a paixão, somos os ipês amarelos, mais responsáveis nas nossas decisões; procuramos o parceiro ideal para nos casarmos, assim o amor se perpetua com o nascer dos nossos filhos.
 Rapidamente chegamos no ápice da nossa vida e, já velhos começamos a recordar das proezas que fizemos em todas as fases da nossa vivência. Ipê branco, ipê rosa, ipê amarelo e ipê roxo.
 Assim, a vida é um presente de Deus, saibamos viver com sabedoria e amor todos os dias do nosso viver.


Dorli da Silva Ramos

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A força e a determinação(miniconto)



 Eu sou tal como a bromélia com força e muita determinação, muita coragem para viver nesse mundo desumano e de desencantos. Sou vermelha por dentro, pois sangue corre em minhas veias, mas tenho uma alma branca que sabe perdoar.
 Depois da rosa vermelha que queimava todo meu corpo juvenil, vejo a bromélia como segurança, agarro-me no tronco de um amor sutil, paciente e verdadeiro.
 Ah! Como é bom viver com intensidade, aproveitar bem todas as etapas da vida, saber viver com dignidade e simplicidade e muita sensibilidade à ouvir lamentos.
 Depois vem as saudades e as boas recordações, por ter conseguido retirar todos os espinhos do caminho e vencer com força, garra e muita determinação.
 Obrigada, meu Deus pela vida que ainda continua...



Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 16 de setembro de 2013



 Ninguém precisa subir a pé uma montanha para mostrar que tem fé. Ele sabe que dentro de cada coração dos seus filhos têm que fazer morada esse nobre sentimento, fundamentado no espelho d'uma família cristã que sabe ensinar aos seus filhos os Mandamentos de Deus e nas aflições e percalços da vida, olhar para dentro do seu coração e saber que a fé existe, mesmo nas piores tribulações de vida.
 Até Jesus foi tentado no deserto pelo demônio, por quarenta dias e sobreviveu sem comer . Se Ele foi tentado, quantas vezes somos tentado a nos desviar do caminho certo, mas a fé é a maior força intrínseca que temos em acreditar sempre, às vezes, até no impossível, pois para Deus nada é irrealizável se mantivermos acesa a fé em nossos corações.
 Portanto, não desanimemos nos problemas que todos passamos aqui na Terra, pois com fé conseguiremos chegar num lugar mais alto que o topo da montanha, chegar pertinho de Deus.

Dorli Silva Ramos
Minha participação na comemoração dos 3 anos do Blog da Rosélia.

domingo, 15 de setembro de 2013

Olhos verdes



Estes teus olhos verdes
Olharam os meus com paixão
Acordou em mim loucuras ardentes
Dominaste meu pobre coração

São pedacinhos de esmeraldas
São a mansidão das florestas
Raio de luz ultrajou meu corpo
Impregnou-o como um fiapo

Meu corpo trêmulo arde de prazer
Na louca vontade de te possuir
Está difícil aguentar, mas vou dizer
Vou levar o pensamento a fluir

Esses ímpetos de eloquências
Dilaceram minhas entranhas
Teus olhos verdes são demências
D'um belo corpo que assanhas

Dorli Silva Ramos

sábado, 14 de setembro de 2013

Solidão( readaptação )




 Fico perambulando pela imensidão da minha casa; procuro no meu quarto alguém para conversar, mas minha companheira já foi para o plano espiritual. Dói meu coração esse imenso vazio que me invade, procuro em outros quartos os meus filhos, mas eles não moram mais aqui, já se casaram.
 Foram quatro filhos que tive com minha amada e, eles nem sequer dão um telefonema, então, começo a me perguntar a todo instante: que fiz eu da vida para ficar tão só?
 Desço as escadas e sentado em uma ladeira fico a recordar que tive uma família feliz e tudo me tiraram: minha mulher que amava tanto, meus filhos que me abandonaram neste mundo.
 Mas, logo chegará o dia dessa solidão terminar, irei reencontrar meu grande amor e não ficar nessa cruel solidão que me consome dia após dia.

Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

VIVER É UMA ARTE ( reedição)


a primavera - Sandro Botticelli
Uma obra de arte custa cara, às vezes, milhões de reais. Mas por mais cara que ela seja, é sempre possível comprá-la. Há porém, uma obra de arte que não tem preço, que não pode ser comprada por dinheiro algum. Essa obra de arte é a pessoa humana.

É você...
Lua Singular

A ARTE DE VIVER

 Guy de Maupassant, literato francês, era um mestre do CONTO. Perguntaram-lhe, um dia, qual era o segredo para fabricar uma história, um conto de valor. A resposta veio, pronta:
   - Deve ter um bom começo e um bom fim!
   - Mas, e no meio? O que se coloca entre este início e final?
   -No meio deve estar o artista- respondeu Maupassant.
  Não apenas os atros de cinema ou da televisão, não apenas os hábeis manejadores da pena ou do pincel, todos quantos podemos e devemos ser os artistas da vida.
  Uma das arte mais difíceis, sem dúvida, é a arte de viver. Arte que não se improvisa e que exige longo árduo aprendizado. Morrem legiões, sem terem aprendido seu a-bê-cê.                
  Essa vida, pela qual somos os responsáveis, não nos é dada feita, prontinha como um programa de televisão, que podemos apreciar, sem muito esforço pessoal, refestelados confortavelmente numa poltrona...
  Cada qual constrói e molda sua vida, dissipando-a ou valorizando-a. Podemos fazer dela uma obra-prima ou uma caricatura.
                                          
           Roque Schnneider 

Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Amor ágape



  O maior amor ágape é aquele que Deus sente por todos nós e por tudo o que Ele criou. Esse amor é verdadeiro, eterno e incondicional. Ele sabe até quando conseguimos aguentar a aporia da vida e, vendo que o fardo está nos sendo pesado, vem nos buscar numa viagem para viver no paraíso.
 Outro amor ágape é o da maioria das mães que dão suas vidas, se preciso for, para salvar seu filho, que por muitas vezes, condenado a sofrer d'uma doença incurável até a sua morte. Muitos pais com esse eterno amor se juntam as mães para chorarem e orarem juntos pela cura do seu ente querido.
 É esse amor ágape que circula nos acidentes por todo o mundo. Se pudéssemos colher todas essas lágrimas jorradas por parentes de vítimas daria para inundar a Terra e os bons boiariam até os céus ao encontro de seus filhos, pais, amigos, enfim, de todos que morreram e faz nossa alma doer.
 E o amor dos animais, que muitas vezes, amamentam e cuidam de filhotes que não são seus, dando-lhes carinho e proteção e nos faz ficar com vergonha de nós mesmos que não toleramos uma simples dor de dente? Saímos xingando até Deus por algumas bagatelas da vida.
 Vamos pensar no sofrido amor ágape que abalou a Terra, o amor da mãe de Jesus, que todos sabem da história, está na Bíblia Sagrada para que muitos que são saudáveis e, por ignorância, praguejam suas vidas.

Dorli Silva Ramos

Minha participação na comemoração dos 3 anos do Blog da Rosélia  

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

E o tempo não para( miniconto)




 Tudo na vida tem um princípio, um meio e um fim, o tempo urge e a hora não espera, a vida é muito curta para ficarmos nos atropelando mutuamente. Vamos traçar um itinerário cheio de expectativas com a ajuda de quem mais nos ama: nossos pais.
 Quando somos crianças eles fazem tudo por nós e gradativamente temos que nos desgarrar deles, temos que ter vontade própria para vencer na vida. Não é fácil, infelizmente temos que ser o melhor. Mas como ser o melhor? Se dedicando com afinco aos estudos, as ideias e as grandes proposituras, pois não se vive só de sonhos, temos que fazê-los acontecer e só acontecerão se corrermos atrás do lucro.
 E quanto ao amor? Escolher seu parceiro(a) certo, que se unem aos grandes ideais comuns, pois a vida passa rapidinho e, sem percebemos já vivemos o nosso tempo produtivo, só nos restando boas ou más recordações. Tudo vai depender de nós. 

Dorli da Silva Ramos

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Meu amor: perdoa-ame


casamento-com-lavanda
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 Oh! Meu amor, perdoa-me se por muitas vezes não beijei teus lábios como antigamente quando éramos jovens; perdoa-me por não abraçar-te mais por muito tempo; perdoa-me de não dizer-te: amo-te; perdoa-me por não levar-te à passear no jardim à noite e contar as estrelas, como fazíamos no começo do nosso casamento.
Nossa vida virou uma rotina, nasceram os filhos, eu fazia amor contigo sem te beijar, sem querer saber se sentias prazer, perdoa-me por muitas vezes te fazer infeliz quando saía à urgia com outras mulheres e tu ficavas a chorar em companhia de nossos filhos.
 O tempo passou eu não conseguia nem mais olhar pra ti; fiz de uma linda jovem um farrapo de mulher sem amor; perdoa-me por muitas vezes chamar-te de velha e feia e tu corrias para o banheiro para chorar tua solidão.Nossos filhos choravam meus maus tratos contigo e com apenas cinquenta anos adoeceu e eu berrava na cozinha: por que tu não morres mulher? Quero uma mulher mais jovem para satisfazer meus desejos. Silêncio total, ao entrar no quarto te vi branca como uma cera, caí em mim que tu estavas morrendo e debulhando em lágrimas gritei: meu Deus! O que fiz do meu viver? e  sentado na cama tu olhaste pra mim e eu te perguntei: tu me perdoas? Ela não conseguia falar, só balançou a cabeça que sim e morreu.
 Meus filhos me odeiam e com razão e, num dia chuvoso peguei uma mala velha e estou até hoje a mendigar nas ruas um pedaço de pão. Esse é meu castigo aqui na Terra, mas todos os dias eu falo baixinho: mulher: perdoa-me.





 Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Os últimos escritos inacabados...



                
 Hoje, depois de alguns anos vivendo numa solidão que até agora machuca o meu coração, deu-me uma saudade muito forte do meu amor que depois de vinte anos de feliz união, sofreu um acidente de carro e não resistindo, deu apenas para ouvir o balbuciar dos seus lábios ensanguentados: eu a amo, fechou os olhos dormindo para sempre. 
 Minhas lágrimas de dor jorravam e beijei pela última vez aqueles lábios, senti o gosto do seu sangue.  Foi o que me deu forças para continuar minha jornada, deixou dois filhos para eu terminar de criá-los, ainda bem que uns pedacinhos dele ficaram impregnado nos nossos filhos e na minha mente.    
 Saudosa, hoje reli meus últimos escritos, geralmente escrevia à noite, mas aquele dia fui escrever à tarde aproveitando que meus filhos estavam na escola e meu amor viajando:

  Meu querido diário:
 Desculpe-me, hoje não vou conversar com você à noite, pois estou muito só e meu coração está um pouco pesado, sinto calafrios e não sei o que está acontecendo comigo, parece que algo diferente vai acontecer.
 Hoje estou feliz, pois meu amor foi viajar e me prometeu trazer de presente algo inusitado, não queria dizer, pois seria uma surpresa. Sabe, eu não vejo a hora que ele volta, pois meu corpo pede o seu, é uma loucura nosso amor e paixão.....Espere um pouco estão tocando a campainha...

 Depois de tudo consumado peguei uma rosa vermelha coloquei nos últimos escritos que ficaram inacabados, guardei- o numa caixa e, hoje quando fui abri-la a rosa estava murcha mas consegui sentir o seu cheiro. Chorei de saudades...

Dorli Silva Ramos
                               

domingo, 8 de setembro de 2013

Choro contido



 Estou aqui, solitário, olhando essa imensidão de oceano, com lágrimas nos olhos, pois perdi a pessoa que mais amava. Ela é linda, a fiz sofrer por minha estupidez, trocando-a por outra que conheci há pouco nessa mesma praia. Estava todo empolgado por essa joia de olhos verdes que me seduziu e me  fez desmanchar um noivado de dois anos. O casamento estava marcado para daqui a três meses.
 A joia de olhos verdes só me usou e o meu dinheiro, ela estava de férias, gastei muito com ela, depois sem dizer adeus foi embora.  Quanta "burrice" a minha, deixar a mulher que amava pela empolgação de uma vadia.
 Tentei procurar atar com minha ex-noiva, marcamos um encontro na praia à noite. Minha esperança era que ela me perdoasse e qual foi a minha surpresa quando vi ao longe um casal de mãos dadas vindo a minha direção. Meu Deus! Era ela linda como uma princesa com aquele biquini vermelho que tanto gostava, passou por mim olhou-me e vi uma lágrima cair dos seus olhos. Sumiu praia afora.
 Que foi que eu fiz de nossas vidas? Destruí minha vida e a dela também. Daqui pra frente dois jovens que vão viver por viver.  Que dor!
 Olhei o céu, estava nublado, comecei a debulhar lágrimas e a gritar de dor, quando senti uma mão no meu ombro. Era ela, a minha amada que me abraçou chorando dizendo que me perdoava e naquele momento selamos um beijo interminável.

Dorli Silva Ramos


sábado, 7 de setembro de 2013

Ah! Esse amor



 Ah! Esse amor que enlouquece, refrescando a paixão no vaivém das brancas ondas do mar, um abraço para se ouvir as batidas aceleradas dos nossos corações apaixonados. Um beijo molhado com os respingos d'águas salgadas, aproveitando que o sol foi dormir, nos entregamos nessa louca paixão dentro do mar.O mar sorriu.
 À noite chegou e as estrelas vieram clarear o céu meio nublado e acordar a lua só para ver o nosso amor. A lua dos apaixonados nos deu uma piscadela e continuou seu andar sonolento. De repente, o céu escurece, as estrelas parecem apagar e uma forte chuva cai no mar. Corremos praia afora para nos proteger e as ondas  furiosas batiam na praia e chorosas ficaram, pois estavam sós.
 A chuva grossa virou um chuvisco, as ondas se acalmaram e borbulhavam tranquilas a quebrarem na praia. O susto passou e nos entreolhamos, ele me pegou no colo e nos jogamos no mar, outra paixão e já extasiados das nossas loucuras voltamos para o carro e ainda molhados voltamos para casa. Foi a nossa primeira noite de núpcias.
 Ah! Esse amor faz loucuras inimagináveis...


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Quase primavera...



 O inverno aqui onde moro é bem ameno, está chegando a primavera, não da pra ver nenhuma mudança, principalmente nos campos que deveriam começar a florir perto dessa estação. As flores do campo precisam dar lugar a cana de açúcar, as Usinas são a alavanca da cidade, dando muitos empregos tanto ao corte de cana como serviços internos. Aqui nós temos boias frias advindas do nordeste para o corte da cana.
 Quando era pequena não tínhamos quase nada, mas esse nada floria nosso coração, onde víamos os campos floridos, as fazendas verdinhas, os gados pastando, pouquíssimos carros. Meio de transporte por aqui era o trem movido a lenha( o famoso Maria Fumaça) e outro elétrico, bicicletas, carrocinhas e os taxistas usavam as charretes como meio de transporte.
 A maioria dos habitantes tinha nas suas casas, grandes quintais com galinheiro, verduras, legumes, frutas, dos quais se alimentava, havia no ambiente uma sinfonia de pássaros lindos e coloridos à bicar nossas frutas e verduras, fazia-se necessário colocar papéis brilhantes. À frente das casas havia grandes jardins onde pegava dos campos mudas de variadas flores e plantava com amor e em pouco tempo estava florido. Os beija-flores sugavam o néctar adocicado e, eu ficava ali parada tentando pegá-los na mão. 
 Na primavera era gostoso andar pelas ruas da cidade, algumas ainda não pavimentadas, mas ninguém ligava, pois o colorido enchia nosso coração de amor.
 Nas encostas dos terrenos via-se muitos chiqueiros de porcos e meu único trabalho: levar água para os porcos e aproveitava para rastejar na grama par ver ninhos de passarinhos, olhava os filhotes, mas logo tinha que sair, colhia abobrinhas e pegava ovos dos ninhos. 
 Não é saudosismo, mas viver num lugar onde cada um sabia da sua camada social, não havia roubos, crimes, raiva e nem inveja, já era uma Benção de Deus. Todos éramos felizes, pois tínhamos as quatro estações do ano bem definidas, sem fagulhas de cana queimada à respirar. 
 A primavera que logo se inicia, algumas árvores e flores cultivadas, não têm o mesmo brilho das flores naturais. Nas estradas vê-se alguns ipês saudosos que choram a solidão do colorido e o perfume da sutil primavera.





Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Partida



 Estou partindo no alvorecer, antes que tu acordes, pois nosso amor não pode dar certo se tu em sonho falas o nome de outra mulher, ainda em sonho me beija com loucura e tenta fazer amor comigo contra a minha vontade. Acordo-te aos berros. Assusta... O que foi? Estava delirando? 
 É nessa tristeza que estou fugindo de ti e de mim mesma, vou caminhar até me encontrar, quero me perguntar se eu mereço viver nesse dilema, pois apesar de amar-te, jamais irei satisfazer os teus caprichos.
 Eu mereço ser amada por um homem que vê em mim qualidades de mulher apaixonada, pois não posso viver na sombra de outra mulher que nem conheço.

Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O dia amanheceu sorrindo( miniconto)



 O dia amanheceu sorrindo e com ele o prenúncio da primavera para encantar corações desfeitos por um amor mal acabado, que nesse dia se costuraram as amarguras que acometia a duas pessoas que se amavam com muita intensidade. As flores sorriram.
 Duas bocas a se unirem num beijo abrasador, um abraço forte quase a esmagar corações que sorrindo começam a bombear sangue para as veias e, não tendo mais espaço explodem de prazer.
 O sol começou a brilhar entre as frestas da janela daquele quarto perfumado de amor e paixão e as janelas sem vergonhas se abriram para aplaudir esse recomeço de amor, que com certeza, agora seria para sempre.
 Pelas janelas o casal pode ver singelas flores azuis viçosas no seu esplendor, que foram saudadas pelo belo casal e pela brisa que molhava suas pétalas sutis.
 E para completar toda essa felicidade, os sabiás vieram pousar na janela para soltar seus lindos gorjeios.
  

Dorli Silva Ramos