domingo, 16 de outubro de 2011

O engraxate


Plínio era um garoto negro de uma família de dez irmãos. Ele tinha um sonho: ser violeiro, mas antes de conquistar esse sonho trabalhava como engraxate de uma pequena cidade do interior para ajudar a família a criar seus irmãos menores. Era um garoto de bom coração e, para ele não custava nada ajudar.
Sua mãe era uma mulher muito preocupada com a educação de seus filhos, portanto ao amanhecer Plínio pegava sua caixa de engraxar e saía as ruas para fazer seu honesto serviço até as onze horas. Voltava, tomava um gostoso banho, almoçava o pouco que tinha e ia a uma pequenina escola.
Por coincidência sua professora era música e o ajudou a tirar algumas notas num violão velho que havia na escola, isso acontecia todos os dias, pois a professora gostava muito daquele pobre menino talentoso e, assim a vida continuava...
Seu pai era um homem pobre, mas honesto e justo. Dava-lhe uma porcentagem do seu trabalho para ele fazer o que quisesse. Ele queria um violão e guardava tostão por tostão até juntar um montão de tostões. Ele ia comprar seu violão, pois já tocava muito bem, quando seu pai veio a falecer. Lá foi o sonho do violão.Ele já estava com dezessete anos e tomou a frente no serviço da roça para ganhar mais, pois sua mãe tinha que cuidar dos outros irmãos e, nos finais de semana engraxava, quando de repente apareceu sua ex- professora com um grande presente: era o seu violão: novinho, novinho e, Plínio chorou, chorou de emoção, ela foi tão forte que até criou uma pequena poesia para sua ex- professora:
Professora querida
Você sempre morou no meu coração
Me deste hoje uma boa razão pra viver
Sempre que cantar vou me lembrar
Da suavidade das suas mãos
Juntos as minhas
A tocar o violão
Plínio continuou sua vida a trabalhar na roça, aos sábados e domingos engraxava e cantava simultaneamente, eis que de repente aparece um olheiro e disse a Plínio: Você será o violeiro na minha fazenda de café. Pegue sua família e leve-a para a fazenda, nada faltará aos seus familiares.
É claro que Plinio não só tocava violão como se tornou o administrador do rico fazendeiro, ensinou todos os seus irmãos a tocar violão e, quando o pôr do sol estava chegando era aquela festa de violeiros na sacada da casa do fazendeiro.
Portanto meus amigos, é apenas um conto, mas como seria bom se os pequeninos pudessem ter um trabalho honesto, como a lei não permite, viram crianças drogadas, fazem pequenos furtos, depois vem o tráfico e um triste final : cadeia ou morte.

Medo

Eu enlouqueceria até morrer
Passaria minha vida inteira a sua procura
Se não houvesse possibilidade do encontro
Morreria de saudades dela

E se fosse você?


A mãe sentiria a mesma dor da outra
Sofreria com a mesma aflição
A triste separação

E se fosse deficiente?


Iria procurá-lo em todos os lugares
Sentiria a mesma dor das pobres mães
Um filho pode ser deficiente
Mas nasceu de uma mãe

E quando envelhecer?


Todos os asilos do mundo a procuraria
Com sua idade, talvez se esqueceu
O caminho da nossa casa
Eu a encontraria

E se fosse você milionário?


A mídia toda iria lhe procurar
Você sumiu por que não tinha amor
Deu toda a sua fortuna aos pobres
Eles lhe encontrariam


sábado, 15 de outubro de 2011

Dia do professor!



Professor você foi mestre do mendigo
Do médico, do papa , do presidente
E lhe pergunto com toda a veemência
Qual é o seu valor?

Antigamente o professor era respeitado
Hoje ele é desrespeitado pelos alunos
Seus pais e toda uma sociedade
Que aprendeu o a, bê, cê , sozinhos

São os grandes intelectuais que o humilham
A maioria dos professores do Brasil
Moram em favelas, o que ganham é tanto
Que quase não da pra pagar os ônibus

Por que não tiram o dia do professor
Do calendário brasileiro? É humilhante
Você professor não tem o mesmo valor
Você apenas tenta sobreviver nesse

MUNDO CÃO

Os anjos maus


Se o mundo continuar com essa destruição
Muitos anjos maus descerão dos céus
Feias imagem de panteras negras que comerão
Todos os seres viventes ruins da terra toda

Ladrões pobres e de colarinho branco
Cuidado: as panteras saberão identificá-los
E sem piedade farão um belo banquete
Dessa carne humana imunda e nojenta

Pais que matam e estrupam seus filhos
Mães que concordam por medo do homem
Também não escaparão da fúria das panteras
Aí, já vai se refinando toda a população

Anjos maus em forma de panteras farão limpeza
Desse nosso mundo de toda a  imundície humana
Os ricos prédios sumirão para dar lugar as flores
Os animais das florestas serão todos vegetarianos

Então, haverá harmonia e felicidade na Terra
Não precisando Deus descer para castigar
Todos os seus filhos maus e amaldiçoados
Pois, os bons filhos não têm culpa da Sua ira