terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MULHER PRIMAVERA...




Sou mulher primavera
Que nasci para te amar
Ela esconde meu corpo
De coloridas flores do campo

Vem sentir minha fragrância
É a mistura de dois cheiros
Do meu corpo e o das flores
Para perfumar teu coração

Pega, quero te dar uma flor
Escolhe a que mais te aprazes
Mas se gostares de todas
Leva-me contigo também

As flores são minhas vestes
Que o vento as pairam no ar
Se demorares muito tempo
Vou voar com elas para o mar

Dorli Silva Ramos


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Há 58 anos!!




Estava  no computador lendo uns e-mails, era exatamente 13h e 30', quando ouvi um chilrear diferente, reconheci e fui correndo para a área de serviço, olhei pela grade, era um tiziu que não via há 58 anos. Meu coração disparou, chamei meu marido para ver: estava na outra minha casa ao lado, encima da antena cantando e pulando. Meu marido foi buscar a máquina, mas ela estava sem bateria; voltei para pegar o celular e quando cheguei ele tinha ido embora levando consigo meus deliciosos anos de infância brejeira, que quando ia brincar na relva queria pegar o tiziu um pouquinho só na mão, nunca consegui, ele vinha vigiar sua amada e seus filhotes no ninho que fizera na grama alta.

Quantas lembranças voltaram à minha mente e, olha que não sou saudosista, dos anos que fui tão esperta e feliz à brincar com os animais e observando o chilrear dos pássaros, cheirando as flores do campo, bebendo as gotas de orvalho que ficavam penduradas nas plantas e me molhar toda na relva. Era inverno. Descendo um pouco mais, tinha um "riozinho", sentava a sua margem para ver alguns peixinhos. Tudo era natural.
Todos os dias fazia esse itinerário, porque ia levar águas para os porcos e, sem que minha mãe soubesse, tirava as sandálias, só para pegar bicho de pé. Ah! Que coceira gostosa! Mas não adiantava nada, pois antes do banho minha mãe tirava-os. Ah!! Que chato.

Hoje, a cidade perdeu sua beleza natural: pássaros só os pardais que todos os dia entram na minha cozinha à procura de alguma coisa para comer e pombos, os outros pássaros só em cativeiro que não gosto nem de ver o sofrimento que eles passam todos amontoados para venda.
Quando chega a primavera, as flores que vejo nos campos são ipês de todas as cores, foram as únicas árvores que vejo nessa estação e algumas flores resistem nas casas, devido aos cuidados dos moradores , apesar da poluição das usinas que aqui existe. Da uma tristeza danada e um nó na garganta ao lembrar que nas fazendas de tudo se plantava, hoje é um tapete de canavial. 
A beleza das flores, dos alimentos naturais foram embora, levando consigo minha infância e adolescência. Hoje só ficou a saudade de um tempo que não volta mais. Mas o tiziu voltou para eu não esquecer das minhas raízes. Obrigada tiziu...

Dorli Silva Ramos

Mulher sensual



Pino Daeni



É aquela que por onde passa é vista
Deixa no caminho seu cheiro sedutor
Muito arrojada nas suas vestes sensuais
Seu belo olhar com desdém é insinuante

Sabe que é desejada por muitos homens
Mas se faz de dengosa, não aceita nem olhar
Deixa os homens loucos de paixões insanas
Sabe se dar valor e se faz de mulher difícil

Mas mulher sensual, tem coração e sabe amar
Com mil loucuras de paixões ardentes embala
Quem tem uma bela mulher sensual não dorme
Apenas cochila o medo do abandono e da dor

Mulher sensual também tem coração que ama
Quer ter um homem, um lar e alguns filhos
É uma sensualidade natural da mulher loucura
Mesmo fazendo tudo certinho, a inveja dói


Dorli Silva Ramos

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Aonde e onde em forma de poesia( Língua Portuguesa)




Que caminhos percorres que não te encontro?
Aonde  andas tu?
Por quais veredas tu passaste sem lembrares de mim?
Aonde andas tu?
Por que não deixaste trilhas para poder seguir-te?
Aonde andas tu?
Caminho até as estrelas, pergunto a elas se passaste lá
Aonde andas tu?
Minhas pernas estão cansadas a percorrer teu caminho
Aonde andas tu?
Meus olhos vermelhos derramam o pranto de saudades
Aonde andas tu?
Quero dormir na relva, mas tu entras no meu sonho
Aonde andas tu?
Estou de volta meu amor, estava em outra galáxia
Onde me procuraste?
Onde? No céu, nos campos, nos rios e nos livros
Onde está o livro?
Continua no mesmo lugar, na nossa estante da sala
Onde estás tu?
No teu coração, na nossa casa, no nosso quarto
Apague a luz
Onde ?
No interruptor, claro
kkk...rsrs...

*****

 Quando usamos o Aonde e o Onde

Usamos o aonde quando a situação indica movimento. Vide poesia.
Usamos onde quando a situação indica lugar fixo. Vide poesia.

" Êta" dificuldade nossa Língua Portuguesa "


Dorli Silva Ramos