Louca com o homem que me deixou no altar
Resolvi
passar minha lua de mel na floresta
Ainda de
vestido branco, tal a minha pureza
Entre o
verde das matas e os pombos brancos
Era uma
mata encantada, pois bichos falavam
Acordava
com o murmúrio da linda cascata
Com o
arrulhar dos pombos tão branquinhos
O grilos
me animavam a banhar-me na cascata
Sentia uma
felicidade incomum entre a flores
Que me
impregnavam com suas fragrâncias
O verde da
floresta se alegrava sua nova visita
Trazendo
no corpo o lindo vestido das nuvens
Acordei
para a vida, pois ali não era o meu lugar
Despedi-me
da floresta, onde todos choraram
Pus-me a
caminhar feliz meu caminho para casa
Todos
estranharam meu sumiço e minha doçura
Resolvi,
então, explicar a todos os meus amigos:
A felicidade
não se obriga, ela vem na hora certa
Vou
encontrar um amor que aprenda a me amar
Aprendi tarde que a essência do amor é natural
Dorli
Silva Ramos