segunda-feira, 25 de março de 2013

Brisa Suave




 Nesse lugar sinto a brisa gelada
 Uma leveza e enorme paz
O céu prenuncia chuva 
Coração umedece de amor

Rodopio meu corpo à sentir
Chuva fina a me molhar
 Meu coração sem impurezas 
Meus pensamentos à voar

Quanta beleza pairando no ar
Nuvens a me sorrirem
Um silêncio invade meu peito
Saudades aqui inexiste

Oh! que suavidade tem o ar
Nuvens branquinhas à ver
Logo à noite brilham estrelas
Tenho que voltar...

Desço e volto, vejo o pôr do sol
Que ilumina meu caminho
Chego no corre-corre da avenida
 Cai do céu gotas de orvalho
Bebo até me saciar


Dorli Silva Ramos

domingo, 24 de março de 2013

Aqui te espero !!




Todas as noites aqui te espero
Meu reflexo bate na água gelada
Estrelas testemunhas da minha solidão
Me desnudo toda caio nas águas

 Arrepio de desejo toma meu corpo
Olho as estrelas, elas brilham
 Atrás de mim elas veem meu amor
 Serão testemunhas da paixão

Se despe todo perto de mim
Meu corpo sedento aflora
Uma paixão eloquente e feroz
Na imensa loucura nos exaurimos

Dormimos na relva molhada
Estrela veio aquecer nossos corpos
Uma brisa gelada nos acordou
Jogando-nos gotas de orvalho
Para saciar nossa sede

Acordamos com o belo alvorecer
Nos vestimos, nos beijamos
Sem nada falar rumou outro caminho
Todas as noites vem aqui me amar
Nas águas geladas. Quem és tu?


Dorli Silva Ramos

sábado, 23 de março de 2013

Poema solitário





Vejo tua solidão
Sofro
Estrelas sem brilho
Lua tristonha
Árvores choram a seca
Mulher
Solitária à espera
Do amor que não vem
Beijos
Não querem teus lábios
Abraços
Perdidos no espaço
Lágrimas
Espalham no chão
A terra
Não bebe a dor
Chão 
Muito endureceu
Lágrimas escorreram
Para onde?
Rio não há, só desilusão
Vive 
Solitária em pensamentos
Tu és ser vivente
Acorda!
Venha pra vida
Saia do teu ego intrínseco
Venha me amar
Sou teu guardião do amor
Mas tu não vê
Absorta nos delírios
Da tua estupidez
Corra, olhe pra mim
Eu te amo 
Mulher da minha vida
Estou 
Sempre a tua espreita
Quero
Enxugar tuas lágrimas
Beijar 
Os teus lábios
E poder gritar bem alto
Eu te amo


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 22 de março de 2013

Cheguei no outono




Cheguei como o outono
Sedenta de um especial amor
Joguei fora as tristezas
Toda e qualquer desilusão

Assim como as folhas secas caem
Misturei com elas as decepções
Jogando-as na terra fofa
Para formar esterco à nascer
 Nova mulher leve e feliz

O vento voa o pensamento triste
Desilusões exauridas caem no chão
Sinto a brisa agora gelada
Que refresca meu triste sofrer

Quando o outono acabar
O inverno virá beijar meu rosto
Trazendo novas esperanças
D'um lindo amor ávido de carinho


Dorli Silva Ramos