terça-feira, 26 de março de 2013

Saudade dói, lágrimas não nos respeitam




  Toda saudade dói

A saudade saudável é a lágrima verde
Da cor da esperança e das matas
Queremos ser desrespeitados
Por milhões de lágrimas

A saudade de um amor que acabou
Tem o perfume do ipê roxo
Queremos ser desrespeitados
Por trilhões de lágrimas

A saudade da perda dos nossos pais
Tem a fragrância da rosa amarela
Queremos ser desrespeitados
Por infinitas lágrimas

A saudade da perda dos nossos filhos
Não tem nenhuma cor comparável
Queremos ser desrespeitados
Pela junção de todas 
as lágrimas


Meu presente para ti Luz

Lua Singular


O que é ser feliz?




É ter olhos para ver o espetáculo da vida
Parecer árvore esplêndida nas nuvens
E Sol enciumado se colocando no meio
É ter um coração livre de desamores

Ser feliz é ter vontade de aprender a vida
No amor, sentir sem precisar demonstrar
Ninguém gosta de amores grudentos, enjoa
Amor tem que sair do coração e não da paixão

É a cada dia, agradecer o seu amanhecer
Louvar a Deus por sua vida que hoje sadia
Brilhar nas conquistas que for acumulando
Sorrir, após árduo trabalho, para o pôr do sol

Ser feliz não está nos grandes desafios doentios
É saber apreciar o sorriso de uma criança pobre
É não querer ter o Mundo aos seus pés, é  petulância
É poder gritar: obrigada Senhor, como sou feliz!


Dorli Silva Ramos


segunda-feira, 25 de março de 2013

Lágrimas




Se pudesse armazenar as lágrimas caídas
Daria para formar um novo oceano
Misturaria lágrimas de nostalgias
De alguém que sempre ama e amará, 

As lágrimas de felicidades seriam poucas
Comparadas as debulhadas na dor
Nessa mistura de lágrimas não se contariam
As que foram engolidas às escondidas
Por uma grande decepção

Há as lágrimas de caem de felicidades
Do prazer de uma ávida conquista
De uma grande vitória explodida
Essas dariam uma cachoeira límpida

Só existe uma lágrima que não escondemos
É a lágrima contínua de uma eterna saudade
De alguém que estava festejando com lágrimas
Numa fração de segundo sua fonte de 
lágrimas se interrompeu


Dorli Silva Ramos

Brisa Suave




 Nesse lugar sinto a brisa gelada
 Uma leveza e enorme paz
O céu prenuncia chuva 
Coração umedece de amor

Rodopio meu corpo à sentir
Chuva fina a me molhar
 Meu coração sem impurezas 
Meus pensamentos à voar

Quanta beleza pairando no ar
Nuvens a me sorrirem
Um silêncio invade meu peito
Saudades aqui inexiste

Oh! que suavidade tem o ar
Nuvens branquinhas à ver
Logo à noite brilham estrelas
Tenho que voltar...

Desço e volto, vejo o pôr do sol
Que ilumina meu caminho
Chego no corre-corre da avenida
 Cai do céu gotas de orvalho
Bebo até me saciar


Dorli Silva Ramos