sábado, 17 de agosto de 2013

Como agradar a Deus?



  É amar a si mesmo para depois amar o outro, sabendo perdoar seu irmão que porventura o magoou, ou o mais difícil, que é pedir perdão, pois se você guarda no coração rancores sua vida vai ser amarga e, ninguém vai querer amar uma pessoa que tem um coração sem sentimentos verdadeiros.
 Infelizmente, não precisamos ir ao teatro, pois fora dele, o homem com seu coração endurecido faz da sua vida um palco, onde as inúmeras cadeiras estarão sempre vazias.
Você meu amigo, consegue ter o sono dos "anjos", querendo que o outro se afunde? Não, ele não irá se afundar e sim você, na sua própria ignorância.
 Onde você quer chegar? Pois ninguém consegue enganar todas as pessoas, sempre haverá aquelas que são apenas espectadoras da sua derrota. E aí? E agora? Se porventura estiver numa cama de hospital querendo pedir perdão no final da sua vida, sua voz não sair? O que fazer? Perdeu a oportunidade.
 Todos somos filhos de Deus, ninguém é melhor do que o outro, pois se o seu cérebro morrer, haverá em pouco tempo muitos animaizinhos querendo comer a sua carne. Acabou? Não...
 Temos que prestar contas, agora não da para voltar atrás...esperará todos morrerem para ter o veredicto de Deus, mas Ele é bom e irá lhe perdoar.
 A vida aqui na Terra é uma pequena passagem para a eternidade, então faça seu caminho florir com a bondade, o amor, o perdão, qualidades que lhe trarão alguns momentos de felicidade.

Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quatro ( Haicai )


dentedeleao.png



Contei estrelas
Coração saudoso chorou
Brilhou lágrimas 

          *
O perfume da rosa
Inebriou bela donzela
Chorou saudade

          *
Deitei tristonha
Pássaro cantou na janela
Sorriso acordou

          *
Venho de longe
Das terras arenosas
Ondas choram

Dorli Silva Ramos

Leveza ( miniconto )



 Sou leve como gotas de orvalho que dependuram nas flores ou qualquer raminho verde no alvorecer gelado. Ah! Se pudesse colhê-las sem que estourassem iria fazer um bailado com elas. Me vestia de azul, faria tudo em volta ficar a nossa cor numa sintonia, as gotas de orvalho flutuariam comigo até as nuvens onde todos os astros seriam os convidados do nosso bailado.
 O Sol sorriria sem seu calor, a lua apagada e estrelas dormindo, cometas passando, tudo se transformaria num balé clássico, os quais se juntariam a nós para transformar o céu numa beleza sem fim.
 Na terra, esse dia, todos parariam para ver o maior espetáculo no céu e, num ímpeto todos trocariam de cores e uma chuvinha fina chegaria para esfriar o sol, daí surgiria o arco íris que pintaria todos nós com suas sete cores fazendo reluzir com tamanho esplendor.
 Mas, é só a leveza do meu pensamento que flutua nesse mundo imaginário...


Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Eu sou a minha solidão ( miniconto )


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 Todas as tardes eu saio à passear minha solidão num lindo campo florido, na esperança de poder sonhar o dia que nós dois aqui estivemos numa tarde de verão e deitados nesse campo me possuía com amor. As flores sorriam nossa felicidade e também são testemunhas das suas promessas de amor.
 Chegou a hora da sua partida para a cidade e tivemos nosso último encontro aqui onde o sol com sono queria dormir e, cá ficamos a sonhar um futuro que jamais pensei que não iria se concretizar.
 Sumiu dos meus olhos e com eles levou minha ilusão, meus sonhos e a certeza de que nunca mais o veria. Foi o que aconteceu, você foi o vento que passou na minha vida levando o meu eu e o que sobrou para mim foram as lembranças e não tenho mais nenhuma esperança em revê-lo. Eu fui para você mais um amor numa parada de trem e quando ele apitou me acenou um triste adeus.

Dorli Silva Ramos