sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Resiliência



 Cristina quando menina era linda e com grandes sonhos para a sua vida. Sua mãe sempre lhe dizia: não sonhe tanto menina, pois você irá se machucar. Nada do que falasse sua mãe tirava seu sonho de ser uma grande mulher com bom emprego e talvez um marido bom que a amasse e aturasse seu gênio forte. Mania de perfeição fazia parte da sua vida.
 Cristina de tão pobre estudava com bolsas, mas para tanto tinha que fazer uma prova, prova essa que ela tirava de letra, pois era muito inteligente. O tempo passou rapidinho e a duras penas, se privando de muitas coisas terminou sua faculdade pública.
 Com o diploma na mão e algum dinheiro que juntou fazendo trabalhinhos manuais, pegou uma horrível mala, disse adeus aos seus pais e foi para a capital.
 Chegando na linda cidade ficou deslumbrada e disse pra si mesma: eu irei vencê-la porque tenho dentro de mim a força e a inteligência que Deus me deu.
Mas, a vida lhe foi cruel, perdeu seus pais no interior e tinha outros irmãos para cuidar. Largou tudo na capital. Passado alguns anos deixou os irmãos aos cuidados de uma tia com o compromisso de mandar dinheiro todos os meses para os gastos deles.
 Não desistiu, voltou a capital, arrumou outro emprego melhor do que o anterior e foi ajudando seus irmãos que foram estudando para tentarem sobreviver sozinhos.
 Um dia, Reinaldo, gerente da empresa que Cristina trabalhava, deu-lhe um belo sorriso e a partir daí começou um namoro e não tardou vir o casamento, ele a amava mais do que tudo. Ela nunca mentiu que não o amava, mas ele sempre teve a esperança que um dia ela o amaria.
 Ela trouxe seus irmãos para morarem com ela, eles terminaram o estudo e cada um foi tomar conta da sua vida.
Um dia Cristina enfeitou-se toda para a chegada do marido e olhando bem para os seus olhos disse: eu com muitas lutas e tombos posso agora chegar pertinho de você e dizer: meu marido, eu o amo.
 Reinaldo de tão feliz pegou Cristina no colo a rodopiou pelos cômodos da casa e, chegando no quarto a atirou suavemente na cama e fez amor com ela.  Depois do ato ele lhe disse: Não são as pedras do caminho que enfrentamos que fez morrer meu amor por você e o tempo fez brotar esse seu lindo amor por mim, mesmo que não conseguimos nossos filhos, cuidamos dos seus irmãos.
 Essa é uma história inventada por mim agora, mas digo-vos de devemos ter força de vontade de superar os problemas que a vida nos empresta.

Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A natureza que Deus criou e o homem matou(miniconto)




 Deus fez um Mundo maravilhoso para seus filhos morarem com toda natureza e os animais. Quem viveu naquela época, hoje perece, não diz nada.Tudo era tranquilo e natural, hoje choram as florestas, os animais e as mananciais.
 O homem ganhou de presente um Mundo natural, mas por sua ganância mata a vida dos inocentes animais, muitas vezes para sorrir sua crueldade ou para vender como objetos de comércio. Seu coração endureceu pela inveja e quanto mais pessoas amontoam na Terra maior será a disputa e a inveja.
 O que aconteceu com o amor? Com o respeito, a amizade e com a infinita bondade? Virou um rio a choramingar. Choram os oprimidos pela fome, falta de empregos e a falta de solidariedade humana.
 Onde estão os bons vizinhos? Gradeados em suas próprias casa, que o próprio homem proporcionou; infelizmente o homem está se suicidando.
E quem o convida para tomar um chá, saborear bolinhos de chuva no inverno? Ninguém...O homem parece ter pressa em abarcar o Mundo com braços curtos e, não conseguindo; mata seu irmão.
 Mas um dia tudo irá mudar, quando Deus se irritar, num pequeno clique tudo explodirá e o homem sem piedade, foi o estopim da morte de tudo que era belo e natural , e por sua própria estupidez perderá a vida, presente que Deus nos deu num Mundo maravilhoso.

Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

20 de novembro: Dia da Consciência Negra





20 de novembro... Dia da Consciência Negra? Opa, espere aí !




  
 Não, eu sou preto e me nego a reduzir tudo o que eu sinto sobre minhas raízes africanas a um simples dia. Eu sou preto e me recuso a seguir supostos ativistas pretos que dizem que todos os pretos devem agir da mesma forma.  Eu sou preto e me recuso a seguir o que os esquerdistas brancos acham que eu devo seguir. Eu sou preto e me recuso a concordar com cotas em Universidades ou concursos públicos voltados para pretos como eu.
 Ah, lá vem o branco esquerdista falar que eu sou contra as cotas por que eu tive ótima educação. É claro que eu tive, agradeço a Deus por ter me dado um pai e uma mãe capazes de fazer isso por mim. Agora, se eu pudesse escolher, eu não iria me sujeitar a fazer uma prova que leve em conta a minha cor como fator positivo para mim. Jamais!
 Por mais que essas cotas busquem resolver um problema histórico de injustiça, convenhamos: será algo momentâneo e, a longo prazo, criará outro problema histórico, e dessa vez bem pior. Nós pretos já somos fodidos, já somos alvos de olhares esquisitos mesmo quando nos formamos na USP,  UNESP ou UNICAMP através de nossas próprias energias. Imaginem o tipo de coisa que teremos que passar caso essas cotas sejam aprovadas? Todo e qualquer preto, seja ele advogado ou médico, tendo entrado na faculdade via cotas ou não...todo preto passará por uma espécie de exame ocular logo ao atender qualquer pessoa, seja ela branca ou preta. Afinal, convenhamos: todo mundo tem o direito de, pelo menos, desconfiar da capacidade de um profissional que foi selecionado mais pela cor e menos pela capacidade. 
 Por isso, meus irmãos pretos, vamos parar com o "mimimi" ,vamos deixar de lado o falatório, vamos evitar seguir aqueles que, no fundo, nos tratam como coitados. Que o feriado de 20 de novembro seja menos “da consciência negra” e mais do Zumbi dos Palmares. Que seja menos dos partidos de esquerda que acham que sabem o que é melhor para nós e, pior ainda, que acham que sabem como temos que pensar e nos comportar, e seja mais de admiração à trajetória dos Joaquins Barbosas da vida... Vamos ouvir menos os ditos “líderes” e ler mais a biografia dos guerreiros. Vamos ser menos pacíficos como o grande Martin Luther King e mais “agressivos” como o outro grande Malcolm X. Nós nascemos da luta contra o racismo e a opressão. E por isso mesmo não precisamos de cotas ou de Bolsas Família. Precisamos apenas perceber que vivemos no capitalismo e é através desse capitalismo que faremos com que nossos filhos e netos tenham uma vida confortável e prazerosa. Essa é a verdadeira consciência negra: UM PRESENTE MELHOR QUE O PASSADO PARA UM FUTURO MELHOR QUE O PRESENTE.

Cristovam Ramos Neto ( meu filho )




terça-feira, 19 de novembro de 2013

O som e o perfume da natureza


Mensagens e Gifs da Teka

 Como seria bom acordar com os sons da natureza, o barulho das quedas d'água, o perfume das matas, o cocoricar do galo, o chilrear dos pássaros e tomar banho na cachoeira, nadar junto com os peixes.
 Tomar café quentinho feito no coador de pano, aquecer as mãos no fogão a lenha, beber leite puro, jogar conversa fora, brincar com nossos filhos, abraçar e beijar nossa linda mulher e ouvir o pulsar dos nossos corações apaixonados esperando a noite chegar.
 Passear os dois de mãos dadas pela floresta ouvindo os sons dos animais, sentir o perfume das flores, das árvores e pisar nas folhas molhadas pela brisa da madrugada. Ao chegar perto de um rio ouvir o barulho da queda d'água, nos despirmos e cairmos naquelas águas cristalinas e fazermos amor.
 Tudo poderia ser maravilhoso se fosse possível, mas moramos num arranha-céu gelado e debruçados na janela começamos a sonhar, então, num ímpeto de solidão de natureza minha mulher diz: Daria a metade dos meus bens para morar nesse lugar.

O pôr do sol no meu rincão
Foto minha


Dorli Silva Ramos