segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Não deixe a depressão matá-los (reedição)



 As pessoas maduras e jovens da década de sessenta eram muito mais felizes do que as de hoje. Na metade dos anos sessenta eu era uma jovem até um pouco atrevida para a minha época. Namorava muitos rapazes, às vezes três de uma única vez, gostava de brincar de esconde- esconde com eles, nada era sério, mas sentia-me feliz das audaciosas brincadeiras com os namoricos. Tinha uma amiga que ficava de olho quando por acaso aparecesse dois de uma só vez. Tirava os saltos altos e corria pelas ruas da minha pequena cidade para esconder-me em minha casa. Não falava nada e, ia dormir. Que dormir! Achava graça do vaivém dos namoricos.
 Era muito feliz, meu compromisso era só estudar e paquerar os jovens mais bonitos da cidade e das cidades circunvizinhas. Os bailes então... já tinha meus parceiros para dançar que vinham de outras cidades e lá ia eu rodopiando, aliás com minha mãe por perto, até quase ao amanhecer. Enquanto dançava jogava olhares maliciosos para os lindos jovens da orquestra e assim fui vivendo até encontrar meu verdadeiro amor.
 Andava de lambreta, de Gordine e almoçava com ele nos restaurantes da cidade vizinha o dia que tinha estágio na escola.
 Na escola era muito feliz, os rapazes traziam da cantina da escola delícias para eu comer e a cada um colocava um apelido: porquinho, risadinha e muitos outros. Até os professores eu conseguia, naquele tempo, driblar e matar algumas aulas para namorar.
 O uniforme era saia plissada, dois dedos abaixo do joelho, camiseta branca, um sapato que achava horrível (preto) e meias brancas soquetes. Ninguém falava em drogas e muito menos em depressão. A vida era calma e saudável e eu soube aproveitar bem esse tempo.
 Não perdia nenhum baile, gostava de dançar de tudo e sorria, sorria muito para a vida...Não tinha tudo que queria, pois meus pais estavam fazendo os seus pezinhos de meia, mas eu me virava com alguns trabalhos manuais que os vendia à vista.
 Hoje, a ambição tomou conta de quase toda a humanidade, dinheiro, status e muitas dívidas para comprarem carros do ano, roupas de grife, muitos cartões de créditos estourados. É lógico, com toda essa ambição é um convite para a depressão.
 O namoro virou ficar, não se faz mais a diferença. Tudo é normal, crianças nascendo fora de hora, mães desesperadas à cuidar desses filhos que não foram feitos com amor e sim de uma simples transa inconsequente. Aí, a vida ficou banal e os jovens dizem que não têm sorte.
 Meus leitores, a vida somos nós quem a traçamos. Vivamos com dignidade e amemos as pessoas, as crianças e o mais importante vamos sorrir muito e procurar amizades alegres, pois hoje a população mundial aumentou assustadoramente e, está ficando um pouco difícil viver. Mas temos que lutar e vencer e não deixarmos essa maldita depressão impregnar nossa vida. 
Tem cura a depressão? Sim e muito fácil, não precisa nem de remédios: Ser o que somos e vir a ser um dia o que formos capazes de ser, essa é minha receita. Ela não me pega.
Não tenhamos pressa de morrer, a vida ainda é bela para quem tem a cabeça no lugar e um sentimento gostoso de poder conversar com as flores, com os animais, acordar com a brisa no alvorecer e dormir com a beleza do pôr do sol.



Quem planta amor e dignidade colhe felicidade
Quem planta ódio e ambição colhe solidão e depressão



domingo, 12 de janeiro de 2014

A chuva ( reedição )


mensagens e gifs da Teka

Oh! chuva abençoada
Molhe meu rosto cansado
Limpe-o de todas tristezas
E traga-me serenidade

O cheiro da terra molhada
Impregna todo meu corpo
Tornando-o tão perfumado
De odor incomparável

Venha chuva de mansinho
Molhe a terra do sertão
Para que nossos irmãos 
Tenham direito ao seu pão

Até breve chuva abençoada
Vá molhar a terra toda
Mas não abuse da sua força 
Para não termos calamidades


sábado, 11 de janeiro de 2014

Mulher conquistadora( miniconto )




 Mulher conquistadora não precisa de maquiagem, enlouquece os homens só com o olhar, é firme nas suas atitudes e não teme o futuro. É independente, sedutora e muito inteligente; sabe o que quer e também machucar corações.
 Uma mulher conquistadora jamais se entrega aos delírios das ilusões dos homens, sorri(...); um sorriso sarcástico pensando: já lhe peguei, sabe dizer adeus sem ter piedade dos homens.
 É namoradeira, gosta de paparicos: presentes, passeios e muitos e-mails de amor. À noite, sozinha em sua cama com seu celular debocha dos escritos, é assim porque não sabe amar ninguém.
 Já mais madura resolve se casar com seu escolhido para como mulher poder ter seus filhos lindos; o marido será apenas um elo para chegar ao seu intuito.
 Existem as exceções.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Nosso amor sempre foi lindo (miniconto)



 Conheci meu amor no primeiro ano do curso primário. Éramos duas crianças peraltas e inteligentes; no recreio ele vivia a me vigiar e eu me achava toda. Queria sempre me proteger das possíveis brigas.
 Achava muita graça, mas gostava do seu dengo, assim passamos nossa infância entre olhares infantis. Nos tornamos adultos e sempre juntos na mesma classe; nos formamos na mesma turma e, ele sempre a me olhar.
 Numa sexta-feira chuvosa ele declarou seu amor por mim, tinha apenas dezesseis anos era ingênua e fiquei feliz, aos vinte anos nos casamos, tivemos dois lindos filhos que só trouxeram alegrias e felicidades para a nossa vida.
 Nosso amor foi cultivado numa terra fofa, adubada com nossa inocência; hoje estamos velhinhos acabou-se as loucas paixões, sobrou o amor sincero e boas recordações.
 E para completar nossa felicidade, nossos filhos casaram-se muito bem e moram por perto e aos domingos todos vêm cá para o almoço que as noras preparam e os cinco netinhos correm prá lá e prá cá e se jogam numa pequena piscina.
 Hoje eu falo para o meu velhinho: nosso amor sempre foi lindo.