sábado, 14 de fevereiro de 2015

Leveza das borboletas coloridas


  

Vivendo nos escombros de uma cidade com castelos cheios de vozes e suspiros e saturada da solidão, pois aqui só eu restei d'um terremoto de fantasmas horrendos pela briga de sete irmãos que se diziam donos dessa horrível cidade escura, tal suas almas vagantes por um mundo sem fim de estrada...Adormeci...
Alimento-me de um fiozinho de água que escorre embaixo de um único pessegueiro que ali insistia em me fazer companhia e quando chovia me abraçava com seus galhos e me apertava gostoso quando o vento passava por nós e uivava carregando com ele restos de esperanças.
Vários dias se passaram e, de repente a terra começou a tremer e eu corri em disparada junto ao pessegueiro, foi nesse instante em que meu coração sangrou de dor ao ver o pessegueiro caído, quase morto. Comecei, então, a chorar...
Não chore minha princesinha, logo uns anjos em forma de borboletas coloridas virão buscá-la para levá-la a um lindo reino, nesse seu reino que tentaram roubá-lo eu era seu guardião, ficava com você aqui para protegê-la contra as intempéries da vida e, hoje o bem sobrepôs o mau e num piscar de olhos estará reinando num lindo e perfumado Castelo casando com o seu amor, o rei.
Querida, só uma coisa lhe peço, leve uma mudinha de mim para plantar no seu jardim junto ao lindo e florido córrego e quando sentir saudades vá me visitar.
A festa foi pomposa, mas ela na sua simplicidade, levou a mudinha e plantou. Todos os dias ia lá e o pequeno pessegueiro nada falava.
Os reis tiveram que viajar para outro reino e demoraram três meses para voltar e, ao chegar a rainha rapidamente saiu correndo para ver seu pessegueiro e qual não foi sua surpresa quando o viu forte, lindo e altivo. Abraçou-me com carinho.
Minha rainha, está cada vez mais linda e bondosa...Muitos lindos filhos desejo a você.
Todos os dias, o pessegueiro recebia a visita da rainha e posteriormente dos seus filhos, mas como tudo tem um fim o pessegueiro morreu e a rainha plantou outra mudinha.

Lua Singular

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Carnaval- A máscara oculta


Numa festa de carnaval tudo pode acontecer. Tem aquele que se esconde atrás de uma máscara para ninguém reconhecer: grita, canta pula igual índio, mas ninguém sabe o por quê.
Onde era para ser uma linda festa, na maioria dos bailes virou um antro de prostituição descancarada e drogas correndo a solta.
Isso ninguém vê, pune. Acha tudo normal. Não se perdeu no tempo o significado do carnaval, só trocaram o nome que antes era deleite dos prazeres.
Quando era jovenzinha fui a um salão de carnaval em São Paulo, eu queria só brincar com meus dezesseis anos, mas sempre acompanhada com uma leva de parentes. Para mim era uma brincadeira de quem cantava e gritava mais. Quanta inocência!
Depois de nove meses quantas crianças nasciam, mas hoje está pior. Que pena! Uma festa tão linda que hoje vem com uma "aliada" para nos envergonhar.
Nada contra! Gosto não se discute.
Bom carnaval.

Lua Singular

Não vendo poesias, doo sonhos



Cansada de vender poesia em livros colocados no meu pequeno brechó, resolvi passar o negócio para frente e com uma mala cheia saí a esmo doando lindos sonhos.
Para cada transeunte escrevia um sonho e como recompensa ganhava cada dia mais inspirações a olhar aqueles rostos tristes e, numa folha de papel escrevia um belo sonho que possivelmente aconteceria se a pessoa acreditasse nele.
Assim fui vagando o mundo, conhecendo muitas pessoas sofridas e a elas doava um sonho, não era um sonho qualquer e sim de força, garra e fé. Continuava caminhando. 
Depois de um ano resolvi voltar perfazendo o mesmo itinerário da ida e, qual não foi a minha surpresa, pois na casa de cada um que doei um sonho ele se concretizou e foram muitas alegrias.
Sou filha abastada de um rico industrial e não via graça naquele jeito de viver cheio de "etiquetas", foi por isso saí doando sonhos e como fiz muita gente feliz, resolvi escrever um livro de sonhos e doar a quem precisasse de um pequeno objetivo para viver feliz.
NÃO HÁ DINHEIRO NO MUNDO QUE PAGUE O SORRISO COMO RECOMPENSA DOS NOSSOS ATOS.


Lua Singular

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ó linda estrela



Tu és uma linda estrela
Que ao brilhar no céu
Clareia meu coração
Nas noites quentes de verão
No inverno sinto frio
Queria aquecer-me a ti
Como isso é impossível
Sonho e me enrolo contigo
Acordo estremecido
Pois na areia vi um clarão
Pensei que eras tu
Mas era uma linda mulher
Que na Terra irei amar
Diz a minha sã mente
Mesmo com outro amor
Nada irá comparar
Ao teu brilho
Ó linda estrela

Lua Singular