quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

AVISO



Queridos amigos

Eu fechei os comentários por tempo indeterminado
Estou com problemas de saúde e pelo jeito
Vou ter que operar os dois pés
A dor é muito grande e preciso de repouso
Quando sarar voltarei aos comentários
Desculpem o transtorno
Obrigada


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Beijos na boca



Beijo na boca é caminho mais curto para enlouquecer
Escorrega como um foguete para a loucura do prazer
É labareda que apaga e acende a cada toque de mãos
É a vida, como o capim que prolifera tal os corrimãos

Ó malvado tempo que desarrolhou minha sutil beleza
Murchou meus lábios enrugados absortos na saudade
Quebrei os espelhos para não ver os estragos da vida
Hoje, meu amor lê o jornal, vê mocinhas lindas, chora

Choro sua dor era tão lindo e declinou como o bambu
O sorriso amarelado por conta do cigarro e pelo tempo
Acabou a vida fogosa comigo,ora do tempo que passou

Chegamos no ápice da velhice e a separação foi doída
Sem dinheiro nos colocaram em asilos fétidos diferentes
Assim é a vida quem beijou lindeza, hoje vomita feiura


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O lugar onde morava



Dói até a alma quando recordo a mamãe chorando
Quis morar na capital, fugi numa noite sem estrelas
Com algumas economias peguei o trem e cheguei onde queria
Aluguei um quartinho e fui procurar um emprego, sem estudos.
Fui parar num bar perto da rodoviária, o dinheiro acabava rápido
Saí às ruas pra fazer programas para pagar o aluguel, não dava
Acabei no Bordéu da vida, sem escolhas, enojava de mim mesma.
Ah! Quantas saudades dos verdes campos, da pequenina casa,
Do fogão à lenha, o milho verde assado na brasa e cansada dessa vida que não era minha
Voltei arrependida pros braços dos meus pais que me acolheram com carinho
Minha cama limpinha, o trabalho na horta e a carroça que me levava à cidade
Onde vendia tudo ou trocava por alimentos e roupas
Encontrei meu antigo namorado, contei minha vida na capital
Ele me amava e nos casamos e hoje digo que a felicidade estava aqui
E fui jogar uns belos anos da minha juventude no lixo.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Crônica: Tristeza no seu olhar



Ao ver seus olhos azuis senti que saíam deles tristezas sem fim. Por que uma beleza morta? Que foi feito com essa garota que a tristeza mora no seu olhar? Talvez o abandono e, não satisfeito fui conversar com ela.
Menina, o que aconteceu para ter tristezas no seu olhar? É a dor da perda moço, respondeu a garota e foi aí que entendi que os oceanos dos seus olhos eram tristes.
Estava só no mundo e me contou: numa fuga de navio, esse começou a afundar, eu gritava por minha mãe que o oceano engolia, não via meu pai e irmão. Eu agarrada numa tábua chorava meu desespero e as ondas sem dó me empurravam com força. Já cansada, quase perdendo as forças uma onda forte bateu em meu corpo e me jogou numa praia deserta.
Agora vivo perambulando por aí até que encontrei o senhor. Levei-a para casa, minha esposa adorou a menina que depois de fazer uma refeição saiu com a esposa Viviane casada com Artur seu marido que a encontrou na praia à deriva.
Foi feita a adoção, quase tudo nela mudou: seu visual a transformou numa linda garota , mas que carregava no olhar a tristeza: uma dura herança ao ver o oceano azul engolir sua família.