Vovô era um homem muito
sábio, apesar de não ser muito letrado, aprendeu a ler praticamente sozinho,
tamanha era a sua vontade de ser um contador de "causos" e,
conseguiu.
Ganhou um caderno velho
e grosso do seu compadre e todos os dias, meio que às escondidas no seu quarto
com a tramela fechada, escrevia seus "causos" que estavam acumulados em
sua mente durante muitos anos.
Um dia seu neto pediu ao seu avô que lhe contasse um "causo".
Tá bom, meu neto, vou
contar:
Paulo, um jovem
sonhador e com família morta estava à beira de um riacho tentando pescar um bom
peixe para o almoço, nisso sua vara tremeu e foi difícil puxar, chegou até
entrar num pedaço do rio. Um enorme peixe falou-lhe para que tirasse a
fisga. Sua boca era grande e sangrava, fiquei com medo, pois nunca tinha visto
um peixe daquele tamanho. Mas mesmo assim eu retirei.
Ia sair da água de medo
quando ele me disse: não vou lhe fazer nenhum mal, você é um jovem de sorte,
pois eu fui mandado para encontrar a esmo, mesmo porque não enxergo; um noivo para se casar com uma princesa e
se ela gostasse casaria com ele.
Vou abrir a boca, ela
está cheia de diamantes, pegue-os troque por dinheiro, compre lindas roupas e
um lindo navio.
Ela estará esperando
por você no seu castelo, ela é linda e meiga, mas se não gostar dela terá o
direito de voltar.
Com o navio em
auto-mar, balançando e tão nervoso que estava, então, o capitão
tentou tranquilizá-lo: vá dormir um pouco. Quando ele pegou no sono chegou o
capitão foi acordá-lo e Paulo comentou: já chegamos.
O castelo era lindo e
tudo em volta era enfeitado de rosas vermelhas, uma maravilha. O que foi
combinado com o capitão que quando chegasse no castelo teria que beijar a noiva
na boca.
A porta se abriu, ele
ficou até meio tonto com tanta beleza e era o dia do seu casamento, um vinha de
encontro com o outro, Paulo bambeou as pernas, pois a noiva era horrorosa, mas
mesmo assim beijou-a na boca, sentiu um hálito tão gostoso que continuou
beijando até que alguém deu um toque em seu ombro e, quando Paulo olhou para a
noiva desmaiou...logo voltou a si. A princesa era linda.
O casamento aconteceu
com todas as pompas que merecia uma princesa com seu futuro marido o príncipe
Paulo.
A felicidade reinou
naquele castelo, pois Paulo não era de brincadeira, deveria ser do Brasil, sua
princesa tinha um filho por ano.
Aí, o neto perguntou ao
seu avô; lá tinha muitas cegonhas?
Ah! Vá brincar
pirralho.









