quarta-feira, 27 de abril de 2016

A paixão tem prazo de validade



Não tenhamos pressa de crescer, namorar, beijar e se apaixonar. Pronto viu como foi rapidinho e agora? Agora é aproveitar, casar, ter filhos e fazer muito amor. Pense que a paixão vai acabar um dia, portanto ame, mas ame muito até se exaurir.
Quando os filhos ainda forem pequenos os levam para passear, deixe-os cansar muito e na hora que caírem na cama. Viva, a paixão e o amor farão morada num só cômodo.
Não precisam sair fora do normal, pois quem faz isso não ama e o amor sobrepõe a paixão em todos os aspectos: na saúde, na doença e acrescento na velhice.
Cuidem que seus filhos tenham muito amor, trabalhem muito para lhe darem estudos e boa alimentação. Levem-os à escola de carro, pois hoje criança corre perigo.
Não chorem muito quando eles, já homens e mulheres se forem solteiros ou casados, eles têm suas vidas. Os abençoem.
E agora, os dois sozinhos, a paixão está perdendo o prazo de validade, não se importe e pense que é assim com todo mundo. Esporadicamente a paixão aparece, vão curtindo os belos momentos.
Belos momentos mesmo são tudo que fizeram na vida, de vez em quando façam mentalmente um retrospecto em suas vidas e virão que a vida valeu a pena, apesar dos percalços da vida.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Menina mulher


menina mulher


Menina moça és amiga das flores
Transpõe-se bela menina a mulher
Uma triste indecisão e não quer
Mas se faz necessário não chores

Tu serás sempre uma linda mulher
Perfumadas essências vais buscar
No lindo jardim que fez na varanda
Seu amor Jorge devagarzinho chega

Chega para beijar teus lindos lábios
Jorge envolve os braços nos cabelos
Desliza as tuas mãos no teu belo colo

Adeus mocidade, hoje já sou mulher
Casada, feliz com dois "petit enfant"
À alegrar o nosso lar com malmequer


sábado, 23 de abril de 2016

Onde encontramos a felicidade?




A honestidade e a sensatez são adjetivos essenciais para termos muitos momentos felizes, pois felicidade plena não existe, mas são nos momentos felizes que encontramos a essência da vida: o amor.
O amor mais duradouro é aquele que nasce na simplicidade e comunga o bem querer e cuidados com o outro, fazê-lo sentir feliz, protegido e amado para sempre. É essa segurança que faz um casal ser ponderado com seus filhos e quando eles já jovens chegarem com suas namoradas esconder a pontinha de ciúmes para que a concórdia e o bel prazer permeiem a vida de todos.
O equilíbrio é essencial e temos que fazer um retrospecto da nossa vida e relembrar que nós passamos por isso. Devemos repartir o amor e não afastá-lo por bagatelas.
Cada um tem seu tempo de glamour e quando a velhice chegar, aceitá-la e pedir a Deus que nos conserve ainda saudáveis, tudo vai depender do nosso modo de viver. Os que não tiveram vícios e cuidaram da saúde foram primordiais, oxalá a velhice seja outra boa etapa da vida.
Então, é na simplicidade, vida regrada que encontramos a saúde do amor na velhice, ou seja a felicidade.


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Discreta solidão





A casa vazia, sentada numa cadeira de balanço, mas ainda muito jovem, um aperto no peito, eram as lágrimas querendo jorrar dos meus olhos. Tentei segurá-las, mas foi impossível e uma enxurrada de lágrimas desceu em meu peito. Estava só. Era a dor da solidão.
Tinha tudo: casa no campo bonita, ajudantes, mas me faltava o essencial: o meu amor que num dia fatídico, voltando para casa, seu carro rodopiou na estrada e caiu num barranco. A morte lhe sorriu.
Levanto sorrateiramente da cadeira e o que vi fora de casa me entristeceu mais: a noite chegando nublada, a lua com pressa de dormir nem me viu, olhei ao redor e vi que o nada me fazia companhia e, pela primeira vez resolvi jogar fora toda essas tristezas que me sufocavam.
No lindo banheiro, tirei bem devagar minhas vestes, o espelho refletiu minha bela silhueta, passei a mão pelo meu corpo e vi que ele estava vivo, entrei na banheira e ao sair tinha um propósito: quero viver. Peguei meu carro e fui para a cidade, tinha uma amiga, me recebeu feliz e aí perguntei: onde vai tão linda? Ao baile, fomos as duas.
Ela dançava muito, solidão passava longe dela e enquanto pensava alguém tocou meus ombros: vamos dançar? Assustei, era Jorge um amigo de infância, nos abraçamos e começamos a dançar, senti o cheiro do pecado, ele olhou pra mim e de leve beijou meus lábios. Abraçamo-nos  mais forte, pois o desejo nos ligava.
Disse a ele: venha conhecer minha casa, subimos no carro e saímos da estrada, ele nada falava, abri a porta, entramos para o amor e hoje a casa é barulhenta de tantos filhos. Adorava crianças.
Tranquei a solidão numa gaveta e joguei a chave no rio.