desassossego
Meu
desassossego leva-me a te procurar em caminhos tortuosos, sem brisa, flores,
sem nada. Amarro minhas desilusões e mergulho dentro de mim mesma, procurando
saber onde foi que errei.
Não
consigo te esquecer, foste embora deixando meu coração machucado. Preciso te
encontrar, minha vida sem ti nada vale, vou acelerar os passos, do contrário a
noite me pega com minha linda borboleta. E pegou...Uma noite escura com um
quarto de lua sonolenta, tentando acordar as estrelas para que eu não me
perdesse na escuridão. O meu sono foi mais forte.
Acordei
com uns pequenos raios do alvorecer, minha borboleta aflita de medo e fome.
Cuidei dela e seguimos adiante. Entramos por um campo colorido de flores de
todas as espécies. O frio endurecia meus ossos e meus passos chegaram
lentamente a um casebre. Entrei nele, quase vazio estava, mas em cima do
fogão a lenha havia: leite e café quentinho e fora da taipa um cheiroso bolo de
fubá. Comi e bebi deles. Adentrei mais um cômodo com uma cama feita com esmero de folhas de palmeiras. Deitei com a borboleta.
De
repente ouço passos, fiquei a tremular de medo, meu corpo virou uma enxurrada
de suores e, sem conseguir guiar meus pensamentos, você apareceu: minhas vistas
foram escurecendo e só fui acordar perto de um riacho com suas margens floridas
e eu deitada em seu colo. Olhou para mim e me beijou.
Num
estalo de dedos, meu corpo incendiou feito brasa, ali mesmo nesse cenário deslumbrante
nos amamos.
Só o amor da sentido à vida