Quem terá um amor infinito?
Em prosa eu digo veemente: muito poucos
Na juventude tudo é belo
Vêm os beijos, abraços e promessas
De um lindo amor eterno
Filhos começam a nascer lindos e
espertos
São sete bocas para comer
Daí vêm as brigas entre o casal
desorientados
A mulher tem faxina por fazer
As crianças vão pra creche lá elas se
alimentam
Onde foi parar o amor infinito?
Morreu na ignorância, pois nem tudo são
flores
O estômago vazio dói a fome
E muitos não tendo o que comer, sem
emprego, roubam
A vida do casal e filhos enrola
Começam então a colocar seus filhos para
adoção
Seus castigos doem muito
Pais perambulam pelos asfaltos na
mendicância
Filhos revoltados ficam na Febem
E o amor infinito? Morreu
Na ignorância