sublimar
Como
posso estar sozinha nessa sublime natureza, ela está escurecendo e o cheiro do
mato me entorpece de prazer. Não vejo o céu, claro, uma nuvem escura veio
prenunciar chuva.
O caminho
era seguro, de repente senti um vento gelado no meu corpo, estava com roupa de
verão e uma garoa muito fina caía molhando eu e todo verde.
De
repente duas asas grudaram em mim e num esvoaçar já estava beijando todas as
árvores dessa natureza sublimar. Parecia um pássaro no seu primeiro voo. Senti
medo, pois grossos pingos caíram em mim, a chuva encorpou e com minhas asas
molhadas batendo incessantemente, nada adiantava eu iria morrer. Nisso dois
grandes pássaros me levaram para um abrigo. Que encantamento! Parecia o
Paraíso: crianças, jovens e velhos todos vivendo juntos numa enorme tenda.
Ninguém comia nada e perguntando disseram que anjos não comem, sobrevivem de
bondades. Achei lindo!
Nisso
mamãe me acordou de madrugada e lhe contei o sonho. Que sublime sonho, meu
anjo! Agora é hora de dormir. Beijou-me como de costume, demorei para pegar no
sono.
No outro dia na escola, na aula de português escrevi essa pequena crônica e tirei nota dez, apesar da professora saber que meu forte era matemática.
No outro dia na escola, na aula de português escrevi essa pequena crônica e tirei nota dez, apesar da professora saber que meu forte era matemática.