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Há quanto tempo cá não venho, por vezes choro a sua
ausência. Aqui fizemos uma promessa de amor eterno, casamento e filhos. Hoje
aqui chego vejo só essas lindas flores que juntos apreciávamos muito.
O céu está estrelado, uma branquinha separada das
outras pouco brilhava. De repente começa a chover, uma chuva miúda onde as
flores coloridas tomavam aquele banho gostoso e perfumado.
Por que você aqui não voltou mais? Nenhuma
resposta. De repente a lua sonolenta deu uma parada olhou pra mim, as flores
balançavam, uma chuva de granizo caía nas flores despetalando-as todas. O que
estaria acontecendo? O sol me reconheceu e, na sua tristeza tanta emudeceu e se
apagou. Virou um breu. A lua estava dormindo um sono pesado e não acordou. Por
que tanta choradeira, daí uma estrelinha de longe me deu um sinal: apagava e
acendia. Entendi.
Meu amor havia morrido e me esperava no céu, a
estrelinha branca era ele, aí debulhei num choro doído, adormeci.
Acordei com alguns raios solares e pensei, estava
tão cansada caí num sono pesado. Subindo o morro florido era ele, meu
amor(sonhava sua morte). Corremos e nos abraçamos. Então perguntei: Você vinha
todo pôr do sol aqui para me beijar e fazer juras de amor e, de repente sumiu,
o que aconteceu?
Aí ele me disse que adoecera e os médicos lhe deram
quinze dias de vida. Não quis que chorasse, mas temos um Deus lá no céu que
queria que fôssemos felizes na Terra. Chorei, mas como chorei, me abraçou pediu
licença as flores e apanhou uma entregou-me beijou meus lábios e disse: daqui a
três meses iremos nos casar, agarrei no seu colo e um beijo longo aconteceu.
Hoje juntos com nossas duas meninas subimos o monte
colorido onde nasceu o nosso amor.