domingo, 30 de maio de 2010

Felicidade, emenda constitucional?




Fiquei estupefata quando abri a porta de casa e ouvi a seguinte notícia na televisão: Felicidade poderá virar emenda Constitucional, como a dos Direitos Humanos. Que horror!
Felicidade, emenda? Felicidade é cultivada por nós, dia após dia durante a nossa vida. Para ser feliz não precisamos morar em grandes mansões e termos contas bancárias recheadas pelo mundo. O que diferencia o pobre do rico é que a felicidade parece gostar mais das pessoas simples, honradas e de bom coração e que,com certeza, têm mais momentos felizes assim como: jogar uma pelada num campinho abandonado; ter tempo para conversar com seus filhos, dando exemplo de dedicação e hombridade; tomar uma cervejinha com os colegas; jogar conversa fora saber ouvir; cantar; sorrir e sorrir muito.
A felicidade não pode ser uma imposição Constitucional, não sei de quem saiu essa idéia absurda que felicidade tem que ser direito. Ou você é ou não é feliz. Depende do seu modo de viver, o de buscar dentro da sua alma o seu querer ser feliz.
Felicidade é querer; é sonhar; é realizar; é acreditarmos em nós mesmos que somos capazes de vencer as dificuldades para atrairmos a tal felicidade.
Se os senhores doutores da verdade quiserem ser felizes e terem os seus nomes perpetuados para estudarmos na História do Brasil, criem uma emenda Constitucional para agregar nossos irmãos favelados à cidade. Pois eles por serem pobres e negros e não tendo onde morar com dignidade, vivem amontoados em grandes favelas e, não havendo oportunidades de um bom trabalho e de uma educação de qualidade irão, com certeza, caírem nas drogas, assaltarem e matarem os mais afortunados.
Tenho vergonha em saber que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil em várias sedes e, se a final da Copa for no maior Estádio do Mundo, o Maracanã, no Rio de Janeiro, vai ser uma humilhação para nós, pois quando os “gringos” virem esta cidade, que é considerada a “Cidade Maravilhosa”, rodeadas de favelas, vão se decepcionar com a crueldade que fazem com a população menos favorecida. Portanto, fazer da felicidade uma emenda Constitucional é o mesmo que obrigar os “poderosos” cumprirem os Direitos Humanos, pois nem esses são respeitados pela maioria dos parlamentares; por isso é que são infelizes.
É tempo de eleições, qualquer absurdo como esse, é olvidar que somos pessoas inteligentes e de bom discernimento.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Profissão professor




Há muito tempo perdeu-se num emaranhado do leis o orgulho de ser professor. Mal pago, mal visto, mal vestido, mal amado, caminha o professor a passos lentos.
Numa sala de aula hesita ao entrar, olhos fixos no relógio, mas...é o professor. Num dado momento:
"-E aí fessor, outra vez essa "p"... de lição?
Ele, cabisbaixo, tenta passar seu conteúdo e, sem sucesso, senta desanimado. De repente alguém grita:
"-Qual é fessor, pra que a gente precisa da escola? Não vamos ser nenhum dotor? Deixa eu ir ao banheiro. Vou dar um rolé".
Essa é a realidade da maioria das escolas de hoje. O desrespeito com o professor veio vertiginosamente do sentido vertical.
Não vejo expectativa de se resgatar essa profissão nos dias atuais, haja vista, que mudou-se toda uma geração e o professor ganhou outra alcunha: babá.
Vejo num futuro não muito distante o professor em sala de aula, em equidade com os alunos: boné de lado, trancinhas, chinelos de dedo, camisa regata, mini-saia, etc...discutindo:
"E aí fessor, hoje ganhei muito mais vendedo erva que o fessor o mês inteiro...(rindo)".
Onde está a profissão professor? E o salário digno, para que nós, ao menos, sejamos respeitados? A profissão professor ficou presa nos direitos das crianças e dos adolescentes. E os nossos direitos? Escoaram pelo ralo?
O Brasil, como a maioria dos países "emergentes", caiu num "abismo social" que considero irremediável.
Pobre povo brasileiro!

escrito em 1998.

sábado, 22 de maio de 2010

Um sopro de morte




Ninguém deve ter medo de morrer. É apenas uma passagem a que todos nós vai acontecer. É a única justiça, absolutamente perfeita, pois irão passar por esse túnel: ricos, pobres, brancos, negros e toda a massa humana e os seres vivos.
 Fica a indagação sobre a morte, quando não é abrupta e sim pacientes hospitalares, em caráter irreversível. O que passa na consciência dessas pessoas que mesmo em estado de coma, ainda que pouco, possa discernir o que está acontecendo? Pensa? Talvez.  Lembram-se do que fizeram no decorrer de suas existências? Feriram alguém com perversidade? Traíram a confiança de outrem? Ocultaram maldades e querem se redimir?  Mas como? Elas não conseguem se comunicar com ninguém. Pode ser que quisessem pedir perdão, beijarem seus filhos, seus pais e dizerem até breve.
 Portanto, façamos o melhor de nossas vidas, sem humilhar os mais fracos, ajudando sempre que possível os mais necessitados, tanto no campo material como espiritual, para que na hora da nossa morte, não fiquemos aflitos e tenhamos uma boa serenidade para chegarmos ao nosso fim.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Discrepância Social Brasileira





Vivemos num mundo de absoluta desigualdade social e, por infelicidade, está o Brasil nesse contexto vergonhoso.
Somos na sua maioria de mestiços, pobres, desempregados ou com funções subalternas vergonhosas,ganhando o insuficiente para nossas necessidade. Infelizmente temos a televisão e assistimos a podridão política,onde os mais despojados subjugam as nossas inteligências. Dão maus exemplos de corrupção.
Esses exemplos vão se alastrando à maioria muito pobre e sem nenhuma esperança de uma vida digna,caem nas drogas e violências: matando, roubando, envergonhando-nos, pois muitos são pobres, mas honestos.
Os ricos quase nunca são julgados culpados pelas falcatruas; trafegam em carros blindados, contratam seguranças e suas mansões são gradeadas, com medo da violência que eles mesmos patrocinaram.
Já os pobres, coitados, quando apanhados, muitas vezes, são açoitados por alguns maus policiais, que por muitas vezes os levam à morte.
Quando os pobres são julgados,quase sempre são culpados e, com certeza,se houvesse pena de morte no Brasil, todos seriam exterminados, dando lugar apenas a maioria rica e mesmo assim, nosso Brasil seria pequeno para eles e não tendo mais a quem trucidar, iriam exterminar-se mutuamente. Seria o fim do que poderia ser um bom exemplo de país.