terça-feira, 5 de abril de 2011

Mulher da cor do pecado


Mulher negra da cor do pecado, da cor do café
Quem é que não gostaria ser amado por ela?
 Não precisa se lambuzar de maquiagem
Sua beleza é irradiante e bem natural

Sua pele é aveludada que inveja qualquer mulher
Seu corpo é bem esculpido, sua boca é só paixão
Seu andar é malicioso, seu sorriso é nuvem branca
Seus cabelos encaracolados a deixa mais sedutora

Seu odor se mistura com um perfume raro
Que enlouquece muitos homens
 Quando vai fazer amor
Explode como um vulcão

O homem que tiver o privilégio de ter essa mulher
Seu sossego acabará para sempre
Seus ciúmes doentios poderão maltratá-la
E ele correrá o risco de perdê-la
Para outro, aí, irá endoidecer

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Meu amor


Quanto estou bem perto de ti meu amor
Quero beijar-te até perder o fôlego
Meu corpo queima de tanta paixão
Nunca me deixes ou morrerei

Se um dia tu deixares de me amar
Nunca digas nada por favor
Pois irei enlouquecer
de saudades de ti

Quero teu corpo, tua alma e teus beijos
Todos os dias do meu  viver
Se me abandonares numa solidão
Serei um vagabundo a vaguear pela vida

Vida que não valerá a pena ser vivida
Meu corpo que antes era belo
Definhará e tu não irás reconhecê-lo
Que por amar-te demais perdi
O meu viver

Eu gostaria de ter sido uma índia antes de 1500



Eu gostaria muito de ter sido uma linda índia
Bem antes da chegada dos carniceiros com Cabral
Não teria roupas para lavar nem passar
As minhas vestes seria o meu lindo corpo natural

Enfeitaria meu rosto lindo com tintas do campo
Dançaria com alegria numa roda bem grande
Enfeitiçaria o índio mais corajoso da tribo
Pra que com ele pudesse me casar

Brincaria com meus filhos nos rios despoluidos
Meu alimento seria muitas frutas, peixes e águas cristalinas
Não teria que cozinhar e nem lavar tantas louças
E no meu aconchego amoroso inexistiria lençóis brancos

Não conhecendo dinheiro não seria gananciosa
Viveria feliz na minha choupana com minha família
De repente acordo dos meus lindos pensamentos 
Estou no ano 2011 e tenho que trabalhar para sobreviver

sexta-feira, 1 de abril de 2011

N'um outro plano espiritual

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Nesse dia primeiro, há doze anos, às vinte e duas horas
Meu inesquecível pai entrava para o plano espiritual
Com uma serenidade inigualável
O acontecido me deixou muito entristecida

Chorei lágrimas sofridas durante doze horas
Não desgrudava do seu caixão
Quantas tristezas e quantas emoções
Meu peito doía a dor da sua leveza pro infinito

O tempo passou assim como passa o meu viver
Mas nada nesse mundo me faz  esquecê-lo
Ele foi o meu alicerce de amor e honestidade
E não há um dia sequer que eu não me lembre
DELE
A saudade ainda é muito grande e me faz sofrer
A pensar que sua vida inteira se preocupou comigo
Estou hoje aqui dizendo a todo mundo
Como eu amo VOCÊ, meu pai!

SEU
NOME
SIMPLESMENTE
MARTIM