sexta-feira, 20 de julho de 2012

Meu melhor amigo


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Tu foste o meu tesouro e melhor amigo
Acolheste-me em teu peito e me amaste
Me chamavas de meu lindo tesouro
Que te retribuo com triste saudade

Era peralta, briguenta e me defendias
Para ti eu nunca estava errada
Fez a minha infância uma fantasia
Por que não dizer um conto de fadas

O tempo passou tua criança cresceste
Bateu asas para longe e choraste...
Precisava andar com meus próprios pés
Consegui nesse mundo muitas realizações

Agora preciso me despedir de ti, meu amigo
Não quero atrapalhar o teu lindo sono
Aí de cima tu irás um dia me encontrar, ai...
Para poder te dizer com amor: te amo pai

O que tu mais gostavas...


Teu jardim de rosas vermelhas
Que pereceu na tua ausência

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terça-feira, 17 de julho de 2012

Antes que a paixão acabe


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Descobri a paixão era jovem garota
Que sentimento... Era pura loucura
Dois corpos em erupções frequentes
Formando um rio de lavas incandescentes

Pena que a paixão é como a lava a escorrer
 Se amorna aos poucos e outras quer conhecer
Em meio a tropeços à querer diferentes paixões
Até acharmos a alguém que se ama com ilusões

A união é como um um lindo sonho, o casamento
Deixa os dois ávidos por muitas paixões eternas
 Jovem amadurece se torna mãe e perde o momento
As loucas paixões vão se esvaindo, só filhos apenas

Mulher paixão antes vaidosa se torna mulher dever
Cabelos desleixados, afazeres à cumprir e se esquece
 O fruto da paixão nasceu, agora ela não mais a apetece?
Acorda mulher! Paixão e amor se unem num só viver...

sábado, 14 de julho de 2012

Declaração de amor


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Pare, feche os olhos e pense na dor
Sinto saudades tuas, foste viajar longe
Vou fazer-te uma declaração de amor
Antes vou entrar no teu corpo de frente

Olhe em meus olhos saudosos que brilham
As lágrimas tão azuladas que se debulham
Num rio de lágrimas, mas conseguirei falar
Amo-te meu amor, a distância vem me abalar

Não há um minuto que eu me esqueça de ti
A casa está vazia, plantas morrem tua ausência
 Só em tuas mãos ficavam viçosas, não tem essência
Do teu corpo a me abraçar e selar um beijo aqui

Na escuridão do quarto, procuro um raio de luz
Assustada fico com o relâmpago, faço sinal da cruz
A porta se abre sorrateira e numa fração de segundo
Voltaste sem avisar: parabéns amor: é teu aniversário


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Carlos Drummond de Andrade


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Numa vida de romantismo e inúmeras emoções
Teus poemas, versos e crônicas nos levam ao além
Iremos buscar-te, à trazer teus sonhos de ilusões
Para bebermos tua vida , teus poemas também

Teus livros muito lidos nos sufocam de saudade
Pois deverias ser imortal e não matar nossos sonhos
Numa praia linda e deserta, poucos te veem, Andrade
Ah! Quanta maldade, meu poeta, eles são medonhos

Faço minhas refeições engasgando-me nos teus versos
Cada estrofe, coração partido em várias desilusões
Mas também sorrisos de alegrias e amores dispersos
Voando teus livros em massa, aliviando emoções

É noite e só o pôr do sol chora e te faz companhia
Não poetisa, não sente, não chora, vives nos corações
Dos poetas que virão e tu, viverás em nossa sabedoria
Teus livros, com certeza, guardarei num canto de paixões


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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Nosso ninho


Boa noite- 715

Desde criança quis morar na copa d'uma árvore
Deixei logo de ser criança, outras ilusões procurei
Mas algo dentro de mim aflorava como uma saudade
Do tempo d'um sonho infantil, e não olvidava a árvore

Já mais jovem, em férias, fui procurar o sonho perdido
Caminhei a esmo, à noite, numa praia vazia, a brisa gelada
O vago silêncio sufocava meu peito, a lua estava se pondo
Não via estrelas no céu, anunciava a presença da chuva

Começou a chover, chuva miúda a molhar meu corpo
Era lua cheia e podia-se ver nuvens a caminhar no céu
Chuva começou a ficar forte, um rápido vento veio gelado
Caí na areia, molhando minha alma, uma mão me ergueu

Fiquei atordoado ao ver tamanha beleza numa só mulher
Sua mão era tão quente que a fornalha embebeu todo meu ser
Ao levantar-me meio atordoado, vi umas árvores belíssimas
Com suas mãos, ergueu meu rosto e vi um ninho de almas

O perfume natural dessa mulher me estonteou, desmaiei
Ao acordar, ela com seu sorriso malandro quis me beber todo
Dois corpos que se fundiram em um só, depois eu adormeci
Acordei, ela não estava, desci a árvore, procurei-a como doido

Já cansado de procurar a única mulher dos meus lindos sonhos
Adormeci na areia, acordei cansado,a praia deserta sem ela
Algo me acordou, assustei era algo batendo nos meus ombros
Levanta: ela não é terrena, morreu afogada na praia serena