terça-feira, 6 de novembro de 2012

Esperando você





Ah! se eu pudesse fechar os olhos e ao abri-los encontrar uma deusa maravilhosa a minha espera, num mundo paradisíaco cheio de beleza e magia. Iria amar-la infinitamente, nadar nesse lago azul, enfeitado de verde nas margens, jogar-la nas águas cristalinas, desmanchar seus cabelos, selar um beijo com o gosto de maçã e imergir para amá-la.

Depois do amor, pegar sua mão, caminhar todo esse paraíso enfeitado de pássaros, árvores de outono, à busca de flores, não apanhá-las, mas dizer: desculpe minha deusa, adoro flores, mas você é a mais linda de todas que existem nesse lugar. Nesse momento as flores choraram e ao perceber esse choro de ciúmes completei: No meu mundo não existe flores mais lindas do que vocês. As flores sorriram.

Ah! Se eu pudesse dormir nessa relva ao pôr do sol abraçadinho com você, olhar o horizonte colorido e dar adeus ao crepúsculo do anoitecer, fechar suas pálpebras, acariciar seu rosto lindo à contar as coloridas estrelas do céu? Depois do amor, encostar sua cabeça no meu ombro e adormecer. Sonhar sonhos lindos até o alvorecer.

Chegou o amanhecer, os raios solares ofuscavam meus olhos, com o sol já quente e eu abraçado a um tronco murmurava: meu amor, como a amo. Ouço sorrisos dos serviçais da fazenda, abro os olhos vagarosamente e pergunto: O que aconteceu? Aí, um menino esperto responde: seu sonho deve ter sido muito lindo, pois saiu da sua cama e veio nadar no açude. Aí, que me lembrei: eu sou sonâmbulo.


Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mergulhei nos teus sonhos




Mergulhei no rio dos teus sonhos
Beijei teus lábios e adormeceste
Viajando por dentro do teu corpo
Cheguei aos teus loucos sonhos

Nadei num rio vermelho e quente
Tamanha correnteza, quase afoguei
Vi teu coração acelerado, entrei
Mas, não aceitou, jogou-me fora

Nadei mais um pouco cheguei no cérebro
Teus sonhos estavam todos emaranhados
As células do amor ao me verem sorriam
E um turbilhão de magia, calou minha dúvida

Já cansada dessa viagem no teu corpo, saí
Acreditei, teus sonhos eram todos meus
Sutilmente acariciei  teus lábios; acordaste
Ao me ver disseste: amor, sonhei contigo


Dorli Silva Ramos

domingo, 4 de novembro de 2012

Um reencontro com a vida




end_of_summer_bu_r...


Porque vivo a reclamar da vida
Se estou aqui vendo tamanha beleza?
A paisagem linda que não tem cor aos cegos?
E nesse vaivém vou me negando ser feliz?

Minha consciência, me perdoa minha agonia
Perdi meu amor por outra mulher...
E aqui venho maltratar o espetáculo da natureza?
Não, jamais farei mais tamanha afronta

Agora só quero pensar em balançar minha sorte
Sou linda, perfeita e quero viver esse esplendor
Sentir o perfume da natureza, beber o orvalho das plantas
E nesse alvorecer, sentir o sorriso da chuva a me molhar

E quando a roupa molhada grudar no meu sinuoso corpo
Me sentir mulher à conquistar outro amor
Que irá me enfeitar de flores e coloridas e paixões
Quando voltar a balançar, vibrar o sorriso da vida

Dorli Silva Ramos

sábado, 3 de novembro de 2012

Meu lindo sonho!





Estava cansada da labuta diária dos afazeres de casa, quando um sono profundo pesou sobre minha cabeça, quase não deu tempo de deitar na cama. Apaguei dessa vida sofrida e me vi num lugar diferente do nosso mundo, quase tudo era azul , só via flores azuis.
Eu estava vestida com um lindo vestido azul, meus cabelos escorriam pelos ombros e a minha frente um jovem com umas roupas esquisitas, olhava para os meus olhos com uma força magnética, fiquei  estática e, num ímpeto me beijou. Assustei-me e ele disse que me amava, que foi me buscar para ser a rainha da sua vida num mundo onde não haveria mortes e nem rangir de dentes, era uma vida de felicidades para sempre, iriam ter muitos filhos para começar a povoar esse mundo.
O véu que colocava na cabeça simbolizava a ternura e o amor eterno que teria por mim e todos os nossos descendentes.
Fomos morar numa caverna, assustei e pensei...uma caverna? Mas quando adentrei era um castelo de grande suntuosidade, uma beleza indescritível. Lá dentro tudo brilhava a ouro. Nós não precisaríamos trabalhar, pois nunca sentiríamos fome e, me abraçou, me beijou, me possuiu. As crianças iam nascendo, muitas de cada vez e não demorou muito tempo esse mundo estava povoado com lindas mulheres e jovens. Parecia o recomeço do mundo.
Nesse mundo cada mulher tinha seu homem para amar, respeitar e ser respeitada por ele, lá só existia amor e muitas flores azuis. Foi quando de repente acordei com um som: mãe, acorda, a senhora está bem? Fiquei brava com as crianças.
Deixe-me dormir mais um pouquinho, quero sonhar outra vez. Impossível.
Não contei a ninguém do meu sonho, mas como seria bom se todos nós, humanos, vivêssemos num mundo onde só existisse o amor.

Dorli Silva Ramos