quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Prenúncio de chuva




Hoje não houve o crepúsculo do entardecer
Nuvens escuras prenunciam chuva
Aves desesperadas à procura de abrigo
Eu aqui sentada, jorrando lágrimas de amor

Um vento gelado soprava meu rosto
Uma chuvinha fina molhava meu corpo
A relva sorria a chuva, mas chorava minha dor
Meu corpo gelado olhava o cenário obscuro

A chuva caía mansa e meu coração em sofreguidão
Cansada, suada de tantos sofrimentos inúteis
Foi nesse lugar que marcamos nosso encontro 
Mas ele nunca virá aqui, só eu sei o motivo

Vesti-me de branco e do céu desceu um anjo
Era ele, o meu amor que estava n'outro plano
Segurou em minha mão e voamos ao infinito
A relva ficou com ciúmes, mas saúda nosso amor

* * * * *

Minha participação
Em Contos e Prosas
Dorli Ramos ( Contos )


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sufoco de paixões




Visto-me de vermelho, a cor da paixão
Fico à espera do meu amor pra brindar
Brindar nosso imenso sufoco de paixões
Coração palpita, pernas a tremular

Combinei um par de asas vermelho
O tempo está propício para o amor
Nuvens escurecendo, vento a assobiar
Meus cabelos desalinhados pela ventania

Meu amor chega, me beija, pega sua taça
Do vinho bebemos o beijo e a paixão a saciar
Nada para em pé, adentramos ao quarto
Nesse, concretizamos a paixão que me delira

Somos dois desvairados de paixões ardentes
Depois do amor, a calma que envolve a alma
Duas pessoas que se amam de forma doida
Se um dia a paixão acabar, que será do amor?

* * * * * 


Vejam minha participação
Nos Contos e Prosas
do Vendedor de Ilusão
Dorli Ramos ( Conto )

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ser poeta





O poeta entra na sua iluminada imaginação
Voa todos os espaços pequeninos que encontra nela
Para disseminar alegria, amor, ilusão ou comoção
Deixando reluzir todo o encanto do seu versejar

Suas poesias nos encantam ao ler suas magias
Deixando-nos impregnados com lindos devaneios
Sonhamos, choramos, rimos com seus escritos
Mas sempre embebemos dos seus versos a nos seduzir

Poetisa sonhos vividos e muitas vezes imaginários
Faz desabrochar em seu coração a beleza dos detalhes
Detalhes de um amor que se concretizou ou se calou
Deixa-nos emocionados e faz brotar em nós, lágrimas

O leitor fica alucinado para saber o final da poesia
Deseja ansiosamente que o mesmo seja de alegria
Mas, nem sempre o derradeiro é o que esperamos
À vezes, o poeta nos presenteia com amor ou desilusão

* * * * *


Vejam minha participação
Nos Contos e Prosas
do Vendedor de Ilusão
Dorli Ramos ( Conto )

sábado, 8 de dezembro de 2012

O feitiço...





Estava numa floresta densa
Quando ouvi um barulho: estremeci
O medo tomou conta do meu ser
E na imensa escuridão da floresta vi

Uma linda meia sereia que me encantou
Muitas estrelas tomavam conta dela
Quando quis me aproximar e tocá-la
Todas as estrelas me agarraram

Então ouvi a voz da sereia: deixa o jovem
Ele não tem culpa da minha praga
Uma malvada bruxa me transformou
Numa meia sereia para nunca mais amar

Quando vi o reluzir e sinuosidade do seu corpo
Enlouqueci, como um cavalo selvagem ataquei
Agarrei a linda sereia, peguei-a no colo
Nos jogamos no rio, seu encanto sumiu

Ao sair do rio já não tinha o mesmo brilho
Mas o brilho do seu olhar me enfeitiçou
Beijei seus lábios sedentos de desejos insanos
Virei seu homem e você minha única mulher

Dorli Silva Ramos