Ah! se eu pudesse sumiria da cidade
Para morar
num casebre à beira d'um rio
Onde eu e
meus familiares pudéssemos sorrir
Na tranquilidade de uma vida sem desamor
Uma vida
simples, um fogão a lenha e um casebre
Iria rodeá-lo de lindas flores do campo coloridas
De todos
os tipos, cores, tamanhos e fragrâncias
Plantaria
na beirada da estrada flores vermelhas
A relva
verdinha, fresquinha de orvalho do alvorecer
Um rio
enorme para poder nadar com toda família
Depois do
jantar, ver aparecer o crepúsculo do entardecer
Onde o verde
dos morros seria intenso para um belo reluzir
Os raios do pôr do sol ofuscando meus olhos dizendo-me adeus
Sentado em
qualquer canto fora da casa viria um espetáculo
Extasiado ficaria a ouvir o coaxar dos sapos, o trilar dos grilos
Uma brisa
gelada molharia meu corpo deixando-o gelado
Vindo
atrás uma forte chuva. Ah! pulava no rio à nadar
São essas
pequeninas coisas que todos nós poderíamos ter
Se os
homens se amassem, se respeitassem e se tolerassem
Mas,
infelizmente, esse lugar fica num canto do meu cérebro
Porque na
realidade não posso viver de sonhos, mas o real dói