No limiar da minha demência
Desvairado fiquei ao vê-la
Tão linda,
olhos penetrantes
Meus
devaneios desmiolaram
Meu corpo
ferveu de loucuras mil
Vou
desenrolar essa longa trança
Beijar
cada fio dos seus negros cabelos
Jogá-la no
chão e beber sua paixão
Desnudou-se
de todo brilho artificial
E na nossa
insipiência nos amamos
Nesse
desatino amei seu disparate
De
trejeitos de bela mulher aloucada
Nesse
contra-senso de irreflexão
O
despropósito tomou conta de nós
Nessa
alucinação de doidices obcecadas
Juntos vivemos
a insanidade do amor
Dorli
Silva Ramos