domingo, 3 de março de 2013

No limiar da demência






No limiar da minha demência
Desvairado fiquei ao vê-la
Tão linda, olhos penetrantes
 Meus devaneios desmiolaram

Meu corpo ferveu de loucuras mil
Vou desenrolar essa longa trança
Beijar cada fio dos seus negros cabelos
Jogá-la no chão e beber sua paixão

Desnudou-se de todo brilho artificial
E na nossa insipiência nos amamos
Nesse desatino amei seu disparate
De trejeitos de bela mulher aloucada

Nesse contra-senso de irreflexão
O despropósito tomou conta de nós
 Nessa alucinação de doidices obcecadas
Juntos vivemos a insanidade do amor


Dorli Silva Ramos

sábado, 2 de março de 2013

Meu amor por ti...



OcAABHjintHT-IzKw...


Meu terno amor por ti
É maior que o Universo
É normal, belo e apaixonante
O silêncio do olhar exala amor

Sentem ciúmes as flores
A relva agradece abraçá-los
O sol explode uma vontade louca
De te amar aqui mesmo no solo

Beijo teus lábios sedentos de amor
Coração bate forte no peito
Sinto um calor que aquece a face
Vejo seu rubor avermelhado...

É tão fácil viver em felicidade
Não deixe o tempo correr
Pare mais nos momentos felizes
Acelere nas dores e tristezas

Quando a noite chegar devagar
As estrelas brilham mais
Saber que ainda existe...
Um amor lindo como o nosso

Não deixe o tempo desgastar
Esse amor que por batalhas passará
Lembre-se que em cada etapa
O amor só muda de " cor "


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 1 de março de 2013

Amar é...




Amar é estar vivo
Ter alguém para amar
Dividir nossos problemas
E também as alegrias

Amar é saber esperar
Engolir lágrimas na despedida
Sentir batidas do coração
Dar um aceno com a mão

Amar é a espera do outro
É saber dos desencontros
Nas encruzilhadas da vida
É sonhar a felicidade

Amar é resignação doída
Houve a despedida
É ter a leve esperança
De um novo amor

Amar é beijar o filho
É sorrir pro seu papai
É escancarar um sorriso
Que bela criação!


Dorli Silva Ramos

Alucinação!!





Não sabia se estava dormindo ou acordado
Mas tu mulher povoaste meu pensamento
Essa luz ofuscante me chamava perto de ti
Não conseguia nem falar, estava em choque

De repente tudo escureceu, apareci perto de ti
Olhou-me com desdém de mulher além de gostosa
Uma forte atração prendia meus pés no chão firme
Tentava chegar perto de ti, mas não conseguia andar

Consegui me locomover, me aproximando da jovem
Beijei teu colo, ela se derreteu toda, beije-a muito
Beijei a tua boca, senti um odor fétido de catacumba 
Então, apavorado percebi que beijava um fantasma

Tentava correr, minhas pernas pareciam de chumbo
Queria muito gritar, minha voz não saia nenhum ruído
Caí no chão, comecei a me debater como um desvairado
Senti um sacolejo: calma amor, teve uma alucinação


Dorli Silva Ramos