quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minha sina...



Ó lua, só tenho a ti nesse meu vazio
Todas as noites aqui te espero
O dia para mim é um calvário dorido
Todos me chamam de bruxa...

Viro peixe quando quero nadar
 Sou mulher sensível e quero amar
Mesmo sabendo ser uma bruxa
Sobem o morro para me explorar

Meu corpo sai fumaça de tanta paixão
Muitos querem respirar a fumaça
O meu corpo só aceita quem me ama
Mas como ninguém gosta de mim...

A minha sina lua é ficar só no teu reflexo
Até que as estrelas resolvam chegar
Para brilhar o universo e minha amargura
De não ter pra quem dar meu coração

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 4 de junho de 2013

Mulher da cor do pecado (reedição)



Mulher negra da cor do pecado, da cor do café
Quem é que não gostaria ser amado por ela?
 Não precisa se lambuzar de maquiagem
Sua beleza é irradiante e bem natural

Sua pele é aveludada que inveja qualquer mulher
Seu corpo é bem esculpido, sua boca é só paixão
Seu andar é malicioso, seu sorriso é nuvem branca
Seus cabelos encaracolados a deixa mais sedutora

Seu odor se mistura com um perfume raro
Que enlouquece muitos homens
 Quando vai fazer amor
Explode como um vulcão

O homem que tiver o privilégio de ter essa mulher
Seu sossego acabará para sempre
Seus ciúmes doentios poderão maltratá-la
E ele correrá o risco de perdê-la
Para outro, aí, irá endoidecer

Dorli da Silva Ramos

Teus olhos...



Teus lindos olhos brilham tal estrela
A mais cintilante estrela no céu
Os teus são os meus olhos para o céu
Que me enfeitiçaram o coração

Quando me olhas sinto um calafrio
Irradias raios incandescentes e enlouquece
Todo meu corpo perdido por ti
Não suporto, te aperto em meu peito

Mulher, quem foi que fez este teu olhar?
Que faz meu sangue ferver nas veias
Minhas pernas bambearem de emoção
Amparo-me em ti e beijo teu olhar

Desço meus lábios que alcançam os teus
Que num bailado infinito apressa
Uma louca paixão descendo sorrateira 
Alcança o prazer sem o seu olhar

Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nosso casebre de amor( reedição )



Foi nesse casebre de amor que eu e Rosinha
Após o enlace matrimonial fomos morar
Ela era uma linda jovenzinha inexperiente da vida
E eu um garotão louco de paixão

Esse casebre ficava no sítio do meu pai
Que com sua infinita bondade nos cedeu
Para um início de vida que seria de muito amor
Grande dignidade e muito trabalho

Os anos iam passando e o que mais queríamos na vida
Não chegava: Seriam os filhos
Rosinha era estéril e não poderíamos dar nosso amor
As belas crianças a correr pelo campo
A nos chamar de papai e mamãe

Sonhávamos um sonho lindo sem riquezas
Mas rodeados de amor e, o tempo passou...
Um dia, por um milagre, nos foi confiado
Um lindo bebê que havia perdido a mãe
Num parto muito complicado

Aquele lindo bebê é um "dotor"sim "sinhô"
Trabalhamos muito pra lhe dar um diploma
Hoje está bem casado e não se esqueceu
Dos seus velhos pais adotivos amados

Hoje somos bem velhinhos sem mais aquelas paixões
Melhoramos nosso casebre de amor
Somos hoje felizes do nosso jeito simples
Resmungando por qualquer coisinha
Essa foi uma vida bem vivida

Dorli Silva Ramos