quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A vida é como um ipê (miniconto)


 Antes de nascermos somos verdinhos e ficamos bem quentinhos dentro do ventre de nossas mães, somos nutridos pelos alimentos que elas ingerem e vamos nos formando até chegarmos o momento do nascimento.
 Ao nascermos temos a pureza do ipê branco, nossas brincadeiras são sem malícias e sutis. Passamos uma boa parte da nossa infância sorridentes, puros como a neve.
 Na bela juventude somos destemidos como o ipê rosa, tudo é natural, sorrisos e muitas "paquerinhas"; conhecemos o beijo leve e o andar de mãos dadas. Tudo é festa, não temos problemas e sorrimos à toa.
 Já na maturidade conhecemos o amor e a paixão, somos os ipês amarelos, mais responsáveis nas nossas decisões; procuramos o parceiro ideal para nos casarmos, assim o amor se perpetua com o nascer dos nossos filhos.
 Rapidamente chegamos no ápice da nossa vida e, já velhos começamos a recordar das proezas que fizemos em todas as fases da nossa vivência. Ipê branco, ipê rosa, ipê amarelo e ipê roxo.
 Assim, a vida é um presente de Deus, saibamos viver com sabedoria e amor todos os dias do nosso viver.


Dorli da Silva Ramos

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A força e a determinação(miniconto)



 Eu sou tal como a bromélia com força e muita determinação, muita coragem para viver nesse mundo desumano e de desencantos. Sou vermelha por dentro, pois sangue corre em minhas veias, mas tenho uma alma branca que sabe perdoar.
 Depois da rosa vermelha que queimava todo meu corpo juvenil, vejo a bromélia como segurança, agarro-me no tronco de um amor sutil, paciente e verdadeiro.
 Ah! Como é bom viver com intensidade, aproveitar bem todas as etapas da vida, saber viver com dignidade e simplicidade e muita sensibilidade à ouvir lamentos.
 Depois vem as saudades e as boas recordações, por ter conseguido retirar todos os espinhos do caminho e vencer com força, garra e muita determinação.
 Obrigada, meu Deus pela vida que ainda continua...



Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 16 de setembro de 2013



 Ninguém precisa subir a pé uma montanha para mostrar que tem fé. Ele sabe que dentro de cada coração dos seus filhos têm que fazer morada esse nobre sentimento, fundamentado no espelho d'uma família cristã que sabe ensinar aos seus filhos os Mandamentos de Deus e nas aflições e percalços da vida, olhar para dentro do seu coração e saber que a fé existe, mesmo nas piores tribulações de vida.
 Até Jesus foi tentado no deserto pelo demônio, por quarenta dias e sobreviveu sem comer . Se Ele foi tentado, quantas vezes somos tentado a nos desviar do caminho certo, mas a fé é a maior força intrínseca que temos em acreditar sempre, às vezes, até no impossível, pois para Deus nada é irrealizável se mantivermos acesa a fé em nossos corações.
 Portanto, não desanimemos nos problemas que todos passamos aqui na Terra, pois com fé conseguiremos chegar num lugar mais alto que o topo da montanha, chegar pertinho de Deus.

Dorli Silva Ramos
Minha participação na comemoração dos 3 anos do Blog da Rosélia.

domingo, 15 de setembro de 2013

Olhos verdes



Estes teus olhos verdes
Olharam os meus com paixão
Acordou em mim loucuras ardentes
Dominaste meu pobre coração

São pedacinhos de esmeraldas
São a mansidão das florestas
Raio de luz ultrajou meu corpo
Impregnou-o como um fiapo

Meu corpo trêmulo arde de prazer
Na louca vontade de te possuir
Está difícil aguentar, mas vou dizer
Vou levar o pensamento a fluir

Esses ímpetos de eloquências
Dilaceram minhas entranhas
Teus olhos verdes são demências
D'um belo corpo que assanhas

Dorli Silva Ramos

sábado, 14 de setembro de 2013

Solidão( readaptação )




 Fico perambulando pela imensidão da minha casa; procuro no meu quarto alguém para conversar, mas minha companheira já foi para o plano espiritual. Dói meu coração esse imenso vazio que me invade, procuro em outros quartos os meus filhos, mas eles não moram mais aqui, já se casaram.
 Foram quatro filhos que tive com minha amada e, eles nem sequer dão um telefonema, então, começo a me perguntar a todo instante: que fiz eu da vida para ficar tão só?
 Desço as escadas e sentado em uma ladeira fico a recordar que tive uma família feliz e tudo me tiraram: minha mulher que amava tanto, meus filhos que me abandonaram neste mundo.
 Mas, logo chegará o dia dessa solidão terminar, irei reencontrar meu grande amor e não ficar nessa cruel solidão que me consome dia após dia.

Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

VIVER É UMA ARTE ( reedição)


a primavera - Sandro Botticelli
Uma obra de arte custa cara, às vezes, milhões de reais. Mas por mais cara que ela seja, é sempre possível comprá-la. Há porém, uma obra de arte que não tem preço, que não pode ser comprada por dinheiro algum. Essa obra de arte é a pessoa humana.

É você...
Lua Singular

A ARTE DE VIVER

 Guy de Maupassant, literato francês, era um mestre do CONTO. Perguntaram-lhe, um dia, qual era o segredo para fabricar uma história, um conto de valor. A resposta veio, pronta:
   - Deve ter um bom começo e um bom fim!
   - Mas, e no meio? O que se coloca entre este início e final?
   -No meio deve estar o artista- respondeu Maupassant.
  Não apenas os atros de cinema ou da televisão, não apenas os hábeis manejadores da pena ou do pincel, todos quantos podemos e devemos ser os artistas da vida.
  Uma das arte mais difíceis, sem dúvida, é a arte de viver. Arte que não se improvisa e que exige longo árduo aprendizado. Morrem legiões, sem terem aprendido seu a-bê-cê.                
  Essa vida, pela qual somos os responsáveis, não nos é dada feita, prontinha como um programa de televisão, que podemos apreciar, sem muito esforço pessoal, refestelados confortavelmente numa poltrona...
  Cada qual constrói e molda sua vida, dissipando-a ou valorizando-a. Podemos fazer dela uma obra-prima ou uma caricatura.
                                          
           Roque Schnneider 

Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Amor ágape



  O maior amor ágape é aquele que Deus sente por todos nós e por tudo o que Ele criou. Esse amor é verdadeiro, eterno e incondicional. Ele sabe até quando conseguimos aguentar a aporia da vida e, vendo que o fardo está nos sendo pesado, vem nos buscar numa viagem para viver no paraíso.
 Outro amor ágape é o da maioria das mães que dão suas vidas, se preciso for, para salvar seu filho, que por muitas vezes, condenado a sofrer d'uma doença incurável até a sua morte. Muitos pais com esse eterno amor se juntam as mães para chorarem e orarem juntos pela cura do seu ente querido.
 É esse amor ágape que circula nos acidentes por todo o mundo. Se pudéssemos colher todas essas lágrimas jorradas por parentes de vítimas daria para inundar a Terra e os bons boiariam até os céus ao encontro de seus filhos, pais, amigos, enfim, de todos que morreram e faz nossa alma doer.
 E o amor dos animais, que muitas vezes, amamentam e cuidam de filhotes que não são seus, dando-lhes carinho e proteção e nos faz ficar com vergonha de nós mesmos que não toleramos uma simples dor de dente? Saímos xingando até Deus por algumas bagatelas da vida.
 Vamos pensar no sofrido amor ágape que abalou a Terra, o amor da mãe de Jesus, que todos sabem da história, está na Bíblia Sagrada para que muitos que são saudáveis e, por ignorância, praguejam suas vidas.

Dorli Silva Ramos

Minha participação na comemoração dos 3 anos do Blog da Rosélia  

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

E o tempo não para( miniconto)




 Tudo na vida tem um princípio, um meio e um fim, o tempo urge e a hora não espera, a vida é muito curta para ficarmos nos atropelando mutuamente. Vamos traçar um itinerário cheio de expectativas com a ajuda de quem mais nos ama: nossos pais.
 Quando somos crianças eles fazem tudo por nós e gradativamente temos que nos desgarrar deles, temos que ter vontade própria para vencer na vida. Não é fácil, infelizmente temos que ser o melhor. Mas como ser o melhor? Se dedicando com afinco aos estudos, as ideias e as grandes proposituras, pois não se vive só de sonhos, temos que fazê-los acontecer e só acontecerão se corrermos atrás do lucro.
 E quanto ao amor? Escolher seu parceiro(a) certo, que se unem aos grandes ideais comuns, pois a vida passa rapidinho e, sem percebemos já vivemos o nosso tempo produtivo, só nos restando boas ou más recordações. Tudo vai depender de nós. 

Dorli da Silva Ramos

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Meu amor: perdoa-ame


casamento-com-lavanda
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 Oh! Meu amor, perdoa-me se por muitas vezes não beijei teus lábios como antigamente quando éramos jovens; perdoa-me por não abraçar-te mais por muito tempo; perdoa-me de não dizer-te: amo-te; perdoa-me por não levar-te à passear no jardim à noite e contar as estrelas, como fazíamos no começo do nosso casamento.
Nossa vida virou uma rotina, nasceram os filhos, eu fazia amor contigo sem te beijar, sem querer saber se sentias prazer, perdoa-me por muitas vezes te fazer infeliz quando saía à urgia com outras mulheres e tu ficavas a chorar em companhia de nossos filhos.
 O tempo passou eu não conseguia nem mais olhar pra ti; fiz de uma linda jovem um farrapo de mulher sem amor; perdoa-me por muitas vezes chamar-te de velha e feia e tu corrias para o banheiro para chorar tua solidão.Nossos filhos choravam meus maus tratos contigo e com apenas cinquenta anos adoeceu e eu berrava na cozinha: por que tu não morres mulher? Quero uma mulher mais jovem para satisfazer meus desejos. Silêncio total, ao entrar no quarto te vi branca como uma cera, caí em mim que tu estavas morrendo e debulhando em lágrimas gritei: meu Deus! O que fiz do meu viver? e  sentado na cama tu olhaste pra mim e eu te perguntei: tu me perdoas? Ela não conseguia falar, só balançou a cabeça que sim e morreu.
 Meus filhos me odeiam e com razão e, num dia chuvoso peguei uma mala velha e estou até hoje a mendigar nas ruas um pedaço de pão. Esse é meu castigo aqui na Terra, mas todos os dias eu falo baixinho: mulher: perdoa-me.





 Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Os últimos escritos inacabados...



                
 Hoje, depois de alguns anos vivendo numa solidão que até agora machuca o meu coração, deu-me uma saudade muito forte do meu amor que depois de vinte anos de feliz união, sofreu um acidente de carro e não resistindo, deu apenas para ouvir o balbuciar dos seus lábios ensanguentados: eu a amo, fechou os olhos dormindo para sempre. 
 Minhas lágrimas de dor jorravam e beijei pela última vez aqueles lábios, senti o gosto do seu sangue.  Foi o que me deu forças para continuar minha jornada, deixou dois filhos para eu terminar de criá-los, ainda bem que uns pedacinhos dele ficaram impregnado nos nossos filhos e na minha mente.    
 Saudosa, hoje reli meus últimos escritos, geralmente escrevia à noite, mas aquele dia fui escrever à tarde aproveitando que meus filhos estavam na escola e meu amor viajando:

  Meu querido diário:
 Desculpe-me, hoje não vou conversar com você à noite, pois estou muito só e meu coração está um pouco pesado, sinto calafrios e não sei o que está acontecendo comigo, parece que algo diferente vai acontecer.
 Hoje estou feliz, pois meu amor foi viajar e me prometeu trazer de presente algo inusitado, não queria dizer, pois seria uma surpresa. Sabe, eu não vejo a hora que ele volta, pois meu corpo pede o seu, é uma loucura nosso amor e paixão.....Espere um pouco estão tocando a campainha...

 Depois de tudo consumado peguei uma rosa vermelha coloquei nos últimos escritos que ficaram inacabados, guardei- o numa caixa e, hoje quando fui abri-la a rosa estava murcha mas consegui sentir o seu cheiro. Chorei de saudades...

Dorli Silva Ramos
                               

domingo, 8 de setembro de 2013

Choro contido



 Estou aqui, solitário, olhando essa imensidão de oceano, com lágrimas nos olhos, pois perdi a pessoa que mais amava. Ela é linda, a fiz sofrer por minha estupidez, trocando-a por outra que conheci há pouco nessa mesma praia. Estava todo empolgado por essa joia de olhos verdes que me seduziu e me  fez desmanchar um noivado de dois anos. O casamento estava marcado para daqui a três meses.
 A joia de olhos verdes só me usou e o meu dinheiro, ela estava de férias, gastei muito com ela, depois sem dizer adeus foi embora.  Quanta "burrice" a minha, deixar a mulher que amava pela empolgação de uma vadia.
 Tentei procurar atar com minha ex-noiva, marcamos um encontro na praia à noite. Minha esperança era que ela me perdoasse e qual foi a minha surpresa quando vi ao longe um casal de mãos dadas vindo a minha direção. Meu Deus! Era ela linda como uma princesa com aquele biquini vermelho que tanto gostava, passou por mim olhou-me e vi uma lágrima cair dos seus olhos. Sumiu praia afora.
 Que foi que eu fiz de nossas vidas? Destruí minha vida e a dela também. Daqui pra frente dois jovens que vão viver por viver.  Que dor!
 Olhei o céu, estava nublado, comecei a debulhar lágrimas e a gritar de dor, quando senti uma mão no meu ombro. Era ela, a minha amada que me abraçou chorando dizendo que me perdoava e naquele momento selamos um beijo interminável.

Dorli Silva Ramos


sábado, 7 de setembro de 2013

Ah! Esse amor



 Ah! Esse amor que enlouquece, refrescando a paixão no vaivém das brancas ondas do mar, um abraço para se ouvir as batidas aceleradas dos nossos corações apaixonados. Um beijo molhado com os respingos d'águas salgadas, aproveitando que o sol foi dormir, nos entregamos nessa louca paixão dentro do mar.O mar sorriu.
 À noite chegou e as estrelas vieram clarear o céu meio nublado e acordar a lua só para ver o nosso amor. A lua dos apaixonados nos deu uma piscadela e continuou seu andar sonolento. De repente, o céu escurece, as estrelas parecem apagar e uma forte chuva cai no mar. Corremos praia afora para nos proteger e as ondas  furiosas batiam na praia e chorosas ficaram, pois estavam sós.
 A chuva grossa virou um chuvisco, as ondas se acalmaram e borbulhavam tranquilas a quebrarem na praia. O susto passou e nos entreolhamos, ele me pegou no colo e nos jogamos no mar, outra paixão e já extasiados das nossas loucuras voltamos para o carro e ainda molhados voltamos para casa. Foi a nossa primeira noite de núpcias.
 Ah! Esse amor faz loucuras inimagináveis...


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Quase primavera...



 O inverno aqui onde moro é bem ameno, está chegando a primavera, não da pra ver nenhuma mudança, principalmente nos campos que deveriam começar a florir perto dessa estação. As flores do campo precisam dar lugar a cana de açúcar, as Usinas são a alavanca da cidade, dando muitos empregos tanto ao corte de cana como serviços internos. Aqui nós temos boias frias advindas do nordeste para o corte da cana.
 Quando era pequena não tínhamos quase nada, mas esse nada floria nosso coração, onde víamos os campos floridos, as fazendas verdinhas, os gados pastando, pouquíssimos carros. Meio de transporte por aqui era o trem movido a lenha( o famoso Maria Fumaça) e outro elétrico, bicicletas, carrocinhas e os taxistas usavam as charretes como meio de transporte.
 A maioria dos habitantes tinha nas suas casas, grandes quintais com galinheiro, verduras, legumes, frutas, dos quais se alimentava, havia no ambiente uma sinfonia de pássaros lindos e coloridos à bicar nossas frutas e verduras, fazia-se necessário colocar papéis brilhantes. À frente das casas havia grandes jardins onde pegava dos campos mudas de variadas flores e plantava com amor e em pouco tempo estava florido. Os beija-flores sugavam o néctar adocicado e, eu ficava ali parada tentando pegá-los na mão. 
 Na primavera era gostoso andar pelas ruas da cidade, algumas ainda não pavimentadas, mas ninguém ligava, pois o colorido enchia nosso coração de amor.
 Nas encostas dos terrenos via-se muitos chiqueiros de porcos e meu único trabalho: levar água para os porcos e aproveitava para rastejar na grama par ver ninhos de passarinhos, olhava os filhotes, mas logo tinha que sair, colhia abobrinhas e pegava ovos dos ninhos. 
 Não é saudosismo, mas viver num lugar onde cada um sabia da sua camada social, não havia roubos, crimes, raiva e nem inveja, já era uma Benção de Deus. Todos éramos felizes, pois tínhamos as quatro estações do ano bem definidas, sem fagulhas de cana queimada à respirar. 
 A primavera que logo se inicia, algumas árvores e flores cultivadas, não têm o mesmo brilho das flores naturais. Nas estradas vê-se alguns ipês saudosos que choram a solidão do colorido e o perfume da sutil primavera.





Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Partida



 Estou partindo no alvorecer, antes que tu acordes, pois nosso amor não pode dar certo se tu em sonho falas o nome de outra mulher, ainda em sonho me beija com loucura e tenta fazer amor comigo contra a minha vontade. Acordo-te aos berros. Assusta... O que foi? Estava delirando? 
 É nessa tristeza que estou fugindo de ti e de mim mesma, vou caminhar até me encontrar, quero me perguntar se eu mereço viver nesse dilema, pois apesar de amar-te, jamais irei satisfazer os teus caprichos.
 Eu mereço ser amada por um homem que vê em mim qualidades de mulher apaixonada, pois não posso viver na sombra de outra mulher que nem conheço.

Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O dia amanheceu sorrindo( miniconto)



 O dia amanheceu sorrindo e com ele o prenúncio da primavera para encantar corações desfeitos por um amor mal acabado, que nesse dia se costuraram as amarguras que acometia a duas pessoas que se amavam com muita intensidade. As flores sorriram.
 Duas bocas a se unirem num beijo abrasador, um abraço forte quase a esmagar corações que sorrindo começam a bombear sangue para as veias e, não tendo mais espaço explodem de prazer.
 O sol começou a brilhar entre as frestas da janela daquele quarto perfumado de amor e paixão e as janelas sem vergonhas se abriram para aplaudir esse recomeço de amor, que com certeza, agora seria para sempre.
 Pelas janelas o casal pode ver singelas flores azuis viçosas no seu esplendor, que foram saudadas pelo belo casal e pela brisa que molhava suas pétalas sutis.
 E para completar toda essa felicidade, os sabiás vieram pousar na janela para soltar seus lindos gorjeios.
  

Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Mulher bonita


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Mulher bonita ama seu corpo
Mesmo sem o colorido das fotos
É exigente nos contornos
Teu olhar tem brilho no escuro

Teus lábios delineados atiçam loucuras
Que fantasiam doidas paixões
 Negros cabelos cobrem colo com posturas
Seu pensamento povoa com canções

Magoa sem dó quem a ama com muito ardor
Não quer ninguém para dividir seu amor
Ficará na triste solidão, não amarás ninguém

O tempo urge e murchará teu lindo rosto
Teu olhar perderá o viço das flores
 Belos lábios murcharão para teu desgosto

Dorli Silva Ramos

Sonhos de criança ( miniconto )




  Lindos sonhos tinha Júlia quando era menina; caminhava só, pelos campos verdinhos, conversava com as flores, sonhava com príncipes e queria ser uma linda fada encantada.
 Voaria pelo universo à consertar o mundo, não deixaria crianças sofrerem e chorarem, quando por infelicidade ficassem órfãs e jogadas em qualquer canto sem amor. Suas enormes asas debulhariam alimentos a todos que sofressem a fome; voaria entre os campos floridos à rastejar suas asas no orvalho gelado.
 Um dia, Júlia cresceu e, outros sonhos permearam seus pensamentos, virou uma linda e graciosa jovem com uma bondade enorme no seu coração. Lembrava de seus sonhos de criança e dizia: uma fada...
 De repente veio o amor ao seu encontro, sutilmente a fez uma linda mulher feliz.



Dorli Silva Ramos

domingo, 1 de setembro de 2013

Eu não vivo sem ti



 Queria poder dizer que não te amo mais, mas meu coração é malandro e mudo, só fala o contrário, não queria ficar contigo a vida toda, pois sou muito jovem, mas eu não vivo sem ti.
Nunca ninguém fez meu coração palpitar na hora do beijo, mas o teu amolece minhas pernas, sinto-me frágil como uma criança e tu fazes de mim o que quiseres.
 O teu cheiro peculiar me arrepia toda, sinto-me aquecida como um forno, então venhas apagar este fogo que me consome em delírios loucos e depois me deixas frágil como uma borboleta indefesa, pois quero sentir teu coração junto ao meu para toda a eternidade num abraço sem fim.
 Tu satisfaz meus dengos de adolescente, corre comigo pelos caminhos sombrios do meu viver, me embala no teu corpo nu e me cobres de carinhos inimagináveis.
 Eu queria poder dizer que não te quero mais, quero viver minha vida jovem com minhas amigas, tomar sorvete e correr na chuva sem nenhum compromisso contigo, mas não consigo me desgrudar de ti, pois tu és o ar que respiro, minha doce ilusão e minha paixão.
 Eu queria poder dizer que não te quero mais, mais a minha voz sai o contrário: eu te amo.

Dorli Silva Ramos

sábado, 31 de agosto de 2013

Aroma de mulher



Eu sou a chuva que te molha de amor e paixão, a lágrima que rola teu rosto até teus lábios e me bebe, o vento que desalinha teus cabelos perfumados, o mar que borbulha contigo nas suas ondas, o orvalho que cai da rosa vermelha e a seguro nas mãos para umedecer teus lábios, o a libido que acorda tuas entranhas efervescentes, as mãos suáveis que escorregam no teu corpo sedutor, os lábios que beijam tua boca, a pele macia que enrola em teu corpo, sou a nudez que te embriaga, sou a tua época d'um longínquo passado, a cama que deitas na solidão, a música que te faz lembrar de mim, o amor que só existiu na tua imaginação.


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O último olhar



Foi meu último olhar para ti
Condenado por um crime de amor
Que não cometeu sozinho
Nós nos apaixonamos

Eras único filho d'um milionário
Ao saber do nosso amor
Uma jovem bela mas sem posses
Não a queria como sua nora

Eu vi quando o carro partiu
Teu olhar viu o meu
Pude sentir tuas lágrimas
Se misturarem com o teu suor

O avião decolou eu chorei
Meu coração dizia pra eu chorar
De repente um estrondo
Ao longe o fogo ardia alto

Não, não sobrou nada do avião
Foi aí que vi teu pai chorar
Foi minha culpa, agora o que faço?
Olhei para ele e disse: chore!

Dorli  Silva Ramos