sexta-feira, 26 de julho de 2013

Meu destino...



Meu destino é andar sobre as águas
Até encontrar a lua no infinito
Quando estou chegando bem perto
Seu reflexo some das águas

 Não tenho fome, nem sede, só angústia
Quanto mais perto fico dela
Muito mais longe a lua fica de mim
Será o destino dado a mim?

Cansada de caminhar as mornas águas
Deito-me nas mansas águas do mar
Ouço murmúrios, alguém perto à sussurrar
Vou desfazer seu destino em duas luas

Passado duas luas do meu destino senti frio
Um vento forte levou-me para longe
Caí desmaiada no colo quente d´um amor
Beijou meus lábios e comigo foge

Falou baixinho: eu a amo...


Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Rosa Vermelha (reeditando)




No lindo jardim da vida
És a mais bela, mais sutil
Tua cor assemelha ao sangue
Que é vida e nos da prazer

Viva a rosa vermelha
Sacudindo os sonhos perdidos
Vigorando o amanhecer

Rosa,rosa, eis que és aveludada
Tal qual a pele de um bebê
Se murchares virão outras
Que saudades terei de ti!

Nos jardins da vida
Um dia irei te encontrar
Os meus olhos brilharão
Como brilha o teu encantar

Nessa poesia te enobreço
Pois rosas são como o tempo
Morre uma rosa hoje
Para ressurgir outra amanhã

Um buquê de rosas vermelhas
Irei sempre admirar
Pois sempre irei recordar
E rever-te.Oh! Rosa vermelha
Bela e aveludada

Na minha sonolência eterna
Tu e outras virão me velar
Mas a que segurarei na mão
Serás tu rosa vermelha e aveludada


 Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Perdoe-me (reeditando)



Perdoe-me por muitas vezes não lhe dar atenção
Perdoe-me por fazer amor contigo sem beijá-la
Perdoe-me por deixá-la inúmeras noites sozinha
Para cair na urgia com outras mulheres da vida

Perdoe-me por não de dizer que a amava muito
Nosso casamento esfriou e caiu numa rotina cruel
Perdoe-me por você ter me dado lindos filhos
De joelhos, perdoe-me não ter ajudado a criá-los

Perdoe-me se lhe fiz uma mulher infeliz e amarga
Era linda no altar e lhe prometi amor e fidelidade
Perdoe-me por ter sido um péssimo e egoísta marido
Procurando amor lá fora e ele estava aqui em casa

Você já foi para um plano espiritual sem dizer adeus
A lembrança me corrói as veias do meu coração
A casa está vazia sem você e os filhos não me visitam
Triste fim o meu, chorando lhe peço meu perdão

Perdão meu amor!



Quem já foi para o outro plano espiritual, não tem o poder de perdoar, só Deus poderá perdoá-lo pela sua insensatez.

Dorli Silva Ramos

Hipocrisia



 Você não precisa ir a nenhuma feira para comprar suas máscaras da hipocrisia, porque elas estão dentro da sua mente doentia, enganando-se diariamente e a cada dia a troca como se troca de roupa. Mas essa máscara só tem odor fétido para você, pois ninguém é totalmente desprovido de inteligência que não saiba quando estão sendo usadas por você e milhões de pessoas, se é que podemos chamá-las de pessoas.
 Como dizia Abraham Lincon: " Você pode enganar uma pessoa por muito tempo, algumas pessoas por algum tempo, mas não consegue enganar a todas as pessoas por todo tempo".
 A partir desse pensamento, você que tenta enganar os outros cria vergonha nessa cara deslavada e vá cuidar da sua saúde, pois sua alma já deve estar no caminho certo. Às vezes me deixo enganar, só para ver até onde vai a hipocrisia de uma pessoa e, tenho vontade de dizer-lhe: não subestime a inteligência dos outros, pois perto deles você é ainda um bebê.
 Agora pergunto a todos vocês: será que precisamos engolir sapos para viver? Na minha garganta não passa, pois ela estreitou, e ela não foi feita para esse fim.
 Muitas vezes, da vontade de entrar no pensamento dos hipócritas para sentir o gostinho irônico que têm quando estão perdendo seu tempo "maquinando" como subir na vida sem a ajuda de Maquiavel.
 Portanto, que ninguém tentem me enganar, pois há dias que não me da vontade de sorrir.

Dorli Silva Ramos

terça-feira, 23 de julho de 2013

Meu blog é popular...


Víctor Farat

MEUS ANTIGOS VISITANTES
MUITO OBRIGADA PELAS SUAS VISITAS
EU CONTINUO ESCREVENDO
PARA VOCÊS

BEIJO NO CORAÇÃO

Lua Singular

Brincando com as palavras



Os fragmentos esmagam o chão
Com torrente de sangue que é paixão
Minha prosa fica cheia de risos

Na boca com murmúrios da difícil matéria
Gesto de preeminência ao inverno
Com traços de minhas coxas em luta

Com a frieza do gelado chão
Grudei como um ímã no meu dócil
E querido amor


Dorli Silva Ramos


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Rabiscando o amor




 Você era tão linda quando nos casamos, de repente veio a doença e você paulatinamente foi se definhando até a morte. Foi um ano de felicidade e três de sofrimento, vendo sua beleza se desfazendo e sua alma querendo me deixar. Perdi o emprego, pois faltava muito para não deixá-la sem minha presença.
 Conversava e declamava lindas poesias de amor, você esboçava um sorriso amarelo, pois sabia que iria me deixar. E deixou: de seus olhos desceram suas duas últimas lágrimas, bebi delas, beijei seus lábios já gelados, pois a morte lhe sorria.Fechou os olhos para sempre, coloquei a cabeça no seu peito e seu coração não batia mais e gritei: Perdi minha Tereza, perdi minha vida.
 Nunca mais trabalhei, virei um vagabundo pelas ruas a rabiscar a silhueta da minha Tereza, minha doce mulher, com a qual não tive tempo de viver.
 Ganhava algum dinheiro rabiscando silhuetas das mulheres que por mim passavam, paravam e pediam as suas imagens e eu as fazia com amor. Era com esse dinheiro que sobrevivia.
 Um dia passou por mim um senhor muito bem vestido e disse-me: venha comigo, adentrei a um lindo carro e rodamos por horas até chegar a um prédio, onde li: jornal.
 Nesse jornal, desenhando, pude refazer minha vida, pagar minhas dívidas e alugar uma pequena casa, mas a hora que chegava nela, sentia o seu perfume e começava a chorar.
 Passado alguns anos, não conseguia mais rabiscar sua silhueta e nem sentir o seu perfume, ela começou a entrar no meu esquecimento e assim encontrei outra mulher e por ela me apaixonei e nos casamos.
 A vida é assim, quando se é feliz no casamento, o parceiro(a) morre, passado algum tempo ela(e) envia outra pessoa para nos fazer feliz e reconstruir a vida e a felicidade de termos filhos sadios.


Dorli Silva Ramos

A espera



Tu me disseste até breve
Pediu-me para te esperar na praia
Pois em dois anos voltarias 
Já se passaram tristes três anos...

Há três anos venho à praia
Ondas choram minha saudade
Minh'alma inunda de soluços
Eu grito para afugentar a triste dor

Me visto de vermelho da paixão
Do teu corpo cheio de desejos
Hoje me jogo nas águas frias do mar
Para acalmar meus anseios

Numa tarde nebulosa na praia
Ouvi, tu corrias e gritavas meu nome
Votei meu corpo, corrias pra me abraçar
Apenas com uma mão, entendi a demora

Então disse: eu jamais iria te abandonar...


Dorli Silva Ramos

Que sabor tem a maldade?



Não tenho a mínima ideia qual seria o sabor da maldade, pois ela é um dos piores adjetivos escabrosos que acometem em certas pessoas dotadas de muita inteligência, que dela nada fez e, culpam os outros pelos seus fracassos, tanto na vida sentimental quanto na profissional.
A maldade mora numa mente insana, capaz de transformar uma pessoa de bem em farrapo humano sem nenhuma piedade. Motivo: inveja, que corrói suas entranhas, sentindo o maior alívio em destruir uma vida construída com muito sacrifício, dedicação, altruísmo, sapiência e muitas noites mal dormidas.
Mas, o castigo chegará na hora certa, como vemos nessa imagem, de repente o gatinho sufocado, num último esforço pode esmagar seu agressor.
Portanto, a maldade é o maior impecilho que um ser humano tem para ser uma pessoa realizada e feliz.


Dorli Silva Ramos

domingo, 21 de julho de 2013

Renovação



Vou parar de dançar a vida, para fazer uma renovação, entrando num lago gelado, sair dessa contaminação. A vida é um jogo alucinado, o qual se deve entrar com cuidado, se ganhar dê vivas a sua vida, se perder deixa rolar a lágrima.
Vou olhar o céu amanhecer, sentir a brisa gelada no rosto, aquecer a vida e meu corpo com o sol, vou me fortalecer, jogar fora todo lixo do meu viver, doar meu coração a um amor e juntos ficarmos até o anoitecer para eu poder beijar a lua sem meu temor.

Dorli Silva Ramos

sábado, 20 de julho de 2013

Aos meus amigos virtuais...



A cada um dos meus amigos virtuais, aqueles que vêm todos os dias, os que vêm esporadicamente, aqueles que só colocaram seus rostinhos entre os amigos, mas nunca me fizeram uma visita, mais ilustram o quadro com suas belezas, aquele que me colocou para escanteio; não importa, o que importa é que são, um dia foram e serão  sempre meus eternos amigos virtuais.
Só uma coisa deve haver entre nós: o perdão por algumas falhas, pois se houvesse perfeição entre os homens, o mundo seria um vazio total.

Para cada um de vocês
Feliz dia 
do
Amigo virtual

Beijos virtuais no coração
Meu presente


Lua Singular

Crônica: coisas da vida...




 Parece engraçado, mas não é, logo eu que vou fazer sessenta e seis anos, nunca me policiei das palhaçadas que fiz e ainda faço da vida. Escola, dezesseis anos, era dia do professor. O que vamos fazer com eles? Tudo arrumado: professor ou professora entrava na sala, não faltou ninguém, sala lotada e a farra por começar. Existiam duas palhaças na mesma série: uma eu e a outra não posso falar o nome.
 Todos sentados, entra a professora para dar a primeira aula.- Bom dia, disse ela e ninguém respondeu, costumávamos nos levantar quando um professor entrava em classe. aquele dia foi diferente. Afinal era o dia dele.kkk
 Quando a professora foi começar a fazer a chamada, a palhaça aqui que já havia feito uma adaptação da letra da música da Maísa, começou: ( cantando, meio desafinada):
Ouça professora
A sua história não nos faz bem
Já estamos cansados 
De nunca, nunca tirar cem
Os exames não foram o bastante pra lhe convencer
Que a matéria é bem fatigante mesmo pra você
Quando uma bomba, por aqui estourar
E bem baixinho de remorso você chorar
Vai lembrar que um dia existiu
Uma aluna que só nota pediu
E você fez questão de não dar, fez questão de negar...

 E era aquela chuva de balas na professora...

 Daí, entra o professor sisudo, cumprimentou, ninguém levantou e nem respondeu:
 Na hora da chamada, a louca da minha amiga, sentou na mesa do professor e cantou a música de Jair Rodrigues, fazendo gestos bem pertinho do rosto do professor:

" Deixem que digam, que pensem, que falem
Deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem
Eu não estou fazendo nada, você também...."

A turma só na gargalhada e chuva de balas

 Me perguntam por que chuva de balas? É difícil responder, porque a maioria não tinha dinheiro nem pra comprar uma bala, quanto mais presentes para vários professores. Ah! Mas tinha o porquinho. Quem era o porquinho? Era o nosso colega de classe, coitado, "feinho", mas parecido com um porquinho do que um aluno. Mas, ele era legal, seu pai tinha uma armazém e ele "trouxe" muitas balas para jogar aos professores.

FIZ DA MINHA VIDA UMA PIADA PARA NÃO SOFRER...E VEM VOCÊ AÍ ME DIZENDO QUE O DINHEIRO NÃO DA PRA COMPRAR O CARRO DO ANO. EU DEIXO O MEU EM CASA PARA PAPEAR NA CIDADE E NÃO LEVO O CELULAR PARA NÃO ME ENCHEREM O SACO.KKK


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Vou sair de férias



  Estando cansada da rotina do dia a dia de uma simples dona de casa, resolvi fazer uma viagem sem destino certo. Entrei numa mala com alguns pertences e dinheiro e, meu marido fechou-a, claro fez uns buraquinhos para entrar o ar e me despachou num trem.
 Meio sonolenta, ouvia ao longe o apito do trem, desci peguei um ônibus cheio e, espremida entre as pessoas, desci no próximo ponto.  Andei, andei...sem destino; De repente vi uma linda floresta colorida de cores cintilantes. Parei e entrei: Que maravilha! Nessa floresta, as pessoas cobriam só suas vergonhas, mas tinham uma beleza estonteante e um perfume inebriante.
 Elas conversavam entre si e pareciam não me ver, tentei falar e não houve resposta. então, perguntei-me: que lugar é esse que ninguém conversa comigo? Adentrei mais um pouco as flores sorriam entre elas, as várzeas choravam meus pés, as árvores que antes belas, começaram a amarelar e nem era outono. Os rios cheios de águas espumantes e peixes felizes à pular a queda d'água do rio para se acasalarem, nem deram bola pra mim.
 Um mundo encantado só para eles, eu não fazia parte dessa maravilha e triste, sentei-me numa pedra e comecei a chorar, foi quando ouvi alguém me chacoalhar e gritar: Acorda meu amor, hoje você perdeu a hora, o que aconteceu?
 Abracei meu marido, beijei-o com ternura e lhe disse: Que mulher feliz eu sou!



Dorli Silva Ramos

Desencontro



Enquanto o sol se prepara para dormir
A lua surge iluminada pelas estrelas
Que é o encanto dos eternos apaixonados
Surge com alegria e um sorriso com esplendor

Ó lua, quero seu fascínio à entregar ao meu amor
Quero seu encanto a me deixar doida de paixão
O pôr do sol me encanta no seu belo descansar
Mas a lua me explode de sonhos no seu despertar

Amo o sol e a lua com o mesmo ardor e fervor
Pois os dois me dão a graça de poder ver:
Os raios do sol espalhando seus reflexos na terra
A timidez da lua sorrindo para as estrelas

O coração do poeta fica indeciso a quem amar
Junta o calor do sol com o frescor da lua
Aquece o seu coração e refresca seus versos
Assim o sol e a lua se completam entre si

Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Afinal, o que é o amor?



Amor é um sentimento de desprendimento
É a pura magia que alimenta o coração
Amor é oferecimento do que temos de melhor
É a sensação de leveza e pura fascinação

Amor é a soma de vários bons sentimentos
Que nascem dentro de quaisquer pessoas 
É como sentir uma brisa a molhar o rosto
Sonhar no sono a concretização do real

Amor é uma palavra tão pequena, mas forte
Não escolhe o belo, o feio, o chato; acontece
Na praia, num passeio ou em qualquer lugar
Não tem dia, nem hora pro amor se idealizar

Quando acontece, carrega junto a paixão
Ah! Dois sentimentos de inúmeras emoções
O amor alimenta o dia e a paixão a noite
Noite e dia, dois lindos tempos para amar


Dorli Silva Ramos

Romance de uma caveira






Eram duas caveiras que se amavam
E a meia noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor trocavam !
Sentados os dois em riba da lousa fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amores morria
E ele de amores por ela vivia !
Num galha uma coruja cantava alegre
Ao ver os dois caveiros assim feliz
E quando eles se beijavam em tom fúnebre
A coruja batia as assas
Pedia bis !
Mas um dia chegou de pé junto
O cadáver novo de um defunto
E a caveira por ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandou
O caveiro tomou a bebedeira
Matou-se de um modo romanesco
Por causa daquela ingrata caveira
Que, trocou ele por um defunto fresco
Um defunto fresco
Defunto fresco
Fresco
Dorli Silva Ramos 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Suspense !!


Zhaoming Wu - Aft...

 Estava amanhecendo, acordei com o barulho da janela e me perguntei: Como? Ontem eu a  fechei freneticamente e agora posso ver que ela está semiaberta, aí comecei a ficar com medo e ao mesmo tempo preferi a dúvida de não a tê-la fechado bem.
 Como moro sozinha nesse apartamento saí à vontade para tomar banho, fazer meu desjejum e seguir para meu trabalho no centro da cidade, uns cinco quilômetros daqui. Entrei cantarolando no banheiro, abri a torneira do chuveiro e começou a cair aquela água quentinha e com o sabonete fui deslizando meu corpo inteiro. De repente, a água começou a esfriar e as gotas d'águas que caíam do chuveiro pareciam sangue.  Rapidamente fechei e abri a torneira da pia a mesma coisa, então enrolei-me numa toalha e comecei a gritar, gritos que foram sufocados por uma mão conhecida. Mão do meu amor.
 Expliquei a ele o ocorrido, ele começou a rir e disse que colocou tinta vermelha na caixa d'água para me assustar, comecei, então, a chorar. 
 Ele me abraçou, me beijou e disse que eu era a mulher mais corajosa da Terra, aí enfureci e lhe dei uns murros de amor e, sorrindo pegamos o elevador e ele me levou para o trabalho.


Dorli Silva Ramos

Não me olhes assim



Estes teus olhos verdes
Da inveja ao colar de esmeraldas
Me seduz, enlouquece 
Tire esses olhos verdes de mim

 A tua boca da cor da rosa vermelha
Teu véu encobre tua paixão
Vou atrever a retirar teu preto véu
Só pra ver a tua sedução

Teu olhar me deixa desarmado
Fico a imaginar levar-te pra cama
Fazer muito amor contigo
Até tu te extasiar de prazer

Quero ver-te pedir-me pra ficar
Mas eu não posso ficar contigo mais
Tu és irreal, mulher insaciável
Quero dormir e não mais acordar


Dorli Silva Ramos

terça-feira, 16 de julho de 2013

A beleza das rosas



Você é a beleza das rosas
Do jardim cultivado por mim
É ternura do seu olhar a me encantar
Com a delicadeza do amor

 É a mais linda rosa do meu jardim
Sem espinhos à me maltratar
As pétalas são a maciez do seu rosto
Sua boca é um convite ao beijo

Seu olhar tem a força da sua paixão
Quero apanhá-la do meu jardim
À ser mulher que habitará meu coração
O seu feitiço irá juntar com os meus

A junção de paixões explodirá o prazer
Corpos ficarão incandescentes
Depois virá a paz dos beijos suaves
E meigos sussurros de amor


Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Foi assim...



 A luz vinha da janela direto nos meus olhos que custaram a abrir...Acordei pensando nela, a garota mais linda do colégio depois de alguns dias de namoro, deixou-me por um "riquinho" qualquer. Não sei o que faço sem seus beijos e afagos. Afogo minhas lágrimas no travesseiro.
 Deitado, sem forças para levantar, conversar com os amigos, pois é domingo. Ouço uma chuva fina chegar, que aos poucos vai engrossando. Foi o dia inteiro chovendo até que levantei-me e olhando a calçada, mas parecia um rio. Chovia torrencialmente.
 Esfreguei os olhos. É alucinação ou é minha garota enroscada, toda molhada, numa árvore em frente ao meu apartamento? Tentei o elevador, demorava, desci as escadas feito um louco até chegar à portaria. Lá muitos tentavam acalmá-la.
 Vi num canto do portaria uma enorme corda, lancei-a até ela que amarrou firme na cintura e todos puxaram por ela. Sã e salva me abraçou e disse:
 - Fiquei com medo de morrer, sem lhe pedir perdão, pois é a você que amo. Apertei-a nos meus braços, subimos pelo elevador. Minha mãe preparou um banho quentinho e um lindo roupão.
 Telefonamos para a família dela e foi assim que começou um grande amor.


Dorli Silva Ramos

Amor enigmático



 Após o trabalho, chego em casa desanimado parece que o mundo desabou em minha alma, pois ontem à noite num encontro com a mulher dos meus sonhos; fiquei atônito, olhou pra mim e me disse adeus. Não disse o motivo e nem perguntei, pois apesar de amá-la à loucura ela é enigmática. Ora era apaixonada, ora fugia em pensamento. Mas não me importava, os seus beijos me seduziam a loucura e sabia fazer amor como ninguém.
 Hoje só, no meu apartamento, sonho nossas noites de prazer, me apertava em seu peito, dizia que me amava, fazia um bailado delicioso no meu corpo, enfim era seu escravo, seu amante, seu animalzinho de estimação. Quero que a noite termine logo para não me afogar nos meus pensamentos.
 Três meses se passaram, sempre a mesma rotina , os mesmos sonhos. Não tenho vergonha de dizer: chorava sua falta no nosso quarto.De repente a campainha toca. Quem será? Estava nu, coloquei meu roupão e o que vi era inacreditável. Abri a porta. Era ela toda tristonha.
 Encostou sua cabeça no meu peito, fiquei todo arrepiado; olhou bem para os meus olhos e disse: de hoje em diante eu serei a sua mulher para sempre, pois sofri a separação dos seus abraços, seus beijos, seu amor.
 Apertei-a em meu peito, com uma mão fechei a porta, peguei-a no colo, joguei-a na cama e nos deliciamos mais uma noite de amor.
Amanhã, já não sei...


Dorli Silva Ramos