domingo, 3 de novembro de 2013

Reminiscências

Homenagem aos amigos dos "Anos Dourados"
Década de 60




Das escorregadias ruas de pedras
dos cavalos, das charretes, da chuva
do orvalho vestindo a relva
Ao redor da Estação.

Do apito do trem apressado,
das saias pregueadas,
das alvas meias soquetes,
dos livros, da escola.

Das procissões, das quermesses,
dos bailes, dos vestidos luzidos,
dos namorados, da ilusão.

Reminiscências mil, que não
olvido, apesar do hoje confuso,
medroso, desesperançoso.



Dorli Silva Ramos

sábado, 2 de novembro de 2013

Aos meus saudosos pais


Donald Zolan

"Eu fui o presente que ganharam"



M ãos calejadas, suadas, honradas
A tadas à família, a Deus , ao trabalho
R espeitadas, doadas, emprestadas
T imbradas pelo tempo, ranhadas pela
I ncansável batalha,
M arcadas, cansadas.

R abiscadas pelas fendas  da idade
E mpobrecidas por  falta de atividade,
I gnoradas por algumas autoridades,
T inhadas na honestidade,
A marguradas pela perda do seu "amor",
N ão suportaram
O flagelo da solidão, faleceram.

Meu pai morreu  de saudades após cinquenta e um dias da morte da minha  mãe que era uma:





Seu nome

Angelina Garcia Reitano

Nunca os esquecerei
Sua filha

 Dorli da Silva Ramos  

A maior herança que eu recebi deles: honestidade, hombridade, respeito, dignidade e paciência.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Um rosto de menina



 Na caminhada da vida, houve uma menininha  de nome Clara, de rosto sofrido, mas que gostaria de brincar como outra qualquer; mas seu pai dava-lhe trabalho rude, tinha que plantar e colher milho durante a secagem natural no campo. No seu coraçãozinho começou a nascer uma revolta muito grande.
 Ela gostava de brincar, como outra criança qualquer, era linda, tinha os cabelos dourados como o milho seco e estava sempre a pedir ao pai um brinquedo, o qual nunca satisfazia seu pedido. E assim, a menina Clara, sem nunca ter uma boneca para brincar continuava no trabalho duro da roça tendo que aguentar as brutalidades de seu pai.
 A menina cresceu virou uma mocinha bonita, era de uma beleza morta, tinha um rosto triste, mas como todas as mocinhas da sua época sonhava que um príncipe viria buscá-la com um cavalo branco. Eram sonhos...
 Clara, ainda jovem, casou-se com João para se livrar do sofrimento da roça; achava que estava apaixonada por ele, o qual trabalhava na roça com ela. Não demorou muito tempo casaram-se num dia de domingo.
 Quando chegou na segunda feira, João acordou Clara com brutalidade exigindo que ela fizesse o almoço de madrugada e, sem lua de mel rumaram os dois num trabalho exaustivo. Apesar de João a maltratar, ainda Clara teve dois filhos desse desastrado relacionamento.
Um dia Clara tomou uma decisão: sair de casa com os filhos, tentar criá-los em outra cidade, arrumou um quartinho para abrigar a ela e seus dois pequenos filhos e saiu à procura de trabalho. Nada conseguia pois era analfabeta, mas de tanto procurar arrumou um emprego de passadeira numa tinturaria. Era muito caprichosa e seu salário que era muito pouco foi aumentado, dando condições de estudar seus filhos e aos sábados e domingos lavava e passava roupas dos mais favorecidos para completar sua renda.
 Clara era uma mulher bonita, mas não lapidada pela alegria do amor e paulatinamente foi envelhecendo rapidamente, pois sofria de um grande mal: a solidão.
Seus filhos cresceram, trabalhando e estudando conseguiram dar um maior conforto para sua mãe. Só que eles notaram que ela estava muito agressiva ao ponto de um dia quase queimar a casa toda. Ficou louca, foi internada num hospício e sempre dizia que seu príncipe viria buscá-la num cavalo branco.
 Quantas histórias parecidas a essa acontecem todos os dias nesse mundo de disputa, de ódio e desamores.
 Vamos nos amar mutualmente. 


Elaboração do enredo( Dorli Silva Ramos)

***
(Colaboração da ideia: (Nati Caetano)

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Halloween ( Dia das Bruxas )



  Não vou escrever aqui toda a historia da festa de Halloweem ( Dia das Bruxas ) que todos estão cansados de saber e nem vou me basear nas explicações que outros blogueiros colocam no Google.
 Vou descrever o que minha saudosa mãe falava das bruxas, ou seja, quem era considerada bruxa em épocas antigas, tornou-se uma lenda que ela me passou e vou tentar repassar a todos vocês.

 Eram chamadas de bruxas aquelas pessoas que benziam crianças e adultos, pois médicos eram raros, davam folhinhas para fazerem chás e muitos banhos de ervas às sextas-feiras e as pessoas ficavam curadas. Aí vinha a fé de cada um e, a partir daí muitas foram mortas queimadas, diziam que faziam parte com o diabo.( Muitas bruxas morreram por tentarem fazer o bem).

 Deram a elas uma maldição( mulheres horrorosas, cheias de verugas que gostavam de fazer caldos em um caldeirão com asas insetos horripilantes, suas moradias cheia de morcegos e mal cheirosas ), tudo isso para assustarem as crianças peraltas. Coitadinhas nem dormiam direito e não tinham nem o direito de chorar.

 Usaram as coitadas das bruxas nas histórias infantis, como sinônimo do mal e da feiúra. Quantas ilusões colocavam nas cabecinhas das crianças simplesmente para assustarem e fazerem obedecer, apesar de que hoje muitos mostram bruxinhas bonitas, mas não contam as suas verdadeiras histórias

 Hoje, as crianças são muito espertas e não acreditam em bruxas feias, elas querem aproveitar da festa de Halloween e comerem muitos doces.