Estava
só numa praia deserta, de repente veio uma onda violenta, levou-me para longe,
por mais que gritasse ninguém ouvia, imergi nas profundezas do oceano. Morri.
Não
era o meu dia de morrer, então, minha alma todos os dias emergia, conseguindo
caminhar sobre o oceano. Sempre vestida de branco e com a leveza dos pássaros,
caminhava até a praia.
Havia
dois dias do ocorrido e pude ver o desespero dos meus pais à procura do meu
corpo para enterrar, choravam copiosamente, pois tudo foi feito e, nada.
Jamais
eles iriam achar o meu corpo, um tubarão já o havia destroçado, mas só não
conseguiu engolir a minha alma leve e pura.
Um
dia, cansada de ver o sofrimento dos entes queridos apareci em seus sonhos,
explicando o acontecido e, que eles deveriam parar de debulhar lágrimas por
minha perda, do contrário minha alma não encontraria o seu lugar, ficando por
muito tempo sem rumo à caminhar, tal um bailado, sobre o alto oceano. Eu estava
cansada.
No
outro dia, cada um dos parentes queria contar o sonho, que para surpresa de
todos era o mesmo(...) pararam de chorar e, a um pedido meu a praia estava
cheia e todos me viram subir às alturas.
Nesse
instante caiu uma chuva fina sobre as pessoas e como recompensa, a chuva passou
pelo sol e um lindo arco-íris apareceu e todos me deram adeus.