quarta-feira, 5 de março de 2014

João morreu.... ( sátira )


pintura: Cláudio Dicksom

João era um roceiro, "cabra da peste", trabalhador casado com Esmerilda, sua doce mulher, pai de onze filhos, isso denota sua grande afeição por mulheres. Era doidinho por uma aventura e na sua conta tinha  mais ou menos uns trinta filhos.
Sua mulher, coitada, não sabia de nada, pois o safado a acarinhava muito dizendo que não existia mulher no mundo mais linda do que ela e, a beijava, abraçava os filhos. Enfim uma família feliz.
Um dia, João como de costume acordou cedinho e foi trabalhar seu pequeno pedaço de terra herdado na ocasião da morte do seu painho. Sentiu-se mal e caiu naquela terra roxa e seca da sua rocinha.
A mulher ficava em casa cuidando do "batalhão" de filhos quando o vilarejo inteiro começou a gritar: João morreu! João morreu!
A tristeza era nítida no rosto da sua mulher, dos amigos de botecos e algumas damas do pequeno vilarejo. Ouvia-se choro de muitas crianças, mas Esmerilda muito triste pela perda nem percebeu.
Chegou a hora do velório, estava lotado: mulheres chorando e abraçando o defunto; crianças gritando: não vá embora "painho", aí que a tonta da sua mulher percebeu quão safado era seu marido. Foi para casa, colocou sua roupa rendada de vermelho, pintou os beiços da mesma cor e voltou ao velório. De seus olhos não caiu mais nenhuma lágrima. Enterraram João.
João chegou ao céu, estava lotado; o purgatório nem pensar e no inferno estava muito espremido. Nisso chegou o capeta chefe e disse ao João: você tem que pagar seus pecados na terra e voltou: imaginem um homem alto, lindo, dos olhos azuis e dono da fazenda mais rica daquelas redondezas. As donzelas ficaram todas assanhadas para conquistar aquele "ouro" de homem que acabava de comprar a pouco tempo a mais linda fazenda.
No arraial onde João morava, numa pequena capela iria acontecer a missa de sete dia de João, Regis, o mais novo fazendeiro acabou entrando na capela e cochichou a um jovem de lado: para quem eram as orações e ele respondeu: para João e cá pra nós olha lá a viúva de João toda faceira.
Quando Regis olhou para a viúva, que pra todos bem judiada e velha, seus olhos encheram de brilho e no fritar dos ovos eles começaram a namorar.
Todos ficaram boquiabertos; com tantas jovens lindas, ele foi se casar justamente com a viúva feia de João e nem Regis entendia esse louco amor; claro, ele era João que voltou à terra lindo e seu castigo era casar-se com a feiosa mulher dele mesmo para pagar seus pecados.


( Vou postar hoje, pois amanhã vou chegar tarde)

Sonhar a felicidade



Sonhar a felicidade

É plantar a semente do amor
É saber flori-la no coração
Adubá-la com carinho e dedicação
Regá-la com lágrimas de fervor

No frio acalentá-la com abraços
Beijos quentes e suáveis à sacolejar
Fortes instintos que estão a aflorar
Esperando nascer filhos amados


terça-feira, 4 de março de 2014

Reescrita da alma




 Estava só numa praia deserta, de repente veio uma onda violenta, levou-me para longe, por mais que gritasse ninguém ouvia, imergi nas profundezas do oceano. Morri.
 Não era o meu dia de morrer, então, minha alma todos os dias emergia, conseguindo caminhar sobre o oceano. Sempre vestida de branco e com a leveza dos pássaros, caminhava até a praia.
 Havia dois dias do ocorrido e pude ver o desespero dos meus pais à procura do meu corpo para enterrar, choravam copiosamente, pois tudo foi feito e, nada.
 Jamais eles iriam achar o meu corpo, um tubarão já o havia destroçado, mas só não conseguiu engolir a minha alma leve e pura.
 Um dia, cansada de ver o sofrimento dos entes queridos apareci em seus sonhos, explicando o acontecido e, que eles deveriam parar de debulhar lágrimas por minha perda, do contrário minha alma não encontraria o seu lugar, ficando por muito tempo sem rumo à caminhar, tal um bailado, sobre o alto oceano. Eu estava cansada.
 No outro dia, cada um dos parentes queria contar o sonho, que para surpresa de todos era o mesmo(...) pararam de chorar e, a um pedido meu a praia estava cheia e todos me viram subir às alturas.

 Nesse instante caiu uma chuva fina sobre as pessoas e como recompensa, a chuva passou pelo sol e um lindo arco-íris apareceu e todos me deram adeus.



segunda-feira, 3 de março de 2014

" Morri de amor "



Eu te amava como uma princesa
Linda como num conto de fadas
E neste lindo cenário de lágrimas
Mataste a mais perfumada rosa

Chorei, tal a rosa jogada na areia
 Acalentei-a nas mãos, despetalou
Peguei as pétalas com muita ânsia
Guardei-as no livro, se fragmentou

A vida é um redemoinho sem fim
Outro alguém apareceu a me amar
Chegou mui linda vestida de cetim
Trazendo o amor para me abarcar

Não me recordo mais a rosa do mar
Outro amor apareceu na minha vida
Trazendo-me amor para me embalar
E nas mãos a rosa com muita vida




domingo, 2 de março de 2014

Meu jardim




Meu jardim

Flores e borboletas
Aparecem no meu jardim
São lindas e coloridas
Flores são perfumadas
Dê a seu amor um u ramalhete
De jasmim
Terá um amor sem fim