sexta-feira, 7 de março de 2014

O que é amar...



Amar é perder o relógio toda hora
É ver estrelas em dias nublados
É acarinhar o seu amor com doçura
É sentir os seus cheirinhos diversos

Amar é não querer que ele se acabe
É alimentá-lo com meigos beijos
É não querer carinhos que o torpe
É cansá-lo de tantos paparicos

Amar é saber ouvir as suas lamúrias
É abraçá-lo com a força do amor
É embalá-lo em seus sonhos de loucuras
É acariciá-lo, apertá-lo com frescor

Amar é ser dois seres em um único amor
É moldá-lo com jeitinho ao seu querer
É gritar alto e em bom tom a todo o vapor
E no silêncio da noite romper em prazer
   

quinta-feira, 6 de março de 2014

Foi aqui



Nessas borbulhas das ondas do mar
Que toda de branco te conheci
Ficaste de voltar n'outro dia aqui
Para celebrarmos a união do nosso amar

Sumiste como as ondas que se diluem n'água
Deixando meu coração machucado
Sangrando como explosão de chuva ácida
Que dilacerou meu coração abandonado

De repente uma paz tomou conta de mim
Uma brisa passou suave no meu rosto
Um leve cheiro teu passou em meu corpo
Eras tu que chegavas, senti que estavas afim

Foi um grande abraço a nossa celebração
Do enlace dos nossos corações apaixonados
Veio uma onda forte à comemoração
Jogou nossos corpos na areia para os beijos




quarta-feira, 5 de março de 2014

João morreu.... ( sátira )


pintura: Cláudio Dicksom

João era um roceiro, "cabra da peste", trabalhador casado com Esmerilda, sua doce mulher, pai de onze filhos, isso denota sua grande afeição por mulheres. Era doidinho por uma aventura e na sua conta tinha  mais ou menos uns trinta filhos.
Sua mulher, coitada, não sabia de nada, pois o safado a acarinhava muito dizendo que não existia mulher no mundo mais linda do que ela e, a beijava, abraçava os filhos. Enfim uma família feliz.
Um dia, João como de costume acordou cedinho e foi trabalhar seu pequeno pedaço de terra herdado na ocasião da morte do seu painho. Sentiu-se mal e caiu naquela terra roxa e seca da sua rocinha.
A mulher ficava em casa cuidando do "batalhão" de filhos quando o vilarejo inteiro começou a gritar: João morreu! João morreu!
A tristeza era nítida no rosto da sua mulher, dos amigos de botecos e algumas damas do pequeno vilarejo. Ouvia-se choro de muitas crianças, mas Esmerilda muito triste pela perda nem percebeu.
Chegou a hora do velório, estava lotado: mulheres chorando e abraçando o defunto; crianças gritando: não vá embora "painho", aí que a tonta da sua mulher percebeu quão safado era seu marido. Foi para casa, colocou sua roupa rendada de vermelho, pintou os beiços da mesma cor e voltou ao velório. De seus olhos não caiu mais nenhuma lágrima. Enterraram João.
João chegou ao céu, estava lotado; o purgatório nem pensar e no inferno estava muito espremido. Nisso chegou o capeta chefe e disse ao João: você tem que pagar seus pecados na terra e voltou: imaginem um homem alto, lindo, dos olhos azuis e dono da fazenda mais rica daquelas redondezas. As donzelas ficaram todas assanhadas para conquistar aquele "ouro" de homem que acabava de comprar a pouco tempo a mais linda fazenda.
No arraial onde João morava, numa pequena capela iria acontecer a missa de sete dia de João, Regis, o mais novo fazendeiro acabou entrando na capela e cochichou a um jovem de lado: para quem eram as orações e ele respondeu: para João e cá pra nós olha lá a viúva de João toda faceira.
Quando Regis olhou para a viúva, que pra todos bem judiada e velha, seus olhos encheram de brilho e no fritar dos ovos eles começaram a namorar.
Todos ficaram boquiabertos; com tantas jovens lindas, ele foi se casar justamente com a viúva feia de João e nem Regis entendia esse louco amor; claro, ele era João que voltou à terra lindo e seu castigo era casar-se com a feiosa mulher dele mesmo para pagar seus pecados.


( Vou postar hoje, pois amanhã vou chegar tarde)

Sonhar a felicidade



Sonhar a felicidade

É plantar a semente do amor
É saber flori-la no coração
Adubá-la com carinho e dedicação
Regá-la com lágrimas de fervor

No frio acalentá-la com abraços
Beijos quentes e suáveis à sacolejar
Fortes instintos que estão a aflorar
Esperando nascer filhos amados