domingo, 16 de março de 2014

Ah! Que pena!



Ah! Que pena!
Me perdi no tempo
Morava no campo
Que o sol amornava

O sol batia o dia
A noite sorria a lua
Brilhavam as estrelas
Nas frestas das palhoças

Era linda como a flor
Que na capital ia morar
Cantou triste o beija-flor
A chuva pôs-se a  chorar

Com a mala bem surrada
Peguei o trem pra capital
Ai! De mim, chorei a vida
Fui sofrida e mal amada

Me perdi no tempo...
Mas voltei pro meu campo
Alegrei toda família
A chuva foi de lágrimas


sábado, 15 de março de 2014

Minha sina...



 A meia noite, sentada no sofá, estremeço, dirijo-me para a porta. Abro, e o seu ringir se faz presente. Saio. E no meio da escuridão da noite meu pensamento viaja dentro da minha alma. Sinto meu corpo tremer com o vaivém das palmeiras que assoviam no meu quintal e, nesse bailado, entorpeço.
Vejo minha alma calmamente despregar-se do meu corpo e ele  se diluir em pó. Um pó fétido que impregnava o ambiente.
Minha alma era meu confessionário, onde depositava os adjetivos escabrosos que por palavras horrendas que as deferia aos meus pais, irmãos, amigos e, por tantos desapegos foi grudada no meu corpo uma alma que deveria sofrer as agruras dos meus horrores ditos pela minha boca diabólica. Minha alma sofria a brisa gélida e estarrecedora e podia ver tudo o que meu corpo fazia durante o dia.
É a minha maldição, pois jamais poderei passear à noite pela praça, encontrar meu namorado que nada sabia(...), mas sentia que eu tinha algo estranho e, por essa estranheza todos os meus namorados sumiam, pois quando iam me beijar faziam caretas, então, perguntei o porquê desse afastamento. Ninguém queria dizer até que um mais corajoso disse que meu beijo tinha o gosto de um corpo em decomposição.
Não existe mais aquela jovem linda que era má, pérfida e dissimulada...Não existe mais, só em pensamento com esse destino macabro.
As cinco horas via meu pó amontoado transformar-se no meu corpo e num solavanco, minha alma adentrava nele. Nunca dormia...era minha sina.
Que pena! Uma jovem tão linda proibida de viver uma vida normal devido a sua imensa maldade e, toda noite seu pensamento entrava dentro da sua alma.


sexta-feira, 14 de março de 2014

Mulher...


Richard S.Johson


Mulher...
Deus te fez linda
Mulher...
Fez tua melhor criação
Mulher...
Com enorme perfeição
Mulher...
Uma só maravilha

Mulher...
Deus te fez forte...
Mulher...
Nasceste para amar
Mulher...
Também para procriar
Mulher...
Ter um homem até a morte

Mulher...
Delicada como as rosas
Mulher...
És o céu prateado
Mulher...
Brilhante como as estrelas
Mulher...
Tal a deusa do firmamento

Mulher...
Tens medo, não afliges
Mulher...
Se discriminada, reages
Mulher...
Imponhas tua condição de respeito
Mulher...
Do céu o mais lindo encanto


quinta-feira, 13 de março de 2014

Escritos da vida



 A vida é como um livro que vamos colocando nossas emoções, boas e ruins. E a minha vida é meu livro. Este é meu livro, às vezes, ele fica muito pesado para carregá-lo, então, vou esvaziá-lo um pouco. Vou tirar dele tudo que durante meus sessenta e seis anos me foi outorgado sem minha permissão.
 O livro vai ficar quase vazio ao ponto em que poderei levá-lo numa praça qualquer, sentar num banco e ler somente as minhas boas reminiscências. Elas me farão sentir muitas saudades gostosas, amigos que se perderam no tempo, professores inigualáveis, amores passados, diplomas hoje ultrapassados, bons colegas de trabalho e minha atual e linda família.
 Vou relembrar dos passeios na praia, à noite, olhar o céu e ver minha musa inspiradora, a lua, nas noites em que as estrelas clareavam e brilhavam os meus amores. Ah! os bailes com aqueles longos vestidos luzidos, sendo animados por grandes orquestras.
 Ultimamente não acrescentei muita coisa no meu livro, mas o pouco que coloquei irá me fazer rir, às gargalhadas.Que bom! Ainda encontramos alegrias nos dias atuais, cheio de vários tipos de violências
 Todas essas borboletas voando simbolizam o mal que me atingiu, portanto não as quero mais na minha vida.
 Então... Voam borboletas!