quinta-feira, 10 de abril de 2014

A revolta dos animais (miniconto)




Os animais de todas as florestas do mundo, já cansados de tanta destruição nos seus habitat, resolveram fazer uma visita e conversar com o chefe e o leão chefe chegou para dar uma decisão. E a decisão foi a mais acertada: vamos invadir todos os espaços dos humanos... Foi o dia em que todos os engravatadinhos tremeram ao verem aquela multidão de animais nas cidades. Os batalhões foram chamados e o tiroteio começou.
Tentaram com força puxar o gatilho e nada acontecia, nenhuma bala saía, daí foram cercados pelos leões. Com muito medo, os humanos começaram a chorar, veio então o leão chefe e disse: vamos trocar de lugares, nós ficaremos nas cidades e todos vocês irão viver em nossos lugares e como castigo deverão reconstruir nossos habitat: as florestas. Partiram os humanos rumo a um árduo trabalho.
Os animais viveram nas cidades durante dez anos, nada foi mudado, tudo correu normalmente. Após dez anos, com as florestas reconstruídas, as águas dos rios límpidas, trocaram finalmente os seus lugares.
Chegando às florestas, as árvores sorriam, os pássaros voavam com mais alegrias, os peixes nadavam em águas correntes e cristalinas e todos os animais festejaram o grande feito.
Os homens viram que ao chegarem em suas casa nada foi mudado, cada coisa no seu lugar e, então, envergonhados de suas desumanidades resolveram, com a lição, serem pessoas de bem.


ATENÇÃO

Nosso amigo Pedro Pugliese do
Blog Por amorr
Pede a todos os seus amigos
Que orem por ele, pois está passando
Por sérios problemas familiares

Obrigada



quarta-feira, 9 de abril de 2014

E a vida passa... ( miniconto)


Flamenco.saborlatino.blog

Mulher jovem, linda com o rebolado de cigana, sua roupa vermelha tal qual suas paixões e, nesse vaivém sufoca corações ardentes querendo tê-la pelo ao menos uma vez. Seu olhar é penetrante que seduz quem a vê, joga um sorriso malicioso e recomeça o rebolado. Seu olhar não é único e sim para todos os olhares, um olhar sedutor de quem vive só de paixões.
Ninguém consegue vibrar seu coração, parece que o tempo para o seu relógio, sua sensualidade enlouquece mil corações, ela maltrata, ri, esnoba e "mata" muitos homens de amor.
E a vida passa...Ela envelhece, sua pele seca, não tem mais aquela maciez das pétalas de rosas. O tempo a faz chorar as horas de glamour e, também chora o seu tempo de desencanto.



terça-feira, 8 de abril de 2014

Onde está meu eu?



Onde está o meu eu? Perdido em qual galáxia que não consigo me reencontrar? Lavei o céu com minhas lágrimas por muito tempo. A lua tentava me animar, mas não conseguia retirar dos meus lábios um sorriso por menor que fosse.
As estrelas se apiedavam de mim e clareavam meus lindos olhos azuis para eu poder saber onde me achar. Uma chuva de diamantes brilhou meu corpo ora franzino, debilitado e foi aí que percebi que a lua chorou por mim. Cheguei até ela, não sei como, beijei seus olhos azuis como os meus, me deu a mão, fazendo-me adormecer numa grande e macia nuvem branca.
O sol veio a despontar no horizonte da terra, acordei com os raios solares sorrindo pra mim, foi nesse instante que me despedi de todos os meus amigos celestes e agarrada ao rabo de um veloz cometa desci à terra, pertinho da minha casa.
Lá chegando, vi meus pais chorando minha ausência e quando me viram o choro transformou-se em lágrimas de amor, me cercaram num grande abraço. Desfaleci.
Aí foi que compreendi que havia sumido de vergonha por uma bestialidade sem fundamento certo.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Noites solitárias




Há anos que venho aqui todas as noites
A leve neblina agarra as estrelas brilhantes
Uma suave brisa gélida envolve meu corpo
Tornando-o sozinho nesse cenário obscuro

Todas minhas noites são solitárias e tristes
Vagueio na pequena ponte à procura de ti
Tu sumiste na surdina e aqui muito chorei
Abraçando amarga solidão das escuras noites

Cá estou para me despedir desse doído cenário
Vou sair dessa solitude que me afoga as noites
Quero trancar minha solidão dentro do armário

Não vou deixar a vida me diluir no imenso vazio
Vou sentir meu corpo tremer de amor e felicidade
Esperar por ti, não vou mais, matarei essa saudade